segunda-feira, 22 de abril de 2013


Críticas a Umbanda



Em uma noite ,num Templo Umbandista lá para as bandas do sul de Minas durante a gira de Pretos Velhos,um moço chamado André ,membro da corrente vai conversar com um dos Pretos Velhos incorporados.

_ Salve Meu Pai!!

_Saravá Zifio!!

_ Meu Pai, estou muito aborrecido.

_ I o que aflige sua camutuê(cabeça na língua africana cafre) zifio?

_ Tenho visto muita gente criticar a Umbanda meu Pai.Dizendo que nosso culto é
atrasado, cheio de erros.

_ Mas nóis num liga zifio.Carece nóis trabaiá ,ajudando os que precisa, pondo paz e Fé nos coração doente pela farta de Nosso Sinhô dentro deles.

_ Falam que os Guias são atrasados ,ignorantes e uma das provas é falarem errado,apresentarem trejeitos.

_ Mas nóis num liga zifio.
Carece nóis falá certo e não correto, a escola ensina qualquer um falá correto e inté bonito mas pra falá certo carece de ter amor no coração e caridade e intendê que quando tudo mundo morre, o que Nosso Sinhô pede num é os diplomas das escola mas o diploma da vida
.Nesse diploma quem tirou nota alta em tolerância,em caridade,em amor com o próximo,em honestidade, em não julgá, vai pra uma escola melhor;
Se tiro nota baixa tem de repetir de ano ou seja tem de voltar a nasce porque perdeu a oportunidade abençoada falando correto porem usando palavras erradas.

_Meu Pai.Vocês não ligam mas eu ligo.

_Zifio! Isso tudo que falam incomoda muito zuncê?

_Incomoda sim Pai!

_E zuncê fica querendo explicar que estão errados?

_ Fico Pai.Até discuto!

_IHH Zifio! Zuncê carece de te mais Fé e Amor em Nosso Sinhô.

_Ué Pai! Eles que atacam e eu que preciso de ter Fé e Amor em Deus???????

_É sim zifio! Zuncê preocupa em mostra sua Fé mais pros outros que pra Nosso Sinhô.
Se sua Fé e Amor na Umbanda que é a casa de Nosso Sinhô fosse grande, zuncê trocaria o aborrecimento pela oração por esses que ainda num sabem o quanto é ruim julgá ;Zuncê trocaria o incomodo pela alegria de sabe que Nosso Sinhô olha os coração das pessoas e cuidava de manter o seu coração livre dos sentimentos ruim, inda mais aqui dentro; Zuncê trocaria a discussão pelo silêncio porque mudar eles zuncê num muda porque virtudes num vem de fora pra dentro e alem de tudo acontece duas coisas ruim com Zuncê:
Uma é que Zuncê mostra que num aprendeu nada aqui como deve aprendê um bom Umbandista.

Nisto o Preto Velho parou de falar e começou a dar boas baforadas em seu cachimbo ao mesmo tempo que passava no moço um ramo de guiné o qual molhava num copo com água promovendo a limpeza do moço.

Impaciente André pergunta:

_ E a segunda coisa ruim Pai!

_ A segunda ficou lá na porta donde o Exu barrou de entra aqui.Um bando de kiumba(espíritos zombeteiros,obsidiadores ou maldosos) que estavam atrás de zuncê pra ver onde zuncê ia começar outra discussão.

---Exemplos sempre serão mais fortes e eficientes que palavras

 Ogum


Firmeza de Ogum
Na Canjira de Umbanda , Orixá que comanda é Ogum,
Ele é o Rei do Terreiro, ou segura o terreiro é Ogum (bis)
Ogum Iara, Ogum Beira Mar, auê Ogum Rompe Mato,
Ogum de Lei, quem está de ronda é Ogum Mege...
Ogum Matinada
Ogum venceu a guerra, Ogum tocou clarim,
E o regimento todo, é comandado por mim....
Salve os guerreiros da madrugada,
Salve Ogum guerreiro, e Seu Ogum Matinada.

Ogum Iara

Se meu pai é Ogum, o, o, vencedor de demanda,
Ele vem de Aruanda, pra salvar filhos de Umbanda,
Ogum, Ogum Iara, Ogum, Ogum Iara,
Salve os campos de batalha, salve as Sereias do mar, Ogum, Ogum Iara.

Ogum de Lei

Ogum é de lei, é de lei, e, e, o.
Ogum vem de Aruanda, vence demanda, e, o.
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Saravá Ogum, e a coroa de lei (bis)
Saravá Ogum, e a coroa de lei (bis)
______________________________________
Ogum de lei meu Pai, estou lhe chamando,
Ogum de lei meu Pai, estou lhe esperando,
Com sua espada e sua lança na mão,
Ogum de lei, é vencedor de demanda
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Ouvi o toque do clarim da Lua,
Ouvi o toque do maior do dia,
Ogum foi praça de cavalaria,
Foi ordenança da Virgem Maria.
Lá, rá, lá ia, lá rá, lá ia, lá rá, lá ia,
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Se sua espada é de ouro, sua coroa é de lei
Ogum é tataa na Umbanda, vem de aruanda, Ogum iê (bis)
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Ogum, tem pena de mim,
Não me deixe sofrer tanto assim...
Quando eu morrer, vou passar lá na Aruanda,
Pra ver Ogum saravá filhos de Umbanda.


Ogum Beira Mar

Ele jurou bandeira, ele tocou clarim,
Com seu exercito branco, ele lutou por mim,
Na beira da praia, Ogum Sete Ondas, Ogum Beira Mar.
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A sua espada brilha no raiar do dia,
Seu Beira Mar é filho da Virgem Maria (bis)
Seu Beira Mar, beirando areia,
Seu Beira Mar é filho da Mamãe Sereia.
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Beira Mar auê, Beira Mar,
Beira Mar quem está de ronda é militar (bis)
Ogum já jurou bandeira, na porta do Humaitá,
Ogum já venceu demanda, vamos todos saravá,
Beira Mar...
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Ogum, Ogum, quando chega no reino,
Todo mundo canta sem saber que Ele é,
Ele é Ogum Beira Mar de Umbanda,
Ele vem de Aruanda,
Salvar filhos de Umbanda
Ogum Beira Mar...
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Ogum Mege
Ogum em seu cavalo corre, e a sua espada reluz,
Ogum, Ogum Mege, sua bandeira cobre os filhos
De Jesus, Ogum Mege...
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Ogum estava de ronda, Ogum veio rondar, (bis)
Aue, aue, Rompe Mato, Ogum Mege... (bis)
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No alto da romaria, eu vi um cavaleiro de ronda, (bis)
Trazia espada e a lança na mão,
Ogum Mege guerreou e venceu o dragão,
A primeira espada quem ganhou foi ele, (bis)
Mas ele é, ele é Ogum Mege, ele veio de Aruanda
Pra seus filhos proteger...
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Laça de Fogo
Pisa na linha de Umbanda, que eu quero ver...
Seu Lança Fogo,
Pisa na linha de Umbanda, que eu quero ver,
Ogum Beira Mar,
Pisa na linha de Umbanda, que eu quero ver,
Ogum Iara, Ogum Mege.

Ogum Rompe Mato
Que cavaleiro é aquele, que vem cavalgando...
Sob um céu azul?
É seu Ogum Rompe Mato, quem vem saravá
O Cruzeiro do Sul.
E e e , e e á, e e e Rompe Mato pisa na Umbanda.
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A sua mata é longe, uma estrela brilhou.
Mas seus filhos de Umbanda já lhe procurou,
Oi já lhe procurou...,
Quem vê seu Rompe Mato de Umbanda,
Que até agora ainda não chegou, ainda não chegou.
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Serra Vermelha
Seu Serra Vermelha é Cabloco de Ogum,
Vem de Aruanda pra salvar seus filhos,
Ogum e, e, meu Pai, Ogum e, e meu Pai,
Seu Serra Vermelha vem saudar este Conga.
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São Jorge
Em seu cavalo branco, ele vem montado,
Calçado de botas, Ele vem armado,
Vinde, vinde, vinde, São Jorge, é nosso protetor,
Vinde, vinde, vinde, São Jorge, é nosso salvador.
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Dia 23 de Abril
Dia 23 de Abril, é a festa de Ogum, Ogum ie,
Ogum Iara, Ogum de Lei, Ogum Rompe Mato,
É a festa de Ogum, vamos todos aqui saudar,
Os guerreiros de Aruanda vão chegar,
Enviados de Oxalá.
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O exemplo abalou o Mundo, da guerra voltou Capitão,
Converteu milhares num segundo, com a lança matou...
O dragão. No dia 23 de Abril, o, o, do ano 503, morreu...
Por amor ao Senhor, aquele que é hoje nosso Santo e Protetor.
São Jorge, o meu São Jorge, mensageiro de Deus,
Com sua espada de outro meu Pai, proteja os filhos seus.
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Subida de todos Oguns
Ogum vai embora pra sua Banda,
Que a Banda te chama Catinguele,
Afirma o ponto que Ogum vai embora,
Afirma o ponto Ogum de lei.
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Pontos de todos os Oguns
Ogum vem de Aruanda,
Vence toda demanda, é Ogum (bis)
Ele é das Matas, ele é das Águas, ele é de lei (bis)
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Salve Umbanda na Aruanda, saravá Ogum,
Salve Umbanda na Aruanda,
É Ogum de Lei, é Ogum Rompe Mato,
É Ogum Beira Mar, é Ogum Mege,
É Ogum Iara.
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Saudação ao Cavaleiro das Estrelas
Ogum Mege, Ogum Mege, vem de Aruanda,
Seus filhos proteger.
Ele vem em seu cavalo, Ele vem todo armado,
Ele vem pelos caminhos saravando o seu reinado.
O seu nome todos saúdam, o seu nome é de guerreiro,
Seu Cavaleiro das Estrelas,
Vem chegando no terreiro.
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Caboclo Espada de Lei
Ele é de Ogum, Ele é de Lei,
Vem vindo de Aruanda, Espada de Lei.
______________________________________________________
Coroa de Flores (Sete Lanças)
O, o, o, o, o, o,........O, o, o, o, o, o,.................
O, o, o, o, o, o,........O, o, o, o, o, o,.................
Ogum de Lei, Ogum de Lei,
Ogum Iara, Ogum Mege
Ogum de Lei, Ogum de Lei,
Ogum Rompe Mato e Beira Mar....

Salve Ogum, Salve Oxalá, os Orixás,
Seu Sete Lanças e toda a aldeia.
Vamos saudar Ogum de Lei, Ogum Iara,
Mege, Rompe Mato e Beira Mar,...

Vamos saudar a Mãe Pequena, filha de Ogum,
A coroa é de flores, e flores também tem espinhos,
Filha de Ogum, agora é Babá, Babalao....
O, o, o, o, o, o, ..........O, o, o, o, o, o, .....

Vamos saudar Seu Sete Lanças,
Que de Aruanda traz a Paz e a Esperança....
É o Cabloco de Ogum, é Guerreiro da Paz....(bis)

Sua bandeira é a esperança,
É o Caboclo de Ogum, Seu Sete Lanças,
É o Caboclo de Ogum, é o Caboclo de Ogum,
Ogum de Lei, Ogum de Lei....

Giras e Rituais


A Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa coibir os abusos. Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, o que faz a diferenciação da qualidade de um para outro. Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o principio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes. Com este tópico para esclarecer, transmitimos, sem nenhum segredo o ritual que nós praticamos.

GIRAS
No sentido de trabalho significa reunião de vários espíritos de uma mesma categoria. As giras podem ser festivas, de trabalho, de treinamento, fechada ou aberta e especifica. Antes das giras propriamente ditas, deve ser feita uma "abertura dos trabalhos" para que o ambiente seja devidamente preparado. Apresentaremos um modelo de abertura de gira em capítulo a parte.
Festiva ­ é aquela em que se presta uma homenagem ao Orixá/Entidade do dia. Nela pode-se puxar outras vibrações, separadamente;
De trabalho ­ são giras realizadas regularmente para o atendimento de consulentes;
De treinamento ­ pode ser realizada junto com a gira de trabalho ou em dia especifico. Nela se processa o desenvolvimento mediúnico dos iniciantes que serão trabalhados pelas entidades incorporadas ou por médiuns feitos, através da vibração de seus guias, sem incorporação;
Aberta ­ é uma gira onde se toca para duas ou mais categorias de espíritos. Nela podem trabalhar, ao mesmo tempo, Caboclos, Pretos Velhos, Ibeijada, etc. Cada médium trabalha com a entidade que desejar se manifestar.
Fechada ­ nessas giras trabalha-se com uma "linha" de cada vez. Somos mais favoráveis a este tipo de gira por não haver cruzamento de energia, assim existindo melhor aproveitamento dos fluidos por parte dos médiuns;
Neste caso, chama-se uma única linha por vez, espera-se encerrar seu trabalho, e só depois que ela tiver deixado a gira, chama-se outra linha. Todos os médiuns trabalham com Caboclos, depois com Baianos, por exemplo.
Especifica ­ são as giras de Abaluaê, Oriente, Ibeijada, Exús e Pomba Giras. No caso destas giras são necessários certos procedimentos para se isolar o trabalho. Isso pode ser feito com preces, cânticos especiais ou até mesmo em dias especiais após imantações.
A gira de Exú é uma gira difícil de ser trabalhada pois muitos deturpam a sua finalidade e o modo de trabalho de tais entidades. A falta de conhecimento leva muitos a acreditarem que se trata do "diabo". Mal sabem que o diabo é o mal, o orgulho, a vaidade, a discriminação e a preguiça que alguns carregam consigo.
Deve-se cantar 7 curimbas para Ogum que sempre abre e fecha esta gira - não é obrigatória a incorporação de Ogum. A energia de Ogum é responsável pelo equilíbrio dos espíritos desta faixa de evolução. Os Exús e Pomba Giras não precisam usar bebidas a não ser para trabalhos específicos e a quantidade é absurdamente pequena . Eles recebem sua libação na tronqueira.
Os Exús e Pomba Giras são entidades evoluídas, embora estejam na base do desenvolvimento espiritual, por isso não aceitamos, de forma alguma, aqueles que fazem gestos obscenos, falam palavrões e dão gargalhadas espalhafatosas ou mesmo que utilizam roupas extravagantes já que todas as outras entidades trabalham com os médiuns vestidos de branco. Isso tudo é teatro, brilho, fantasia não tem nenhuma importância espiritual. Tais entidades são de muito respeito e muita luz, porém humildes e muito próximas da consciência terrena, deixam seus médiuns a vontade até mesmo em suas "palhaçadas". Médium evoluído, Exú em evolução, valendo também o inverso.
Estas entidades defendem nosso campo anímico (ligação matéria/espírito) para que Oxalá possa continuar conveccionando a vida. Vemos assim que elas têm uma importante função no plano espiritual.
A gira de Ibeijada também é uma das giras difíceis de um terreiro. Após a "abertura" normal da gira e com todos os fundamentos preparados para este trabalho puxa-se a falange das crianças que, por acaso, não são malcriadas apesar de serem alegres e brincalhonas. Muitos médiuns se aproveitam de tal situação e fazem arruaça, achando que com isso tornam autentica a sua incorporação.
Os Erês ou Cosmes (homenagem a São Cosme , entidade protetora das crianças segundo a Igreja Católica) podem brincar sem desrespeitar os princípios espirituais. Essas entidades são a sublimação das forças cósmicas e jamais devemos desafiá-las pensando que por "serem crianças" não tem muita força. A devoção a essa vibração pode nos salvar de situações difíceis.
Deve-se, sempre após uma gira de Ibeijada, chamar outra entidade para encerrar os trabalhos, pois as "crianças" limpam os consulentes e fazem os trabalhos, mas não descarregam a negatividade.
A gira de Abaluaê deve ser isolada das demais, através de preces específicas que devem ser rezadas antes e depois desta gira. Nessas preces deve-se buscar o fortalecimento mental dos médiuns da corrente e projetar energia equilibrando-os para conseguirem assimilar esta vibração que, por ser uma energia de sublimação (Nanã = reação, Omulú = ação) chega na terra de forma triangular , ocupando um espaço maior que as demais vibrações, portanto formando um campo magnético amplo em que o médium pode não conseguir permanecer.
A gira do Oriente deve começar a ser preparada uma semana antes do dia propriamente dito. Ela deve ser aberta pelo Zelador com preces e, durante a semana, devem ser invocadas todas as entidades que irão trabalhar, mantendo-se iluminados os respectivos pontos de firmeza. No dia da gira só deverão participar os médiuns que se mantiveram em harmonia com os fundamentos do terreiro naquela semana. Nestas giras geralmente recebe-se espíritos de muita sabedoria que vem a terra para nos ensinar ou passar mensagens importantes. Não devemos confundir esta gira com a festa dos ciganos. Agira do Oriente trabalha com os espíritos mentores de diversas crenças e culturas orientais.

GIRA BLOQUEADA
Assim chamamos a dificuldade que o médium de incorporação parcial tem de penetrar na faixa vibratória de certos consulentes. Quando isso ocorre o médium não está, necessariamente, falhando ou sem a sua entidade.
Os motivos podem ser:
a) consulente carregado de energia negativa. O consulente fica envolvido dentro de uma redoma.
b) consulente que procura a tenda por simples curiosidade ou para testar as entidades.
c) o consulente é médium ou mesmo Zelador. Já tem sua "coroa" feita e sua próprias entidades fecham a sua faixa vibratória para resguardá-lo.
Nos casos "a" e "b" o médium não deve se deixar perturbar e também não deve tentar romper o bloqueio, pois além de lhe causar grande perda de ectoplasma isso pode fazer com que caia em descredito. O correto é recomendar ao consulente um limpeza espiritual através de banhos de descarrego, imantações e preces e pedir-lhe que retorne para nova consulta.
É importante salientar que as giras de passe não são "consultório sentimental" ou lugar de "conversa fiada, muito menos fábrica de milagres. As pessoas devem ser orientadas para que não desgastem os médiuns contando toda a sua vida. A entidade irá perguntar somente o necessário, não ficará tentando fazer adivinhações.
O Consulente deve ser instruído a manter-se concentrado em seus objetivos para que toda a força do terreiro seja empenhada em fazer a ciclagem espiritual do mesmo. É desta forma que se consegue o que se procura e não com trabalhos direcionados a terceiros. Ninguém tem o direito de interferir no caminho espiritual de outra pessoa a não ser que esta peça. Não devemos esquecer do "livre arbítrio" e principalmente de que "nos tornamos responsáveis por tudo que cativamos"
No caso "c" deve-se somente saudar a "coroa" do consulente e realizar o passe.

PROCEDIMENTO DENTRO DA GIRA
Após o devido preparo espiritual com banhos e imantações e depois de receber as orientações preliminares (aulas) o médium deve seguir o seguinte esquema dentro das giras:
Reflexão - o médium ao adentrar a gira deve refletir sobre sua vida nos dias que antecederam ao trabalho, procurando observar seus pontos fracos, seus erros e acertos. Deverá agradecer a Pai Oxalá a chance de estar novamente a seu serviço.
Concentração - após a reflexão, o médium deve se desligar de tudo que o cerca. Deve fixar seu pensamento num ponto que lhe seja positivo, que lhe cause bem estar, a fim de que sua mente fique livre para receber todas as vibrações e de que seu corpo possa absorver completamente as imantações do ambiente.
Desde a sua entrada no terreiro até o inicio da gira, o médium deve manter-se em silencio absoluto, respirando pausadamente, aguardando a chegada dos demais companheiros.
Quando o médium entra no terreiro ele pode tocar o chão com a mão direita e em seguida benzer-se com o sinal da cruz, saudando as entidades da casa. Não é obrigatório, se não vier do coração.
Após o início da gira chegará o momento de "bater cabeça". O que isso significa? Como fazê-lo?
Cada médium poderá ter seu "pano-de-cabeça", o qual deverá ser estendido no chão, diante do Pejí, e, ao som de cântico correspondente, deverá tocar o chão, sobre o pano, com a testa (Salve meu Pai Oxalá). Depois deverá tocar o chão com o lado direito da fronte saudando o Orixá masculino do terreiro (quando já souber seu Pai de Cabeça, ele é quem deverá ser saudado). A seguir deverá tocar o chão com o lado esquerdo da fronte saudando o Orixá feminino do terreiro (quando já souber sua Mãe de Cabeça deverá saudá-la).
A seguir será feita a defumação do ambiente quando, então, os médiuns que já usam as guias, deveram colocá-las no pescoço após imantá-las com a defumação.
DEFUMAÇÃO ­ A produção de aroma se faz pela mistura e aquecimento de várias ervas e essências e tem a finalidade de atrair vibrações e romper o campo magnético do ambiente que será utilizado para os trabalhos.
A cada material cabe atrair um tipo de vibração: boa ou má. Por exemplo: as ervas favorecem as boas vibrações e as espalham pelo ar, já o carvão atrai as más vibrações, porém as retém. Esse carvão será deixado na tronqueira até o final da gira e depois será jogado fora pois a negatividade já terá sido absorvida pelos Exús. (Veja Defumação)

Considerações Gerais
Começamos com o terreiro. Na frente, no portão de entrada normalmente tem uma pequena casa. Nós a chamamos de Tronqueira. Lá dentro tem uma imagem do Sr. Tranca-Ruas, o poderoso Exú protetor do terreiro. É a nossa guarda.
O Terreiro é dividido em duas partes: a da assistência e o terreiro onde se desenvolve a "engira". Daqui para a frente simplesmente "gira". Em todo terreiro costuma-se haver um quadrado ou um centro de vibração, onde está enterrada a segurança de toda a casa. É um buraco que contém as armas do Orixá Chefe. Dali, emanando todo o axé da casa. Cria-se, então, um campo vibratório de muita força.
Em alguns terreiros existe hierarquia. Além do dirigente, existem as figuras da Mãe-Pequena e do Pai-Pequeno. Após os capitães de terreiro e dos ogans (atabaqueiros). Todos os membros da corrente devem prestar-lhes obediência e respeito e, ao entrar no terreiro, devem reverenciar-lhes, ritual rigorosamente observado pela religião umbandista. Todos carregam guias diferenciadas dos membros da corrente.
O médium deve ter sempre a consciência de nunca comer carne no dia em que irá trabalhar. Carne proveniente de animais de sangue quente podem conter energias contrárias às necessidades do trabalho que será desenvolvido. Além disso, o sangue contêm muita energia que, se usada por espíritos de pouca ou nenhuma luz, pode atrapalhar consideravelmente o bom andamento do trabalho.
Considerando também que na evolução do reino animal, usar-se-á para sua própria alimentação animais que estejam distantes do grau evolutivo do ser humano, ou seja, recomenda-se o uso de peixes para se alimentar evitando animais mais evoluídos afastando-se das energias inerentes a animais sacrificados para nossa alimentação e que nos sejam "próximos".
Como o dia de trabalho é sagrado, deve-se evitar a todo custo pensamentos pecaminosos, xingamentos, sentimentos de ódio de maneira geral, sexo, frequentar lugares que sugiram alguma ligação com energias que possam ser prejudiciais ao trabalho.
Não lavar a cabeça mas sim o restante do corpo. Não deve também cortar seu cabelo ou qualquer outra ação que envolva a manipulação de seu chakra coronário.
(Obs.: Banho de descarga com as ervas do seu Orixá).

Chegando no terreiro...
Saudar a(s) Tronqueira(s):
Saudar Seu Tranca Ruas.
Pedir proteção, pedir ajuda nos trabalhos.
Pedir para limpar seu corpo de larvas e miasmas astrais.
Pedir licença para entrar no terreiro. Considere sempre que o chão do terreiro é um solo sagrado e é onde serão desenvolvidos todos os trabalhos. Portanto, faz-se necessário pedir licença para pisá-lo.
Para pedir licença para pisar no terreiro deve-se tocar o chão com o dedo médio, tocando-o 3 vezes, descrevendo um triângulo, (tríade Crianças, Caboclos e Pretos-Velhos) e em seguida tocar a fronte, o lóbulo parietal e lóbulo occipital (tríade matéria, mente e espírito) solicitando-lhes que nos ajude a manter o fortalecimento e a harmonia destes planos.
As Crianças significam a infância, com sua pureza e inocência.
Os Caboclos significam a mocidade com sua energia.
Os Pretos Velhos significam a velhice com sua humildade e experiência.
Saudar Oxalá.
Saudar seu Orixá de cabeça. Se não souber ainda qual é seu Orixá de cabeça, bastará saudar Oxalá.
Em terreiros que tenham Ogan deve-se saudar o Ogan Chefe. O Ogan é o chefe dos atabaques.
Em terreiro que mantém hierarquia com capitães, deve-se cumprimentar os Capitães do terreiro obedecendo a hierarquia entre eles, ou seja, o 1º capitão a ser cumprimentado deve ser sempre o capitão mais novo a ocupar esta posição, em seguida cumprimentar o segundo e assim consecutivamente até o Capitão mais antigo do terreiro.
Em terreiros que tem pai-pequeno/mãe-pequena deve-se cumprimentá-los. É importante observar que a Umbanda não tem cargos hierárquicos. Muitas vezes esses cargos e definições dentro do terreiro são características advindas do Candomblé.
Cumprimentar o dirigente do terreiro.
Ao som do Hino da Umbanda, a corrente entra no terreiro, cantando alegres, dispostos, de branco, com suas guias e banho de ervas previamente tomado. Após, inicia-se a defumação em todos os presentes. Vale aqui dizer que todo o ritual tem que, obrigatoriamente, ser feito com pontos cantados. Após a defumação, vem o bate-cabeça, oportunidade dos membros da corrente. Os que têm hierarquia já o fizeram no início. Em seguida a saudação aos Anjos da Guarda. Louva-se aos Orixás e aos espíritos que trabalham através dos cavalos (médiuns) no terreiro. Em seguida pede-se a proteção do Sr. Ogum de Ronda. Saudação à Quimbanda e ao Sr. Tranca-Ruas não podem faltar. Feito este ritual é que começam as incorporações.

FUNDAMENTOS DO RITUAL
Hino de Umbanda
É um mantra de louvação à Umbanda.
Os povos em suas liturgias religiosas, desde os tempos imemoriais, invocam suas divindades, não só pelo vocábulo, como também, pela palavra cantada, através de hinos, ladainhas, mantras, cânticos, salmos e pontos cantados.
Defumação
A defumação harmoniza e aumenta o teor das vibrações psíquicas, produzindo condições de recepção e inspiração nos planos físico e espiritual.
Além de influenciar em nossas vibrações psíquicas, as ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos no solo da terra, absorção de nutrientes dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constituitivos das ervas. Deste modo, projetam-se forças capazes de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto de baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, orgulho, mágoa ,etc.
O que fazer nesta hora? Pedindo pela purificação do Terreiro dos médiuns e assistência fechando o nosso corpo e mentalizar os guias, anjo da guarda, pedindo que essas energias nocivas se dissipem.
Bate Cabeça
Neste momento os filhos estão saudando seus Orixás de cabeça e pedindo licença aos mentores espirituais da casa para iniciar os trabalhos.
Anjo da Guarda
Neste momento de louvação ao nosso Anjo de Guarda, devemos pedir sua proteção e harmonia.
Prece de Abertura
É o momento aonde elevamos os nossos pensamentos e pedimos por nós, pelo bom andamento dos trabalhos espirituais, por parentes e amigos encarnados ou desencarnados, deixando toda as mágoas e maus pensamentos, tudo que é de ruim do lado de fora, para que possamos formar uma corrente com bastante solidez que possa combater qualquer força contraria sem romper um elo desta corrente.
Abertura de Gira
Neste momento o dirigente puxa o ponto de abertura de gira (Eu abro a nossa gira com Deus e Nossa Senhora...), é um momento de muita concentração, é quando ele recebe a permissão dos guias espirituais para dar início ao trabalho.
Deus Salve a Pemba, Salve a Toalha e Salve Nosso Congá
Pemba: a caneta dos guias, objeto sagrado na Umbanda, é através dela que se dá a grafia dos espíritos.
Toalha: é onde sauda-se o Orixá, pano de cabeça imantado através do ritual do amaci.
Congá: lugar sagrado aonde estão representados os Orixás e guias que são cultuados na Umbanda.
Salve a Engoma
Engoma: Atabaques, instrumento sagrado e de grande poder vibratório.
Neste momento do trabalho são tocados ritmos de imantação e fixação de energia.
Os atabaques são responsáveis pela harmonia do terreiro através do ritmo.
Salve as Setes linhas da Umbanda
Saudação aos naturais: espíritos que habitam a natureza, que nunca tiveram encarnações, por isso são puros.
Cinco são os reinos naturais: mineral, vegetal, aquático, aéreo, telúrico.
Salve as Crianças
Preparo da firmeza do terreiro. S ão responsáveis pela nossa alimentação de força.
Salve as Entidades da Casa
È o momento em que se sauda todas as entidades que cuidam da casa e os mentores espirituais do trabalho.
Saravá Exú
Normalmente sauda-se o Sr. Tranca Ruas, porque ele é quem recebe a responsabilidade de cuidar de todas as tronqueiras dos terreiros de Umbanda, é ele que abre o terreiro e fecha a rua e no fim da gira fecha o terreiro e abre a rua.
Pode-se, neste momento, saudar algum outro Exú que esteja com a responsabilidade contígua de guardar a casa e a gira.
Saravá Ogum de Ronda
Nesse momento os Oguns se postam como sentinelas do terreiro, cuidando e rondando para evitar intrusos que possam vir atrapalhar o andamento da gira.
Saravá (Orixá)
É cantado ponto de firmeza de linha do Orixá regente do dirigente.
Reencarnação



A alma que não alcançou a perfeição na vida corpórea para acabar de depurar-se, deverá sofrer a prova de novas existências voltando a reencarnar num corpo físico. Todos contamos muitas existências na carne, e é uma benção poder retornar ao plano de vida física, para , através de um corpo perecível, realizarmos as experiências para o nosso progresso, ou, submetermo-nos às provas e expiações para o resgate de nosso passado delituoso e construção de nosso futuro feliz. O número de vezes que o espírito retorna à carne depende do aproveitamento maior ou menor que for capaz de realizar em cada existência física, pois a cada nova passagem pela matéria, o espírito avança um passo na senda do progresso. Quem avançar com segurança obediente aos ditames da lei, progride com mais rapidez e liberta-se antes do jugo da matéria, emancipando-se da lei do retorno, e, tornando-se espírito bem aventurado.
Na Umbanda afirmamos a existência de um princípio permanente e individualizado, denominado, alma, espírito ou ego, que habita e anima o corpo humano, e que com a morte deste, e a permanência da alma num longo repouso nos planos mais elevados, ou mais baixos, passa a encarnar-se em outro corpo humano. Deste modo, as vidas corporais sucessivas, se enlaçam como pérolas, num fio, sendo este fio o princípio sempre vivente, e as pérolas as numerosas e diversas existências humanas na terra. Reencarnação pode significar, o ingresso repetido num invólucro físico ou carnal. Implica, desde logo, a existência de qualquer coisa permanente.

Como justificar o suicídio?
Em caso algum, o suicídio faz parte do plano de vida de uma pessoa; o homem é diretamente responsável por tal ato. Ainda que essa responsabilidade possa também ser partilhada por outrem. Há muitas variedades de suicídio. Uns para escapar às conseqüências de maus atos; outros, em virtude de um desequilíbrio mental, e alguns por nobres motivos. As conseqüências kármicas dependerão das causas e dos motivos.