domingo, 24 de março de 2013

Deus - Zambi - Olorum - Olodumaré

Seja qual nome der, é o Criador de Tudo. O Incriado, o Rei de Tudo. Não é considerado Orixá, pois está bem acima destes. Omnipresente, Omnisciente e Omnipotente. É a Fonte de tudo!

Oxalá

Orixá Supremo, da Fé, do Amor, da Paz! Sua Luz ilumina a todos! Sua saudação é "Oxalá meu Pai" ou "Epa Babá". Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo.

Ogum

Orixá dos Caminhos, das Demandas, das Batalhas. Sua saudação é "Ogun nhê". Ogum é sincretizado com São Jorge.

Oxóssi

Orixá das matas, da caça, da sabedoria e da fartura. Sua saudação é "Okê Oxossi". Oxossi é sincretizado com São Sebastião.

Xangô

Orixá da Justiça, das Pedreiras, do Trovão. Sua saudação é "Kaô Kabecilê". Xangô é sincretizado com São Jerônimo.

Iansã

Orixá Guerreira, das Tempestades, dos Raios. Sua saudação é "Eparrey Iansã". Iansã é sincretizada com Santa Bárbara.

Iemanjá

Orixá dos Oceanos, dos Mares, Grande Mãe. Sua saudação é "Odoiá". Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Glória. (Aqui no RJ)

Oxum

Orixá da água doce, da Cachoeira, da Beleza, do Amor. Sua saudação é "Oraeieiô Oxum". Oxum é sincretizada com Nossa Sanhora da Conceição.

Nanã Buruquê

A mais velha dos Orixás, rege as águas profundas, águas paradas, os mangues. Sua saudação é "Saluba Nanã". Nanã é sincretizada com Santa Ana (Mãe de Maria e Avó do Mestre Jesus Cristo).

Obaluaê / Omulú

Orixás da cura, da transformação, da passagem para outro plano, encarne e desencarne - Sua saudação é "Atotô". Orixás sincretizados com São Roque / São Lázaro.

Zélio Fernandino de Moraes

Médium do Caboclo das 7 Encruzilhadas, o fundador da Religião Umbanda.

Caboclos

Entidades que se apresentam como Índios. São comumente ligados à Oxossi, porém podem vir de todos os Orixás. Geralmente tomam frente, comandam o desenvolvimento mediunico e representa a Força na Umbanda. Sua saudação é "Okê Caboclo"

Pretos Velhos

Entidades que se apresentam como ex-escravos. Pessoas que sofreram todo tipo de crueldade durante a escravidão, mas nunca perderão sua fé e seu amor. Hoje voltam para nos ensinar a humildade e a caridade. Também podem tomar a frente de uma casa. Sua saudação é "Adorei as Almas"

Crianças

Entidades que se apresentam como crianças. São crianças que também nasceram na época da escravidão, ou também podem ser de origem índigena. Vem da Linha de Oxalá. Sua saudação é "Oni Beijada"

Oriente

Mais uma Linhas de Umbanda. Manifesta-se espíritos de orientais. Espíritos de extrema Luz e sabedoria. Doutores do Espaço, Magos, Sábios, entre outros. Sua saudação é "Ori baba"

Baianos

Entidades que se apresentam como baianos e baianas. Fazem parte da chamada "Linha intermediária" ou "auxiliar" podem atuar tanto nas linhas da direita, quanto da esquerda. São espíritos brincalhões, mas de grande força e magia.

Boiadeiros

Entidades que se apresentam como os antigos vaqueiros do sertão. Entidades com grande força. Ao contrário dos baianos, eles são mais "fechados", mas são grandes companheiros e também de grande força e magia! Sua saudação é "Xetruá" ou "Jetruá"

Ciganos

nômade. Formado por Ciganos e Ciganas. Podem se apresentar também na Linha do Oriente. Sua saudação é "Harriba, Povo Cigano"

Marinheiros

Entidades que se apresentam como antigos marujos. Moradores do Mar, são entidades que gostam de brincadeiras, mas trabalham seriamente.

Exus

Na Umbanda, não se tem Exu Orixá. Os Exus estão subordinados, assim como os demais espírtos à Linha de Orixás. Tem Exú de Ogum, Exú de Omulú, Exú de Xangô, etc. São nossos guardiões, nossos protetores. Os que fazem o serviço "mais pesado", pois são responsáveis pela guarda do terreiro, por afastar Kiumbas, por desmanchar demanadas. Como diz o ponto "Na Umbanda, sem exu não se faz nada". Sua saudação é "Laroyê Exu" "Exu mojubá"

Pombas Giras

O vocábulo "Pomba Gira" ou "Pombogira" é corruptela da expressão bantu "Pambu Njila" que nada mais é do que um "Nkise" ou seja, uma divindade com as mesmas caracteristicas do Orixá Exu dos Yorubás. Na Umbanda, Pomba Gira é Exu mulher. São moças misteriosas, cheio de encanto e de axé. Também às saúdam com "Laroyê Exu" "Laroyê Pomba Gira"

Salve as Cranças na Umbanda

CRIANÇAS: ENERGIA TRANSBORDANTE
BEIJADA: Nome dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme a crença geral, nos cultos afro-brasileiros e na Umbanda, as falanges dos Orixás gêmeos africanos IBEJI.
BEIJIS – IBEJI : (ib: “nascer”; eji: “dois”) Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião. Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo.
DOIS DOIS: Nome pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiniano; também são assim designados os santos Cosme e Damião, os Orixá africano IBEJI e as falange das crianças na Umbanda.
ERÉ: vem do yorubá iré que significa “brincadeira, divertimento”.
Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Erês, Crianças, Ibejada, Dois-Dois, são Guias ou entidades de caráter infantil que incorporam na Umbanda.
Os erês são entidades puras e que nos ajudam de forma única e especialmente doce. Os filhos de Ogum, como também são conhecidos, tem a presença mais alegre da Umbanda, trazendo sempre renovações e esperança, reforçando a natureza pura e ingênua dos seres humanos. É a linha que mais cativa as pessoas, pelo ar inocente que traz na face do médium. Por sua natureza pura e pelos patronos a linha de Cosme e Damião também traz a cura para os males do corpo e do espírito, além de darem proteção e benção extra as crianças. Sua energia é transbordante de vitalidade e alegria, sendo capaz de derramar as maiores bênçãos de harmonia cotidiana.
A festa de São Cosme, Damião e Doun, tem duração de um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de outubro (Crispim e Crispiniano).
Nos Terreiros de Um­banda, a festa é muito bonita, há distribuição de balas, doces e guaraná para as crianças, os médiuns incorporam as crianças espirituais com a exteriorização atitudes infantis como o apego a brinquedos, bonecas, chupetas, carrinhos e bolas. Mas infelizmente e erroneamente, muitos interpretam a ‘gira de criança’ como uma diversão, afinal normalmente elas são realizadas somente em dias festivos como também, muitas vezes não consigamos conter os risos diante das palavras e atitudes das queridas crianças, momentos únicos de alegria e descontração que os Guias Espirituais, as crianças, aproveitam para nos curar de nossas amarguras. Ainda há muita deturpação com relação às falanges de crianças na Umbanda, onde acredita-se que são espíritos de crianças que morreram prematuramente, o que na verdade, as “crianças” são espíritos elevadíssimos que trabalham na falange de Yori e “simplesmente” se adaptam suas formas espirituais às formas astrais de crianças, assim de forma doce, ingênua e com muita alegria esses Espíritos de Luz conseguem nos envolver intimamente e desagregar energias densas enraizadas em nosso campo aurico que nos deixa cada vez mais doente de corpo e de alma.
No dia 27 de setembro, dê uma pausa para a reflexão. Seu comportamento tem sido como das crianças espirituais da Umbanda? Você tem sido alegre, bem humorado e puro de coração? Ou pelo menos exercita o aprimoramento de viver sempre com alegria e esperança? Reflita sobre a sua missão.
Nesse dia especial, faça uma promessa para si mesmo; seu lado infantil e puro não deve morrer! Deve renascer em bondade, amor por todos os seres e gratidão pela vida. Se for a uma festa de Cosme e Damião no terreiro de Umbanda, leve para casa, além dos doces e bolos, o exemplo de alegria e pureza da sublime falange de Yori!
Salve as Crianças! Salve os Erês! Salve Cosme e Damião!
Salve Oni beijada!

A MAGIA DA CRIANÇA
O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são…TODOS, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.
Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa.
As preces dirigidas às “Crianças da Umbanda”, são prontamente atendidas, afinal, são dotadas de intenso poder mágico e vibração que só espíritos de grande luz possuem.
Uma curiosidade: Cosme e Da­mião foram os primeiros santos a terem uma igreja no Brasil. Ela foi cons­truída em Igarassu, Pernam­buco, e ainda existe.
Matéria extraída JUCA – Jornal de Umbanda Carismática, edição 13 setembro 2007

Ensinando as Crianças Sobre Reencarnação

Como devemos falar com nossas crianças quando nos perguntam sobre a Morte?

Como devemos conversar com elas para que entendam e aceite que a morte não é algo macabro como é visto e mostrado para elas pela sociedade que se vive?

Existem três histórias que Mauricio de Souza publicou à alguns anos, e assim fica muito mais fácil através de uma linguagem que elas entendam que é através dos Gibis para que nossas crianças e também nós mesmo possamos entender de um modo mais sútil e muito mais belo.

A primeira história é da Magali, contando suas reencarnações (existências) e explicando o porque que ela se tornou tão comilona.

A segunda é a do Chico Bento, que teve uma irmãzinha que acabou morrendo por causa de uma doença, e explicando o motivo desta doença e desse desencarne.

A terceira é continuação, onde a irmãnzinha de Chico Bento retorna para dar um presente em seu aniversário.

São histórias emocionantes (confesso que a do Chico Bento eu chorei), vale a pena ler para nossas crianças.

Não coloquei essas histórias dos gibis aqui pois existem os direitos autorais de Mauricio de Souza, mas estou colocando os links para que acessem direto do site da Turma da Mônica e se encantem como eu.


 


Síndrome alarmante, de desequilibro, a presença da mágoa faculta a fixação de graves enfermidades físicas e psíquicas no organismo de quem a agasalha.
A mágoa pode ser comparada à ferrugem perniciosa que destrói o metal em que se origina.


Normalmente se instala nos redutos do amor-próprio ferido e paulatinamente se desdobra em seguro processo enfermiço, que termina por vitimar o hospedeiro.
De fácil combate, no início, pode ser expulsa mediante a oração singela e nobre, possuindo, todavia, o recurso de, em habitando os tecidos delicados do sentimento, desdobrar-se em modalidades várias, para sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade, engedrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado, instala-se, quase sempre, a aversão, que estimulam o ódio, etapa grave do processo destrutivo.
A mágoa, não obstante desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeiros dardos morbíficos que atingem outras vítimas incautas, aquelas que se fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento.
Borra sórdida, entorpece os canais por onde transita a esperança, impedindo-lhe o ministério consolador.
Hábil, disfarça-se, utilizando-se de argumentos bem urdidos para negar-se ao perdão ou fugir ao dever do esquecimento. Muitas distonias orgânicas são o resultado do veneno da mágoa, que, gerando altas cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com lamentáveis conseqüências nos aparelhos circulatório, digestivo, nervoso…
O homem é, sem dúvida, o que vitaliza pelo pensamento. Sua idéias, suas aspirações constituem o campo vibratório no qual transita e em cujas fontes se nutre.
Estiolando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar o ressentido, impossibilitando a cooperação dos socorros externos, procedentes de outras pessoas.
Caça implacavelmente esses agentes inferiores, que conspiram contra a tua paz. O teu ofensor merece tua compaixão, nunca o teu revide.
Aquele que te persegue sofre desequilíbrios que ignoras e não é justo que te afundes, com ele, no fosso da sua animosidade.
Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.
Através do cultivo de pensamentos salutares, pairarás acima das viciações mentais que agasalham esses miasmas mortíferos que, infelizmente, se alastram pela Terra de hoje, pestilenciais, danosos, aniquiladores.
Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento desnecessário.
Se já registras a modulação da fé raciocinada nos programas da renovação interior, apura aspirações e não te aflijas. Instado às paisagens inferiores, ascendo na direção do bem. Malsinado pela incompreensão, desculpa. Ferido nos melhores brios, perdoa.
Se meditares na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não terás outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da tua vida as balizas da sua província infeliz.
“Quando estiveres orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas”. – Marcos: 11-25.
“Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isto, meus caros filhos, prova melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo”. – Cap.V – Item 20.
 

Oferendas básicas umbandistas

Oferenda ao Orixá Oxalá
• Toalha ou pano de cor branca; • velas bran­cas; • frutas brancas (melão, goiaba, etc); • vinho bran­­co doce ou suave; • flo­res brancas (todas); • fitas bran­cas; • linhas brancas; • comidas bran­­­­cas (can­jica, arroz doce, coalhada adoci­ca­da, etc.); • pães; • mel; • farinha de trigo (para cir­cular e fechar por fora as oferen­das); • co­co seco e sua água colocada em co­pos; • co­co verde com uma tampa cortada e um pou­co de mel derramado dentro da sua água; • água em cálices ou copos; • pedras de cris­tais de quartzo branco (se for solici­tado); • pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em espiga, cru e ainda leitoso.

Oferenda ao Orixá Oxumaré
• Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azul celeste; • fitas brancas e fitas azul celeste (ou todas as cores); • linhas brancas e linhas azul celeste; • frutas sementeiras (melão, maracujá, mamão, pinha, etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água adocicada com açucar ou mel; • flores coloridas; •coco verde; • licor ou suco de maracujá; • farinha de arroz (para circular e fechar a oferenda); • semente de feijão branco semicozidas e misturadas ao mel de abelhas; • açúcar, colocado em um prato branco e regado com mel de abelhas; • pembas coloridas.

Oferenda ao Orixá Oxóssi
• Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e verde; • frutas de qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e cozido, maçã cozida e regada com mel ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto; cerveja branca; • sucos de frutas; • pembas brancas e verdes; • fubá (para circular e fechar a oferenda).

Oferenda para o Orixá Xangô
• Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas bran­ca e marrom; • frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba verme­lha); • vinho tinto seco; cerveja preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e levemente co­zido, rabada cozida com cebolas cortadas em rodelas); • pembas branca, marrom e vermelha; • licor de chocolate.

Oferenda ao Orixá Ogum
• Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas branca e vermelha; • cordões branco e verme­lho; • flores (cravo e palmas vermelhas); • frutas (melancia, laranja, pêra, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de gengibre; • cerveja branca; • pembas branca e vermelha; • comida (feijoada).

Oferenda para o Orixá Obaluaiê
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fi­tas bran­­cas; • linhas brancas • flores (crisântemos bran­cos, quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca estalada, batata doce ro­xa cozida e regada com mel de abelha, beterraba co­zida e re-gada com mel; mandioca cortada em “toletes” cozida e açucarada; • bebidas (vinho bran­co licoroso, água em copos, licor de ambrósia); • pembas brancas.

Oferenda para o Orixá Oiá-Logunan (Tempo)
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas branca e azul escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de anis; • frutas (laranja, uva, caqui, amora, fi­go, romã, maracujá azedo); flores (do campo, palmas brancas, lírios brancos).

Oferenda para o Orixá Oxum
• Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e azul; • linhas rosa, amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas, amarelas e vermelhas); • frutas (cereja, maçã, pêra, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego, etc); • bebidas (champagne de maçã, de uva e licor de cereja).

Oferenda para o Orixá Omolu
• Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas branca, preta e vemelha; • fitas branca, preta e vemelha; • linhas branca, preta e vemelha; • pembas branca, preta e vemelha • flores (crisântemos, flores do campo, rosas brancas); frutas (maracujá, ameixa preta, ingá, figo); • comidas (pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado com mel,  batata doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã).

Oferenda para o Orixá Obá
• Toalha ou pano vermelho ou magenta; • velas vermelha ou magenta; • fitas vermelha ou magenta; • linhas vermelha ou magenta; • pembas vermelhas; • frutas (todas); bebidas (licor); • flores (do campo, jasmim, rosas vermelhas).

Oferenda para o Orixá Oroiná
• Toalha ou pano laranja; • velas laranja e ver­melha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pem­bas laranja; • frutas (laranja, abacaxi, pi­tan­ga, caqui); bebidas (licor de menta, cham­pagne de sidra); • flores (palmas vermelhas).

Oferenda para o Orixá Iansã
• Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas amarelas; • pembas amarelas; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão amarelo, pêssego e goiaba vermelha); • bebidas (champagne de uva ou de sidra; • flores amarelas; • comidas (acarajé; abacaxi em calda, arroz-doce com bastante canela em pó por cima).

Oferenda para o Orixá Nana Boruquê
• Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores (do campo, lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa, amora, figo); • bebidas (champagne rosé, vinho tinto suave, licor de amora, licor de framboesa, licor de morango).

Oferenda para o Orixá Iemanjá
• Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas branca ou azul claro; • pembas branca ou azul cla­ro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas (cham-pagne de uva e licor de ambrósia); • comidas (man-jares; peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó).

Oferenda para o Orixá Exu
• Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas pre­ta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • li­nhas preta e vermelha; • pembas preta e ver­melha; • flores (cravo vermelho); • frutas (man­ga, mamão, limão); • bebidas (aguardente de ca­na de açúcar, whisky, conhaque) • comidas (fa­rofa com carne bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida).

Oferenda aos Pretos Velhos
• Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fi­tas brancas; • linhas brancas; • pembas brancas; • frutas de todas as espécies; • bebidas (café, vinho doce, cerveja preta, água de coco, vinho branco licoroso); • flores (crisântemos brancos, margaridas, lírios brancos); • comidas (arroz doce, canjica, bolo de fubá de milho, milho cozido, doce de coco, doce de abóbora, doce de cidra, coco fatiado, quindim).

Oferenda aos Baianos
• Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; • linhas branca e amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva pêra, laranja, manga, mamão); • bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada com água de coco); • flores (flor do campo, cravo, palmas); • comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com cebola fatiada, quindim).

Oferenda aos Boiadeiros
• Toalha ou um pano (branco, vermelho, amarelo, azul-escuro, marrom); • velas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • fitas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • linhas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • pembas branca, vermelha, amarela, azul-escura, marrom; • frutas (todas); • bebidas (vinho seco, aguardente, batidas, conhaque, licores); • flores (do campo, palmas, cravos); • comidas (feijoada, charque bem cozido, bolos).

Oferenda aos Marinheiros
• Toalha ou pano branco; • velas branca e azul cla­ro; • fitas branca e azul claro; • linhas branca e azul cla­ro; • pembas branca e azul claro; • flores (cravos bran­cos, palmas brancas); • frutas (várias); • comidas (peixes assados, peixes fritos, peixes cozidos, cama­rões, farofa com carne); • bebidas (rum, aguardente);

Oferenda para os Erês
• Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas branca, cor-de-rosa e azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); • frutas (uva, pêssego, pêra, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixa ); • comidas (doces de frutas, arroz doce, cocadas, balas, bolos açucarados, quindins); • bebidas (refrigerantes, água de coco, suco de frutas);

Oferenda para os Exus Mirins
• Toalhas ou panos preto e verme­lho; • velas bicolores preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas preta e verme­lha; • pembas preta e vermelha; • flo­res (cravos); • frutas (manga, limão, laranja, pêra, mamão); • bebidas (lico­res, cinzano, pinga com mel) • comidas (fígado bovino picado e fri­to em azeite de dendê, farofas apimentadas).

Oferenda para Pombagira
• Toalha ou pano vermelho; • velas vermelhas; • fitas vermelhas; • linhas vermelhas; • pembas vermelhas; • flores (rosas vermelhas); • frutas (maçãs, morangos, uvas rosadas, caqui); • bebidas (champagne de maçã, de uva, de sidra, licores).

Oferendas para Caboclos (as)
As oferendas para os Caboclos e as Caboclas são iguais às dos Orixás que os regem.  No geral, são iguais às dos Orixás; no parti­cular, são acrescentados elementos indicados por eles.

Nossa Engoma é a alma musical

A partir do momento que os gans e os médiuns têm a consciência da importância do mantra dos atabaques, o respeito por eles ganha grande importância.

Mantra é um som harmônico produzido repetidamente para atingir um determinado lugar ou local elevado espiritualmente. Não é difícil entender, mas muito complicado para executá-lo. É como construir em nossa mente um objeto que nunca vimos. Antigamente a palavra AUM era sagrada. As pessoas tinham até medo de pronunciá-la. Eu já era teimoso ficava sempre que podia repetindo aum, aum, aum... Até cansar. Parava e não tinha a mínima idéia para onde tinha ido o meu aum. Nunca imaginei que ia ter conhecimento disso agora, quando o Caboclo Akuan fez uma explicação. Ele chama no Terreiro, para uma limpeza geral nas pessoas e no próprio ambiente, uma linha der Ogum que ele diz ser a sua falange. Ele manda tocar um som vibrante nos atabaques, com repiques, sem canto ou palmas. Eles não bebem, não fumam, não falam e não sentam. Apenas vibram em uma corimba.
A resposta da entidade foi afirmativa, esclarecendo que essas entidades antigamente faziam parte de sua tribo e de tribos originadas dela, mas todas pertenciam a ele, o Caboclo Akuan. Em casos especiais e de necessidade, ele chama essa falange através  dos atabaques. Eles, espalhados em vários lugares do mundo, quando ouvem o som dos atabaques, vêm atrás deles porque sabem que o Caboclo Akuan está precisando de auxilio. O som dos atabaques deixa bem claro o que é um mantra.
A partir do momento que os ogans e os médiuns têm a consciência da importância do mantra dos atabaques, o respeito por eles ganha grande importância. Pouca gente cultua, mas junto aos atabaques, o Rum, o Rumpi e o Lé, sempre fica uma entidade zelando pelo som que eles produzem. No nosso Terreiro, o nome dele é Ogan Khaian, com pintura intuitiva feita pelo Jimmy.
Inegavelmente os mantras dentro da Umbanda, além do som dos atabaques e sua engoma, são os pontos cantados. Existem pontos cantados para todas as situações do ritual,  como abertura da gira até seu encerramento, até mesmo para homenagear visitas de Pais ou Mães de Santo. Em outro local deste site (Musicas) eles estão amplamente divulgados. No caso presente falamos dos pontos que são mantras dentro da Umbanda, ou seja aquele som que ecoa pelo espaço ou éter até alcançar as camadas para as quais esse som foi projetado. Mais objetivamente vamos comentar sobre os pontos cantados individuais dos espíritos e dos de linha.

Ponto individual

O ponto individual é aquele que é o elo musical com uma determinada entidade. Se no Terreiro sabe estarem chamando por ela. Existem fatos dentro da Umbanda muito interessantes e que passam a servir como proteção aos Terreiros. Em um ponto cantado de uma entidade, dificilmente um obsessor se fará passar por ela. Exemplificando, se vai se chamar um Pai Joaquim de Angola no seu ponto certo, conhecido e tradicional, nenhuma entidade mentirosa se fará passar por ele, porque a sua responsabilidade da eventual falsidade vai lhe acarretar a obrigação de responder por esse ato perante o próprio Pai Joaquim, o que nenhum obsessor com certeza quer. Então o ponto individual é o mantra criado com determinada entidade, que não deve ser mudado e sempre cantado o mesmo. Eu recebo o Exu Tranca Ruas das Almas desde a primeira vez que isso aconteceu sempre no mesmo ponto. Cantam muitos, mas eu só o recebo no tradicional, a minha garantia que é realmente o Exu Tranca Ruas das Almas que incorporou.

Pontos de linha

Ponto de linha é o que chama as entidades de determinada linha, sem ser uma entidade nominada, mas todas as entidades daquela linha. Por exemplo, quando se canta para Oxossi, todos os caboclos podem incorporar, desde que seja desta linha. Não pode é um caboclo de Ogum ou Xangô incorporar em um ponto de Oxossi. Usa-se muito esse recurso. Chama-se a entidade e depois o ponto de linha para que todos os falangeiros da entidade possam incorporar.

Os cuidados com os pontos cantados

Por ser o canto um mantra de chamada do (ou dos) espíritos, todo cuidado é pouco para que não aconteçam enganos e distorções. Sempre digo que se  cantar para o Diabo ele vem e com toda autoridade, uma vez que foi chamado. Os terreiros devem cuidar para que pessoas entendidas sejam o que se chama de Samba, ou aquele que puxa o ponto de acordo com as regras da casa e das entidades presentes no trabalho.
Nem sempre uma musica bonita é mantra de Umbanda. Musicas criadas e cantadas pelo povo, apesar de vibrantes e do gosto popular, às vezes não serve para ser cantada durante uma gira.

O som dos atabaques e da engoma

Muitas vezes os atabaqueiros se entusiasmam e batem no couro com muita força, o que provoca uma natural tendência para que os que estão cantando também aumentem a voz, o que resulta em total desafinação. Isso é inadmissível. Nesses casos cabe à direção dos trabalhos controlar o som do atabaque e do canto. Espírito é sensível e por isso seus mantras devem ser entoados com muito amor, carinho e paz interior. O mantra é assim. Engomas que ficam bebericando, fazendo piadinhas e saem a todos instantes do local dos atabaques não servem para ogans.

Engoma

Engoma é o conjunto musical de um Terreiro. Alguns têm como instrumento apenas os atabaques – Rum, Rumpi e Lé, mas outros, como é o caso do Terreiro do Pai Maneco, além deles tem surdo, pandeiro, agogô, violão e outros instrumentos de percussão. Isso tudo, misturado com um canto equilibrado forma um mantra fortíssimo e do agrado de todos.

A música

"Foi feita para as pessoas se amarem". Essas palavras foram ditas por uma professora de musica já desencarnada. Eu levo isso a sério.