sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dogmas, Crenças e Fundamentos

Dogma é o ponto fundamental de uma doutrina religiosa. A Umbanda também possui seus dogmas, crenças e fundamentos.
  • Acreditamos em Deus eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, onisciente e onipresente;
  • Cremos na existência dos Orixás, Espíritos de Plano Superior, que comandam as 7 linhas ou vibrações da Umbanda;
  • Temos a reencarnação como ponto pacífico, logo, indiscutível;
  • Cremos na existência de seres fora da matéria e na sobrevivência de nossa própria alma após a morte do corpo físico, significando que o espírito não morre, mas sobrevive ao homem, em caminho de evolução;
  • Há possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados, através da faculdade mediúnica;
  • Existe uma Lei de Causa e Efeito, pela qual colhemos tudo o que plantamos. Não há acaso, tudo é consequencia;
  • O progresso individual ou as situações na vida são produtos de seu livre arbítrio ou escolha das provas antes da descida à matéria;
  • Amai-vos uns ao outros é o lema principal da Umbanda, manifestado na prática da caridade , tanto na palavra como na ação;
  • Acreditamos a existência de ouros mundos habitados, não constituindo a Terra exceção do universo. Há mundos mais adiantados e orbes mais atrasados. A terra é um plano de expiação, aprendizado e de correção moral;
  • Não há espíritos voltados eternamente para o mal, mas seres em estágio de aprendizado;
  • Todos temos guias espirituais que nos acompanham nos moldes dos anjos de guarda, porém, com faculdade de se comunicarem conosco, através da mediunidade;
  • Jesus Cristo foi o espírito de categoria mais elevada que já encarnou entre nós;
  • Adotamos a liberdade da prática religiosa, respeitadas, entretanto, as leis dos poderes legalmente constituídos;
  • Todos somos iguais, porque somos filhos do mesmo Deus de justiça, Sabedoria e Amor;
  • A afirmação de que todas as religiões constituem os diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a Deus, significando que todas as religiões têm uma única finalidade: Aperfeiçoar o homem e levá-lo para Deus. Daí o nosso respeito a todas elas, pois cada um se afiniza com uma corrente religiosa que esteja em correspondência ao seu grau de compreensão e evolução.

Ponto Cantado



É o conjunto de músicas próprias utilizadas em rituais umbandistas. Servem para os mais diversos fins, como por exemplo, receber uma visita, homenagear uma entidade etc.
Os pontos cantados na Umbanda são as prece e as invocação das falanges, chamando-as ao convívio das suas reuniões que, no momento, se iniciam.
Todas as religiões têm os seus cânticos. Assim, a Umbanda usa os seus pontos cantados, dos quais, entretanto não se deve abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para os trabalhos, sejam de magia, de descarrego ou de desenvolvimento de médiuns. Mas prestem  bem atenção. Não deturpem os pontos com excesso de cantos, muitas vezes impróprios para o momento, pois um ponto mal tirado (cantado), fora do seu âmbito, não produzirá o efeito desejado, prejudicando a aproximação das falanges e até mesmo perturbando o ambiente, pois essas falanges não estão sendo chamadas como deveriam ser. Cantem os seus pontos em harmonia, sem exageros, com cadência própria, porque a harmonia dos sons, é uma das mais importantes partes da magia e dela depende, dentro da Umbanda, a vinda dos guias e protetores espirituais, para darem a luz necessária, na verdadeira construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces em forma de canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda. Em resumo, nós umbandistas, utilizamos os pontos cantados para entrar-mos em sintonia com as forças do astral. Em outras palavras, através dos pontos cantados, conseguimos buscar as forças espirituais das entidades, para atuarem diretamente sobre os trabalhos que estão sendo realizados..
Para entoar as melodias dos pontos cantados, são formadas as curimbas nos terreiros de Umbanda. A curimba geralmente é composta de: Ogãs Curimbeiros (somente canto), Ogãs Atabaqueiros (somente percussão) e Ogãs Curimbeiros e Atabaqueiros (canta e toca percussão).
A curimba de um terreiro, exerce uma função de suma importância e, em razão disso, deve desenvolver um trabalho altamente sério e bem intencionado, pois todo o andamento dos trabalhos (gira), é ligado diretamente a curimba.
Vale também lembrar, que a palavra “Ogã”, é de origem Yorubá, que significa em nossa língua “Senhor da minha casa”. Portanto, a curimba deve ser encarada como uma função de grande honra e importância, para quem dela participa diretamente.
É obrigação de todo Ogã, conhecer os diversos ritmos dos pontos e o momento certo de cantá-los. Devem também,  saber o nome de todas as entidades espirituais que trabalham em seu terreiro, saber distinguir rapidamente uma entidade de outra, e  saber sempre, na ponta da língua, todas as saudações destinadas aos guias, protetores e orixás, da nossa querida Umbanda.
Émuito importante, que o ponto seja cantado de forma correta. Devemos analisar a letra e a melodia , e cantar com muito respeito e emoção, sem gritaria e sem brincadeiras. Afinal, o ponto é uma prece, portanto, vamos cantar com muito amor e devoção.
A curimba é responsável pela preparação do ambiente, tornando-o propício e harmonizado com o plano espiritual.
É costume dizer que a curimba é responsável pela segurança do terreiro, pois é através da firmeza dos responsáveis pela curimba que a gira transcorre normalmente ou pode virar.
Quando falamos em virar a gira, estamos dizendo que, é através do chamado dos ogãs, que as entidades positivas ou negativas atuam diretamente sobre os rituais que estão sendo realizados.
Devemos tocar os instrumentos ritualisticos e não bater de forma desordenas. Deve existir uma harmonia, uma simetria, uma afinação entre os instrumentos de couro, os instrumentos de metal e a voz humana, dentro da curimba.
Os instrumentos devem ser afinados conforme as condições de tempo (temperatura) e espaço físico. Por exemplo: no verão devemos deixar o couro dos atabaques um pouco mais folgados, pois o calor agrupa as moléculas do couro, fazendo com que os mesmo fiquem mais apertados, a medida em que são tocados, coisa que não acontece no inverno, onde o frio faz com que o couro se torne úmido e mole.
Os instrumentos mais comuns dentro do ritual umbandista são os atabaques, em conjunto de três, agogô, afoxé, pandeiro, maracas, triângulo, ganzá, adjá  e o berimbau.
O conjunto dos atabaques são constituídos por três tamanhos diferentes, sendo o menor chamado de rum, o médio chamado de rumpí e o maior chamado de lê.
Nem todos os instrumentos são utilizados nos terreiros e centros, o mais comum é a utilização somente dos atabaques.
As palmas, também estão incorporadas nos rituais umbandistas, pois também é uma forma de comunicação com o plano astral, pois através delas, podemos expressar nossas emoções e a satisfação em ver uma entidade espiritual em terra.
Os pontos cantados são divididos conforme suas caraterísticas, pois cada tipo de ponto serve para um determinado fim.

HINOS

São entoados em cerimônias especiais, tais como a comemoração de fundação de um terreiro, formaturas de sacerdotes, apresentações públicas, e em reuniões onde encontram-se várias personalidades civis da Umbanda.

ABERTURA

São entoados para dar início aos trabalhos espirituais, sejam eles de qualquer natureza.

ENCERRAMENTO

São utilizados par encerrar os trabalhos espirituais, sejam eles de qualquer natureza.

BATER CABEÇA

Utilizados pelo corpo mediúnico em geral, para fazerem suas saudações aos guias, protetores e orixás, diante do congá.

DEFUMAÇÃO

Cantados quando é efetuada a queima das ervas aromáticas, durante o ritual de defumação.

CHAMADA

Pontos utilizados para chamar as entidades espirituais, no local onde estão sendo realizados os trabalhos.

SUBIDA

São entoados no momento em que, as entidades que estão em terra, estão se preparando para fazerem o retorno ao plano espiritual. 

DESCARREGO

São cantados para firmar as linhas que irão trabalhar no descarrego, e também, para firmar as falanges que vão atuar na cobertura.

VISITA

São apropriados para receber, saudar e despedir-se de um visitante, ou para entrar e sair de um terreiro visitado.

SAUDAÇÕES

São melodias usadas para homenagear autoridades, presentes no terreiro, ou em apresentações publicas.

POVOS

São utilizados para exaltar os povos (Baianos, Ciganos, Marinheiros, Boiadeiros, Povo da Rua e etc.). São pontos secundários (cruzados) e exclusivos a estas entidades, onde através dos mesmos, fazemos nossas saudações e  agradecimentos. Não existe pontos primitivos para os povos, pois todas essas entidades espirituais, obedecem ao comando de um determinado orixá.

PRIMITIVOS

São pontos que citam especificamente um orixá. Nesses pontos entram somente, o nome do orixá, armas, adereços costumes e etc. Não entram nomes de caboclos ou entidades espirituais que trabalham nas respectivas linhas dos orixás, nem o nome de um outro orixá.
Quando os pontos primitivos são utilizados?
  • Homenagem ao orixá.
  • Obrigações.
  • Quando não se sabe o nome de uma entidade que trabalha na vibração de um determinado orixá.

CRUZADOS

São os pontos que citam mais de um orixá, ou entidades espirituais que trabalham na vibração desse orixá. Nestes pontos é comum o cruzamento do orixá e tudo que diz respeito a ele e aos guias de sua falange.
Quando os pontos cruzados são utilizados?
  • Para especificar o nome de uma ou mais entidades.
  • Para especificar o nome do orixá e seus guias.
  • Para chamada especifica de uma entidade.
  • Na necessidade de se cruzarem duas ou mais vibrações.

SACRAMENTOS

São cantados em ocasiões especiais, onde são realizadas cerimônias de casamentos, batizados etc.
O QUE É EBÓ?



Ebó em yoruba significa Limpesa.

Ebó são restos de elementos energéticos entre eles sementes, verduras, etc... Materiais que são passados na pessoa para que limpe o seu corpo.

Existem ebós de todas espécies.

O Ebó é feito para agradar o seu ou outros orixás, geralmente são colocados nos locais do domínio desses.

São feitos para tirar EGUNS, abrir CAMINHOS, reestabelecer a SAÙDE, tirar DEMANDAS, EQUILIBRAR, etc...

O EBÓ NÃO PODE SER COBRADO, a pessoa trás o material que será utilizado.

É interessante procurar saber um pouco mais da casa que está fazendo este trabalho, do Pai ou Mãe, ou a pessoa que for fazer, não é costume cobrar por trabalhos. Ou utilizar de sacrifícios de animais. Caso você observe estas ações, com certeza não está dentro de uma Casa de Umbanda.

A UMBANDA É CARIDADE,
E DENTRO DA CARIDADE NÃO SE COBRA A AJUDA QUE SE DÁ À UM IRMÃO NECESSITADO!
E NEM SE TIRA A VIDA DE UM INOCENTE POR CAUSA DOS PROBLEMAS DO OUTRO.

COBRANÇA? MATANÇA?

PENSE NISSO!