quarta-feira, 27 de março de 2013

OS PERIGOS DA MEDIUNIDADE

 
Por João Coutinho

Na Grécia Antiga, filósofos de diversas escolas se reuniam para debater sobre vários temas de grande interesse à pluralidade dos mundos. Um dos mais famosos debates é o Debate de Delfos, onde Aristóteles com seus discípulos Popicas, Joboxus e outros membros do Liceu do templo de Apolo e filósofos de toda a Grécia, Éfeso, no oeste, a Siracusa do atual sul da Itália se encontravam diante do oráculo.

Filósofos da escola pitágorica iam debater com aqueles da escola atomista e com Platão e seus discípulos, para deleite de seus presentes. Todas essas vozes fluiriam da mesma fonte, o incrível oráculo, o único capaz de entrar e sair livremente do mundo dos espíritos através dos poderes de Tália que recriariam duzentos anos de sabedoria.

No altar qual o oráculo oficiaria a cerimônia, estátuas de deuses adornavam o centro, coberto de frutas e flores e a belíssima Tália com seus cabelos pretos como ébano, e a pele, de um branco quase transparente, parecia ser feita de matéria diferente dos restos dos mortais. De seu pescoço pendia um enorme rubi que brilhava sobre túnica branca, supostamente a chave para outro mundo.
Sentada sobre a pedra de Aegospotami (A pedra de Aegospotami, que caiu dos céus há cerca de 113 anos (467 a.c)), Tália diante da platéia, trazia a face transformada, e em seus olhos brilhava uma luz que não tinha nada de humano. Ela não era a mais bela Tália, mas o sucessor de Tales, Anaximandro, que viveu cerca há de duzentos anos (550 a.c).

Depois de debaterem sobre o que Anaximandro dizia Tália voltava a pedra, e novamente recebia um outro filosofo da antiguidade, entre eles Anaxoras de Clazômenas, Demócrito o grande filosofo atomista, Platão, Sócrates etc.

Hoje, através do espiritismo também temos o deleite de estarmos presentes com entidades que com suas sabedorias, vem até nós pelos chamados médiuns para ensinar e mostrar-nos que existe vida ápos a morte. Seja no chamado Kardecismo, crença baseada na milenar doutrina hinduísta da transmigração das almas, e que se apóia em dois pilares básicos: a concepção hinduísta do Karma e a possibilidade concreta de comunicação com os mortos. O Kardecismo também é conhecido como "espiritismo de mesa branca", ou mesmo “alto espiritismo”.

Também temos o Candomblé que é uma religião mágica e ritual, o que se busca a interferência concreta do sobrenatural “neste mundo” presente, mediante a manipulação de forças sagradas, a invocação das potências divinas e os sacrifícios oferecidos às diferentes divindades, os chamados orixás.

E a Umbanda, “Aquele que caminha no meio”, tem suas origens negras, porém a umbanda pode ser chamada de religião brasileira por excelência e pelo fato de ser uma resultante de um encontro histórico único, que só se deu no Brasil: o encontro cultural de diversas crenças e tradições religiosas africanas com formas populares de catolicismo, mais o sincretismo hindu-cristão trazido pelo espiritismo kardecista de origem européia. Entre ser uma religião ética, preocupada com a regulamentação moral da conduta (Kardec), e ser uma religião estritamente ritual, voltada para a manipulação mágica do mundo (Candomblé), a umbanda escolheu o caminho do meio.
Diante destas ramificações do espiritismo, dificilmente no meio magiko, não se conhece alguém que não tenha conhecido ou vivenciado e até continua seguindo uma destas religiões. O magnífico mundo da mediunidade reflete o fato de que não estamos sozinhos e de que alguma forma alguém se preocupa conosco, guiando-nos com seus mestres espirituais e ajudando no caminho da evolução espiritual, mesmo na vida carnal como depois da morte.

 
Mas nem tudo é um mar de rosas, o médium deve estar bem preparado quanto aos perigos que o espreitam ao se embrenhar no mundo dos espíritos. Infelizmente pessoas atraídas pelo fascínio da espiritualidade acabam se tornando alvos de seres maléficos que se aproveitam da ignorância para vampirizar ou usa-los como objeto de seus desejos profanos.

Além disso, há o animismo mediúnico que aflora como uma doença no meio mediúnico. Com a incorporação de si mesmo, sem ao menos se dar conta disso ou estar em apenas na chamada barra – vento, pode-se transmitir as pessoas desconfianças que geram intrigas e discórdias. Quando se conhece o seu estado de letargia mediúnica e insiste nisso acaba gerando o charlatanismo intencional ou não.

Para se ter uma idéia dos perigos é necessário ter a consciência que há coisas que são apenas compreendidas na luz e é apenas na luz que elas devem ser compreendidas, assim elas são totalmente incompreensíveis nas trevas, assim como há coisas nas trevas que somente podem ser compreendidas nas trevas e são incompreensíveis na luz.

Por esse motivo na tentativa de se praticar a caridade, ao achar que esta fazendo o bem para alguém se pode estar na verdade fazendo o mal para si próprio ou para este alguém. E como benzer uma criança com desequilíbrio energético e por ignorância e despreparo transmitir a ela um pouco de sua energia interior sendo alvo da prática do vampirismo incondicional.
A diferença de um médium que conhece a magia e preparado é que ao enveredar no mundo dos espíritos procura-se conhecer, experimentar e descobrir usando conhecimentos literalmente aprendidos dentro de seu ritual por um mestre ou zelador de santo confiável. As armadilhas são intensas, ao tentar fazer o bem para uma pessoa pode-se ganhar muitos inimigos, adquirir Karma, etc.

Mas não é por isso que o médium deve desistir de sua sina, deve-se aprender, estudar, saber o porque das coisas, jamais deve - se garantir apenas na intuição, pois a partir do momento que está sendo guiado e ensinado não há apenas intuição, mas também percepção. E de grande relevância saber se os espíritos que traz consigo não são espíritos enganadores que com seu fascínio e postura de espíritos de luz trazem a sua destruição. Desconfie sempre quando mesmo seguindo corretamente a doutrina, sua vida não vai bem, acontece de tudo como polemicas e intrigas.

Lembre-se niguem aprende apenas pela dor ou pelo amor, existe uma interação entre ambas nas suas diferentes variáveis. Por isso quem sofre ama e quem ama sofre. Dentro deste pressuposto o médium deve desconfiar se está freqüentado o lugar e fazendo as coisas certas, é necessário conhecer os princípios, os rituais e o porque das coisas, se viver no mundo do eu acho, vive então na ignorância dos seus erros e certamente será alvo de alguém ou algo que o espreita para derruba-lo.

Os perigos não estão apenas nos espíritos enganadores, larvas e senhores do baixo astral. Os perigos podem estar com o próprio médium. Sua ignorância é uma delas. O fato de não poder enxergar com os olhos comuns leva-o a imaginação e a fantasias. Desta maneira inventam e misturam conceitos, sem ao menos perceberem, acabam achando que podem tudo, inclusive incorporar com Jesus Cristo.
 
A mediunidade é algo incrível, deve-se ter a consciência de sua importância, inclusive no meio científico. Hoje colegas biólogos físicos e químicos, espíritas e não espíritas estudam o fenômeno mediúnico com grande interesse e alertam a comunidade espírita dos perigos que envolvem ao usar a mediunidade como ferramenta de seu próprio interesse e argumentam que os maiores perigos que o médium podem enfrentar é ele mesmo e sua própria ignorância e de seu despreparo.

Ao agir de forma ínfima pode atrair consigo infinidades de coisas que o levam a destruição do espírito e das pessoas ao seu redor. Por essa razão o médium deve ter consigo que é preciso preocupar-se em como e o que se precisa fazer para não enveredar no caminho de sua própria destruição.

A mediunidade é a oportunidade que temos de poder entrar em contato com seres evoluídos em sabedoria, por isso é preciso não deturpar essa dádiva que é dado as pessoas que servem de veículo para a comunicação com essas entidades. As transmissões desses conhecimentos não podem ser modificadas por falsos médiuns e nem alterados por médiuns que sem saber ou não, por despreparo ou não, alteram a mensagem enviada por esses seres.

Vincular o uso da mediunidade as coisas de seu próprio, mistifica um dos mais preciosos dons que a magia nos tornou possível de aprender. Ao enveredar o caminho da mediunidade conheça seus perigos e principalmente as armadilhas preparadas para aqueles que desprezam o verdadeiro conhecimento da magia e fazem aquilo que mais os aprouve

MENSAGENS DE LUZ


Fracassamos...
Quando visualizamos a derrota antes da batalha.
Quando abandonamos a luta com medo da discórdia.
Quando ouvimos o Não antes da pergunta.
Quando silenciamos com medo da resposta.

Fracassamos...
Quando o dia amanhece na hora em que deitamos.
Quando o sono vem e não nos entregamos.
Quando o medo de sonhar se transforma em pesadelo.
Quando a vida se dilui na busca que fazemos.

Fracassamos...
Quando a chave da verdade abre as portas da mentira.
Quando lamentamos na chegada a hora da partida.
Quando o Amor vai a leilão no martelo da cobiça.

Mas fracassamos, ainda mais...
Quando choramos a morte diante da vida.”

 

 


Esqueça o que passou.
Se o que passou volta sempre a sua imaginação, é porque não passou.
Para que passe, ponha sobre ele a grande pedra do perdão,se erraram com relação a você.
Se foi você que agiu mal, delibere não proceder mais assim e esforce-se por reconciliar- se.
A vida de felicidade ou tristeza decorre dos pensamentos.
Não ache que a violência põe fim aos agravos.
Use os recursos do bem.
Veja-se em progresso e festeje as coisas boas, para que continuem a acontecer.
Mire o que está à frente.
O passado ruim acaba para quem
olha mais para a frente do que para trás.

(Lourival Lopes)

 



 Use o Amor
Para Enfrentar a Vida
Para Encontrar sua Paz
Para Sentir-se Amado
Para Sorrir Facilmente
Para Viver com Sorriso
Para Ter Paz
Para Perdoar e ser Perdoado
Para Amar e ser Amado
Sábio é aquele
que ouve antes de falar
que sorri antes de chorar
que permanece
quieto para sentir
o frescor da brisa do seu
interior.

Lutar: sempre
Vencer: se possível
Desistir: nunca

 

Quando sorrimos, levamos
à alguém a certeza de que,
por pior que seja o momento,
o futuro nos espera para mostrar-nos
novos horizontes, e para que
possamos voltar a lutar pelos nossos
ideais que sempre nos motivaram à viver.
 
Marca os dias em que te acontece um bem
e esquece os desagradáveis.
Pensa em progredir, em te realizar, em ser feliz,
e aproveita o minuto de agora, o ensejo que se apresenta,
abandonando as idéias negativas.
O que é bom está vindo para ti.
Sê, por ti mesmo, o agente poderoso de tua transformação.
Olha para dentro, em volta e acima,
e vê que tudo espera de ti uma tomada de posição,
um querer positivo,
um balanço do que és e do que fazes.
Não te assustes contigo mesmo.
Constrói uma personalidade rica, sólida e alegre.
Sê disposto, e sempre encontrarás quem se afinize contigo.
A felicidade é de quem realmente quer ser feliz.

Lourival Lopes
 
Ser feliz e viver bem,
é algo que todos nós
procuramos...
Aprendi que a felicidade
é um pequeno momento
que a vida dá pra gente
como um presente.
Viva bem com o mundo
que você tem...
Faça dele o melhor dos
mundos...
"O seu mundo"

NO DESPERTAR



No Despertar

O dia que começa é bênção que se renova para você.
Ao despertar, saúde o seu dia com a melodia vibrante da prece, musicalizando suas aspirações.
Ocupe os minutos primeiros com a gratidão ao Senhor e formule os roteiros a executar nas horas diurnas com método e equilíbrio.
Reaja às impressões negativas retidas na memória, sobrepondo a elas os nobres ideais da oportunidade nova.
A leitura evangélica constituirá para você excelente motivação para o seu dia.
Cultive-a.
Paute suas atividades dentro do ritmo dos pensamentos superiores, fazendo sempre aos outros o que gostaria deles receber.
Tente conquistar uma amizade nova ou repare, sem delongas, um mal-entendido da véspera.
Trabalhe com amor, ganhando as horas.
Não esqueça, porém, de que o excesso de atividade conduzi-lo-á à estafa e, conseqüentemente, a pouco rendimento de produção, quando não o precipita na enfermidade.
A alegria ajudá-lo-á na execução das atividades, por isso motive-se com as lições vivas do otimismo cristão.
Quem decide vencer-se e produzir, em tudo encontra razões de vitória.
Economize palavras vãs. As águas espalhadas do rio não podem retroceder às nascentes.
Palavras são portas de acesso à comunicabilidade. Muitas delas são vias de aniquilamento. Fiscalize-as.
Não se aflija pelos múltiplos problemas, perdendo-se na solução deles de uma só vez.
Atenda as tarefas, uma após outra, sem precipitação.
Considere a possibilidade de desencarnar inesperadamente.
Arrume sua vida, tendo em vista esse evento.
O que não consiga agora evite transformar em agastamento.
O hoje é, também, o futuro já presente.

Elimine as mágoas do dia passado, no seu programa de ação.
Quem conserva queixas conduz acidez portadora de doenças soezes.

Se tiver ensejo faça o bem; se não tiver ocasião de fazê-lo, crie as circunstâncias.
Um dia sem a prática de ações dignificadoras é um dia realmente perdido, embora
você tenha conseguido armazenar títulos contábeis ou moedas fiduciárias.
Esses ficam com o corpo e aquelas seguem com você.

Atravesse o dia com tranqüila vigilância espiritual.
Cada hora passada é parte dele que você não mais recuperará.

ACREDITE EM DEUS



Acredite em Deus

Deus nos deu de presente a vida e acredita
em nosso potencial, por isso mesmo, nos
concedeu também o livre-arbítrio, pois espera
que façamos nosso melhor.
Por quê será que, muitas vezes, não conseguimos
acreditar em nós mesmos?
Nosso imediatismo faz com que vejamos a vida por
um ângulo muito estreito.
Temos uma grande dificuldade em perceber a magnitude
da existência e nos perdemos em ilusões e sofrimento.
Quando nossos anseios não se concretizam vem o desânimo,
a frustração, a descrença e tentamos achar um responsável...
Será que estamos direcionando nossas energias na direção correta?
Precisamos aprender a ouvir nosso chamado interior, aquela
centelha Divina que nos intui e faz nosso coração pulsar mais forte,
na direção do nosso propósito de vida.
Pare por alguns instantes, concentre-se em sua respiração e irá sentir
toda a força que existe em você...acredite em Deus e acredite em você.

APROVEITE O ENSEJO

Aproveite o Ensejo

Não é o companheiro dócil que exige a sua compreensão fraternal mais imediata, E aquele que ainda luta por domar a ferocidade da ira, dentro do próprio peito.

Não é o irmão cheio de entendimento evangélico que reclama suas atenções inadiáveis. É aquele que ainda não conseguiu eliminar a víbora da malícia do campo do coração.

Não é o amigo que marcha em paz, na senda do bem, quem solicita seu cuidado insistente. É aquele que se perdeu no cipoal da discórdia e da incompreensão, sem forças para tornar ao caminho reto.

Não é a criatura que respire no trabalho normal que requisita socorro urgente. É aquela que não teve suficiente recurso para vencer as circunstâncias constrangedoras da experiência humana e se precipitou na zona escura do desequilíbrio.

É muito provável que, por enquanto, seja plenamente dispensável a sua cooperação no paraíso. É indiscutível , porém, a realidade de que, no momento, o seu lugar de servir e aprender, ajudar e amar, é na Terra mesmo.

O Livre Arbítrio


O livre arbítrio é uma dádiva Divina que significa uma decisão que depende somente da nossa vontade.

Mas, quando estamos enfermos do espírito, sofridos e amargurados estamos conectados e trocando energias com o baixo astral. Quando escolhemos por permanecer nessa frequência negativa, devemos observar que, em muitas vezes, não estamos optando, mas apenas manifestando o desejo de permanecer, por medo e insegurança, em uma situação que já conhecemos, mesmo que não seja uma frequência ideal e boa, mesmo que nos traga sofrimentos e tristezas. É o que  conhecemos e aprendemos a lidar, rejeitando qualquer movimento de ajuda e crescimento que nos proporcionem a base para novas escolhas de caminhos e formas de pensar.

Aí amigos, nada melhor que um colo de Preto Velho, que com seus sábios conselhos vão nos direcionando para um novo olhar para com  nós mesmos e ao nosso redor, nos dando confiança para sacudir a poeira e dar a volta por cima em direção a uma renovação e crescimento interior rumo à espiritualidade. 

Por isso, passo para vocês as palavras sábias e incansáveis que o querido amigo e Guia Mestre de Luz Pai Francisco que tanto nos incentiva e cobra.

“Assim é que deve ser! O Astral quer filhos independentes, seguros de si, harmoniosos e que andem com as suas próprias pernas.

Que estejam conscientes de seu magnífico poder do livre arbítrio e que podem e devem canalizá-lo para a sua evolução espiritual.

Fé atrai firmeza, que atrai confiança, que dá as mãos à serenidade, proporcionando a alegria, a "chave do simples." Luz Fraterna.

A Busca da Evolução Espiritual



O homem é uma correlação de poderes espirituais, forças químicas e físicas, colocadas em funcionamento pelo que chamamos de "Princípio". Princípios são causas naturais que possibilitam a existência de todas as coisas.

O 1º princípio é o corpo físico - matéria;

O 2º princípio é a energia vital - perispírito;

O 3º princípio é o corpo astral;

O 4º princípio é a alma;

O 5º princípio é a inteligência, a faculdade mental;

O 6º princípio é a consciência e,

O 7º princípio é a essência divina não individualizada, sem forma nem corpo, invisível, imponderável - O EU SUPERIOR.

Existem diversas práticas de evolução espiritual, práticas de mantras, terapias, filosofias, meditação, religiosidade que possibilite a reflexão. As pessoas que conseguem adquirir sua evolução espiritual, não sofrerão tanto com seus problemas.

Todos temos dentro de nós uma centelha, o 7º princípio, O EU SUPERIOR. Esta centelha está dentro de nós como a semente está dentro da fruta. Tudo que não é semente, são nossos defeitos e nossas dificuldades. Tirando eles, sobra o Divino dentro de nós.

Quem consegue eliminar as sobras, não sente angústia, dor psicológica, sua alto-estima não é mas ferida e se livrou de tudo que não o faz bem. Vive com bons pensamentos, paz inabalável e sabedoria plena para ajudar os outros e também a si próprios.

É muito difundido que são necessárias várias encarnações para se chegar à ascensão, mas isso não é necessariamente uma regra ou uma lei. A ascensão pode demorar um dia ou milhares de anos, dependendo unicamente de você.

"O caminho da luz é o caminho da evolução espiritual, é responsável pela felicidade. Entretanto, para isso, cada um deve enfrentar e assumir a sua própria escuridão".

Sete Degraus para Vencer na Vida



Escadas servem para nos levar ao alto. Quando precisamos subir, usamos degraus para chegar a lugares elevados. Porém, há quem escale dois – e até três! – lances de uma só vez. Avançar dessa forma pode ser perigoso, pois há sempre o risco de despencar.

Mais: quem queima etapas despreza passos importantes de uma caminhada segura, a qual percalços devem ser vencidos um a um. Assim também é a vida: uma escada que nos direciona para cima.

Que Jesus ilumine nossos caminhos para que possamos sempre subir com resignação e alegrias a escada de nossas vidas.

Veja como subir, sem pular degraus, a escada da felicidade.


1. Primeiro degrau: escute mais
Antes de tudo, ouça. Depois, abra a boca. Em geral, erramos muito porque fazemos justamente o contrário. Acerta quem fala pouco e se preocupa em manter as orelhas em alerta. Diz um antigo e sábio ditado: “Deus nos deu dois ouvidos e uma boca exatamente para escutarmos o dobro do que falamos”.

2. Segundo degrau: tenha paciência
Ninguém cresce sem aprender a esperar o tempo certo, pois todos os acontecimentos têm seu momento. Então, respeite-o. Aguarde pacientemente o desabrochar da flor e as novidades de sua vida. Não tente apressá-las. Com suavidade, faça sua parte da melhor forma possível e, acredite, Deus fará a dele.

3. Terceiro degrau: busque serenidade
O coração suave é manso e acolhedor, além de educado e amável. Tenha certeza: qualquer gigante tomba diante da tranquilidade e da doçura. Se alguém lhe acolher com aspereza, devolva com um sorriso terno. A simpatia consegue quebrar qualquer gelo.
4. Quarto degrau: seja alegre
Após o ressuscitar de Jesus, ninguém mais tem o direito de ser triste. Afinal, esse ato foi a prova de que Deus ama você. Motivo, portanto, suficiente para lhe fazer feliz. Cara amarrada não leva a nada. Sorria sempre, demonstrando alegria.
5. Quinto degrau: lute por justiça
Ao encaixarmos peças sem deixar folga, cremos estar tudo justo. Ser íntegro, então, é respeitar os outros e não deixar espaço para a desonestidade. Com justiça, os demais degraus ficarão menos penosos.

6. Sexto degrau: saiba dar e receber perdão
Só evoluímos ao desculpar e ser desculpado. afinal, somos humanos e falhos. A perfeição pertence a Deus. Então, quando erramos, pedimos perdão. Erraram, perdoemos. Estar sempre com o coração aberto, embora difícil, nos aproxima de Deus.

7. Sétimo degrau: ame
Enfim, o último passo. O amor só pode ser vivido depois de você ter escutado, com paciência e serenidade, seu coração e os conselhos de Deus. Assim, com a alma mais afetuosa, conseguirá agir com alegria e justiça, fazendo brotar o perdão. Não à toa, o amor está no topo dessa escada. Afinal, a pessoa que compartilha esse sentimento só pratica o bem e procura sempre o melhor. Amar é deixar deus tomar conta do seu íntimo. Esse também é o caminho mais indicado para caminhar em direção às realizações plenas. A boa consequência? Encontrar o sentido da própria existência, porque só somos melhores ao nos apaixonarmos. Por isso, por mais difícil que seja amar e se permitir ser amada, esse desejo deve estar entre as principais metas a serem alcançadas. O motivo: encontrando o amor, estará mais próxima de Deus.
A assistência terapêutica dos espíritos fundamenta-se na concepção do Universo como estrutura unitária e infinita. Dessa maneira, há uma constante relação de todas as coisas e todos os seres e diversas dimensões vibratórias. Essa estrutura inimaginável encerra tudo em si mesma e por isso todos os recursos de que necessita estão nela mesma.
Princípios da terapêutica espírita:
1) A cura das doenças depende da ação natural das energias conjugadas do homem e da terra (psicológicas e mesológicas) na reconstituição do equilíbrio das energias.
2) A renovação de energias depende da ação conjugada dos espíritos terapeutas com o médium curador, que se põe à disposição dos espíritos da luz.
3) A eficácia do passe depende da boa-vontade do médium, que se entrega humildemente à ação dos espíritos.
4) A ação curadora dos espíritos não é mágica nem milagrosa; está sujeita a leis naturais que regem a estrutura psicobiológica do homem.
5) Nos casos de cura à distância a eficácia depende das condições psico-físicas do doente, que permitem a colaboração do seu próprio organismo nas elaborações fluídicas do plasma, em conjugação com as energias espirituais dos espíritos terapeutas.
6) As chamadas operações espirituais, com ou sem instrumentos, podem realizar-se por intervenção física do médium, dominado pelo espírito que dele se serve por influenciação mediúnica durante o transe.
A Medicina dos Espíritos
O Medicina dos Espíritos não tem como finalidade principal e urgente curar as doenças do corpo. O seu objetivo é ensinar, orientar o Espírito, no sentido de libertar-se de seus recalques ou instintos inferiores até alcançar a “saúde moral” da angelitude.
O alívio, o reajuste físico ou as curas conseguidas por intermédio da faculdade mediúnica têm por objetivo principal sacudir o ateísmo do enfermo, despertando-lhe o entendimento para os ensinamentos da vida espiritual.
A ação do pensamento
O pensamento dá qualidades curativas aos fluidos e transforma o fluido inerte em energia capaz de recompor um tecido doente ou reduzir os males de ordem espiritual que afetam os indivíduos. A mente é fonte de energia curativa ou destruidora
Etapas da assistência espiritual
1) Evangelho-terapia
Objetiva o autoconhecimento através do estudo e prática do EGV. Visa à transformação moral do indivíduo (reforma íntima).
2) Fluido-terapia
- Passes, preces, evangelho no lar, atendimento fraterno, água fluidificada.
- Magnetismo, eteriatria.
3) Terapêutica espiritual propriamente dita
- Desobsessão: – Tradicional – Apometria
- Orientação espiritual
Operações Espirituais
A cura através das operações espirituais parece ser recente, especialmente àquelas em que os médiuns utilizam instrumental cirúrgico. Não há registros de fatos dessa natureza do século passado. A principal finalidade da mediunidade de cirurgia é chocar as criaturas não utilizando de modo visível a anestesia e assepsia.
Tratamento à distância
Este processo de cura consiste em reunir, em data, horário e local previamente estabelecido, um grupo de pessoas, em recolhimento e prece, para doarem energias (fluidos) para os necessitados. As energias tenderão a alcançar o seu objetivo, estabelecendo resultados positivos sobre problemas físicos e espirituais.
A desobsessão
A ação de um espírito sobre um encarnado, levando-o a praticar atos contrários ao bom senso tem lotado os institutos psiquiátricos.
Daí a importância de dar à doença e ao doente uma visão nova, indicando quando a doença é causada por espíritos ou quando foi criada pela própria mente da criatura enferma, oferecendo então, o remédio capaz de curar ou aliviar os sofrimentos.
Modo de atuação da espiritualidade
Incursões, em desdobramento provocado, fazem parte do resgate daqueles irmãos sofridos e deformados pela deterioração ocasionada por terem ficado longo tempo sem reencarnar. O magnetismo do orbe vai deteriorando seus perispíritos gradativamente.
Além do magnetismo normal do perispírito do médium, o ectoplasma abundante exalado pelo duplo etérico contribui para a revitalização e o retorno à forma perispiritual original do atendido.
Há certa complexidade nessas movimentações. Primeiro para preservar a segurança da instrumentação mediúnica, pois se trata de um trabalho assistido de caridade, de interesse altruístico. Segundo, em alguns casos mais difíceis, é necessário desdobrar somente o duplo etérico do medianeiro em decorrência da volumosa quantidade de fluidos animalizados utilizada.
Trabalhamos em grupo visando a segurança de todos. Há vários técnicos, cada um dentro de sua especialidade. Os índios peles-vermelhas oferecem apoio e retaguarda nessas verdadeiras batalhas astrais do bem contra o mal. Trabalham incessantemente na caridade, seja na manipulação de outros fluidos curativos, que são agregados ao fluido animal do médium, seja na movimentação de verdadeiras falanges que vão à frente “abrindo os caminhos”.
Nos trabalhos direcionados ao desmanche e varredura energética das bases dos magos negros, que, utilizam-se de aparatos tecnológicos desconhecidos e escravizam os irmãos deformados, potencializa-se a substância ectoplásmica, deslocando-a aos lugares onde está a origem dos instrumentos de magia negra, objetos vibratoriamente magnetizados e que captam a frequência vibratória do alvo visado (geralmente encarnados), então desmagnetiza-se, neutraliza-se e desmancham-se essas aparelhagens, em verdadeiras tempestades astrais, que vão varrendo e higienizando esses laboratórios do mal.
Na cura aos encarnados, utilizam-se os recursos ectoplásmicos para a materialização e desmaterialização de tecidos humanos. As energias fluídicas manipuladas do ectoplasma do médium e da natureza são usadas em um processo de desintegração atômica das células doentes e a imediata reintegração de células sadias na área afetada. Com o magnetismo, afrouxam-se os laços que mantêm coesa a estrutura molecular original das células doentes, como se essa massa compactada se expandisse e retornasse ao fluido cósmico universal, já que nada se perde no Cosmo, tudo se transmuta.
Formas adotadas pela espiritualidade
A figura dos pretos-velhos se apresenta praticamente em todas as frentes de manifestações mediúnicas de vossa pátria. Aqui ele conforta o aflito com seu rosário na mão, lá com suas benzeduras renova as forças dos desenganados pela medicina, ali acalma o marido traído querendo se vingar da esposa, lembrando-o de Jesus e de seu exemplo diante da mulher adúltera, acolá “expulsa” um obsessor com suas cachimbadas e em prece reforça a necessidade de perdão para a verdadeira libertação. Seja no centro espírita, no terreiro de umbanda, no grupo de apometria ou no barracão das “nações” (nação africana – é uma denominação usual de terreiros de candomblé e assemelhados, no Sul do Brasil, notadamente no RS). Sempre tem um preto velho trazendo seus ensinamentos e sabedoria milenar. Para ele, não importa a denominação da agremiação terrena e sim a oportunidade de levar a mensagem evangelizadora de Jesus.
BIBLIOGRAFIA
- Fragmentos do Preâmbulo de Pai Tomé/Ramatis/ Norberto Peixoto. Do livro Aos Pés do Preto Velho. Editora do Conhecimento.
- Mediunidade de Cura. Ramatiz/Hercílio Maes. Editora do Conhecimento.
- Chama Crística. Ramatiz/ Norberto Peixoto. Editora do Conhecimento.
- Os Mensageiros, Evolução em Dois Mundos. André Luiz/Xico Xavier.
- Operações Espirituais. Urbano Pereira
- Assistência Espiritual. Moacyr Petrone.
- Medicina Espiritual. Ismael Alonso/ João Berbel. Editora DPL.
- Mediunidade. J Herculano Pires.

Pontos de Força na Umbanda



Nem os índios nativos nem os povos africanos adoravam a natureza em si, mas sim as potências associadas aos muitos aspectos desta natureza viva capaz de alimentá-los ou castigá-los.

O Ponto de Força é o meio mais natural de sintonizar vibratoriamente, energeticamente e magneticamente os Orixás, afinal sabemos que a maneira mais fácil de chegarmos àquilo que chamamos de imaterial, que representa o Divino, é por meio do material ou físico.

Nesses locais as energias e os magnetismos são mais puros e facilitam o contato com outro lado da vida. São como grandes chacras, vórtices captadores e emanadores de energias, com uma potencialização super elevada e Divina.

Portanto, o umbandista tem o privilégio de ter à disposição, 24 horas por dias, sete dias da semana e 365 dias por ano, os chamados Pontos de Força ou Santuários Naturais, os quais cultuamos, evocamos e entramos em contato mediúnico, energético e vibratório com os Guias e Orixás de forma única e Divina.

A Beira-Mar é um ponto de forças natural e é tido como o altar aberto a todos pela nossa Mãe Yemanjá.

As Cachoeiras são pontos de forças e santuários naturais de nossa Mãe Oxum;

As Matas são pontos de forças e santuários naturais do nosso Pai Oxossi;

As Pedreiras são pontos de forças e santuários naturais de nosso Pai Xangô e de nossas Mães Yansã e Egunitá;

Os Cemitérios são pontos de forças e santuários naturais dos nossos Pais Omulu e Obaluayê;

O Campo Aberto é o santuário natural das divindades regidas pelo tempo, entre as quais nosso Pai Oxalá e nossa Mãe Oyá;

Os Caminhos são os pontos de forças do nosso Pai Ogum;

Os Lagos são os pontos de forças e santuários naturais de nossa Mãe Nanã Buruquê.

As Matas e Bosques à Beira dos Lagos e Rios são os pontos de forças e os santuários naturais de nossa Mãe Obá;

Os Jardins, a Beira-Mar e as Cachoeiras são os pontos de forças dos erês ou encantados da natureza;

As Encruzilhadas são os pontos de forças dos Exus e Pombas Giras dentro da Lei da Umbanda. A Encruzilhada representa um sinal um tanto quanto cabalístico. É a entrada e saída de tudo. Quatro cantos, um apontando para cada ponto cardeal. O centro é a convergência, o núcleo de energia acumulada naquele local, e é um dos Pontos de Forças regido por Ogum. Orixá da Lei que rege os Senhores Exus, e os caminhos da encruza. Representa a ascensão e a queda, o bem e o mal, o livre arbítrio do homem em decidir seu caminho.

O culto aos Orixás, sempre que possível, deve ser realizado nos Pontos de Forças ou Santuários Naturais, porque nesses locais a energia ambiente é mais afim com a deles, e os magnetismos ali existentes dilui condensações energéticas existentes no nosso campo vibratório.

Condensações essas que vamos acumulando em nosso espírito que são prejudiciais ao corpo etérico ou energético, muitas vezes nem nos damos conta disso, e nos tornamos pesados, apáticos, desinteressados.

Lembramos que, há uma troca permanente entre o corpo carnal e espiritual e se um estiver debilitado automaticamente se reflete no outro corpo adoecendo-o e debilitando-o.

O banho de ervas, por exemplo, limpa o espírito por intermédio do corpo carnal.
Já quando os Guias Espirituais recomendam banhos de cachoeira, é porque o magnetismo e a energia ali existentes desagregam energias negativas enfermiças acumuladas no espírito e já internalizadas nos órgãos etéricos do espírito.

Quando recomendam banhos de mar, é porque a energia salina ali existente cura enfermidades existentes no espírito das pessoas. Também, a água do mar queima larvas astrais resistentes a outros tipos de banhos (ervas, sementes, raízes etc.).

Os santuários naturais não são uma invenção humana, mas sim todos somos beneficiados pelas energias e pelo magnetismo existentes neles. E, se recomendamos a realização periódica de cultos religiosos neles, é porque nesses momentos as energias e o magnetismo específicos deles ficam saturados com os das divindades ali evocadas, e somos beneficiados de forma sensível, pois os absorvemos junto com as energias geradas naturalmente nesses locais altamente magnéticos.

Portanto, se um banho de mar, de cachoeira ou de ervas é bom, se evocarmos a Divindade associada a estes locais, ou aos seus elementos, então ele será ótimo. Divino mesmo!

Saibam que:
- Um culto realizado ao redor de uma fogueira queima miasmas ou larvas astrais e energiza positivamente o espírito das pessoas alcançadas por suas ondas quentes.

- Um culto realizado à beira da água (cachoeira, rio, lagoa ou mar) limpa e sutiliza o corpo energético das pessoas e as magnetiza positivamente. A cachoeira e o mar são geradores de energias, já as ondas do mar descarregam energias. A energia de um rio é irradiante e da pedreira é geradora, já uma pedra irradia as energias geradas pela pedreira. Tudo muito complementar e Divino.

- Um culto realizado nas matas fecha aberturas na aura, sutiliza o magnetismo mental e purifica os órgãos etéricos do corpo energético (espírito) das pessoas, expandindo seu campo áurico, salientado que a árvore é geradora de energias.

- Um culto realizado no tempo, em campo aberto, dilata os sete campos magnéticos das pessoas e as tornam muito “leves”.

- Um culto realizado na terra arenosa densifica o magnetismo mental e concentra as energias das pessoas, fortalecendo-as vibratoriamente.

Percebam que cada local tem sua Divindade, que tanto deve ser oferendada e adorada como deve incorporar os espíritos associados a ela, pois, são membros de suas hierarquias espirituais, todos voltados para nós e imbuídos dos melhores sentimentos para conosco, os seus irmãos encarnados.

Oferendar é um dever religioso, é demonstração de amor, respeito e fé.

Portanto, toda oferenda tem que ser realizada com sobriedade, respeito e reverência, fé e religiosidade (sem ofender a natureza), senão não passará de um ato profano e profanador do santuário natural.

Posturas inconseqüentes, pensamentos dispersivos, conversas profanas, desleixos e falta de sobriedade, não são aceitos como procedimentos religiosos, e quem assim se mostrar a eles está mostrando-se indigno do amor que emanam por nós, seus filhos amados.

ATENÇÃO
- A riqueza de uma oferenda não está na qualidade de elementos, mas sim na intensidade que vibramos nosso amor, respeito e fé pelas Divindades.

- Ao sujar a natureza e esses Sagrados Pontos de Forças, estamos contaminando, obstruindo um chacra energético super potente, e assim sendo, esse chacra começará a emanar energias densas e deletérias.

- A maioria das oferendas, principalmente as oferendas com sentido religioso e consagratória, os elementos materiais ofertado como velas, flores, bebidas, etc., podem e devem ser retirados do local após a louvação à Divindade. Assim, a natureza será preservada e a sociedade respeitará mais a Umbanda.

A oferenda Religiosa é aquela em que o fiel oferenda um Orixá somente no sentido de reverência por amor, fé, devoção, respeito. Mesmo pedindo proteção não ativa os poderes magísticos dos Orixás e Guias.

A oferenda Consagratótia é aquela realizada para obter a imantação permanente dos poderes Divinos em determinados objetos que serão a representação da energia do Orixá. Ou seja, uma pedra, só se transformará em um “Otá de Xangô”, por exemplo, se a pedra for imantada no Ponto de Força especifico do Orixá – nas pedreiras, e isso acontece através de uma oferenda consagratória.

Essa imantação e energia estarão à nossa disposição o tempo todo, onde poderemos direcioná-las para nossas necessidades – é a concessão de poderes dados pelos Guias e Orixás. No entanto, implica em deveres a serem cumpridos religiosamente, pois não basta somente colocá-los no altar e usar quando precisar. Esses objetos deverão ser alimentados, respeitados, cuidados, iluminados, isolados dos curiosos, deverão ser respeitados e entendidos como algo Sagrado.

- Antes de arriar qualquer tipo de oferenda aos Orixás e Guias Espirituais, deve-se oferendar a “Esquerda”.

Exu é o Sr. dos Caminhos, grande Mensageiro, o que tudo permite, portanto nada mais inteligente e respeitoso oferenda-lo primeiro. E mais, Exu é quem abre e fechas as portas, é quem ativa e desativa carmas, é Ele que faz que sejam cumpridas as ordens supremas de Ogum determinadas por Xangô. Além disso, Exu é o Guardião do Ponto de Força em que você vai arriar sua oferenda, então nada mais justo oferenda-lo primeiro pedindo permissão para entrar e sair.

Portanto, o umbandista que conhece e reconhece a verdadeira Força Exu, sabe que Eles estão sempre em primeiro lugar, que sem Eles nada se faz e nada acontece, compreende bem o que estou dizendo “oferendar Exu em primeiro lugar é sinal de respeito e de reconhecimento de forças”.

No entanto é bom frisar que não se oferenda um Exu pessoal e sim o Guardião daquele Ponto de Força e seus falangeiros, por exemplo, se a oferenda é nas matas, antes oferenda-se “o Sr. Guardião das Matas e as Falanges dos Exus das Matas”. A mesma atenção e respeito deve-se ter com as Sras. Pombogiras.

- Outro cuidado importante, é que antes de sair de casa para fazer a oferenda, deve-se tomar um bom banho de defesa e já deixar pronto para a hora que chegar, um outro banho de energização ou fixação na força do Orixá que se oferendou. Além de fazer as firmezas básicas e naturais de um umbandista como por exemplo, a vela do anjo de guarda acesa, triângulo de velas firmadas solicitando a proteção Sagrada, etc.
Sei que esse assunto é muito vasto, mas espero ter clareado um pouco a mente dos umbandistas e levado a importância do conhecimento dentro da religião de Umbanda.
Afinal,
UMBANDA TEM FUNDAMENTO. MAS É PRECISO SABER PREPARAR.

Mãe Mônica Caraccio

Matança de Animais na Umbanda




Não aceito! Nossa religião prega o amor e a caridade incondicionais isso obviamente deve ser seguido também quando falamos nos animais. Não faço uso desse ritual nunca. Há dirigentes que o usam para festas ou firmezas de terreiro e eu não estou aqui para dizer o que é certo ou errado dentro da lei. Mas em defesa do que escrevo e acredito. Muitos defensores dessa prática dizem que nós, carnívoros habituais, nos alimentamos de animais que foram sacrificados para nosso deleite. É verdade, mas torna-se muito diferente quando esse sacrifício toma a forma de um ritual, com cânticos, médiuns paramentados, olhares ansiosos a espera do estertor do animal, tudo isso junto, torna a matança um espetáculo de horror que não temos necessidade de expor ao mundo. Tudo bem, nós que fazemos parte desse meio sabemos que a esmagadora maioria dos animais sacrificados serve de alimento para os médiuns e visitantes da casa que adota esse procedimento. Mas não creio que isso tire a culpa de ter proporcionado a visão alarmante do sangue correndo de um animal indefeso. Essa forma de trabalho ajuda ainda mais a criar a visão abjeta que fazem de nós, quando somos acusados até de sacrifícios humanos o que sabemos que não existe, mas nossos detratores lambem os lábios ao nos acusar sempre que um louco qualquer mata uma criança, por exemplo. Concordo, tenho tempo no santo suficiente para isso, que há casos extremos em que para se salvar a vida de alguém haja a necessidade desse tipo de entrega. Mas convenhamos, são casos muito raros e não devem ser alardeados como a grande opção de cura magística na Umbanda. Temos a nossa disposição dezenas de meios que podemos seguir sem ter que praticar o famigerado sacrifício. Não sou de ficar apontando o dedo para irmãos que não comungam da forma ritual escolhida por mim, mas devemos ter consciência que aos poucos esse trabalho tem que cair em desuso. Não podemos nem devemos ficar a mercê de cultos tribais, isso fatalmente será usado contra nós, principalmente nessa época em que os gritos de "Salvem o planeta!" ecoam pelos quatro cantos do mundo. Li um artigo maravilhoso do irmão Caio de Omulu sobre este mesmo assunto e posto abaixo para que o leiam também. Ele aponta de forma clara e grandiosa os interesses escusos que se escondem por trás dessa rotina de muitos terreiros. Tenho receio de pensar que meus irmãos no santo preferem a forma mais rápida para a solução de um problema por preguiça ou ganância, qualquer dos motivos seria uma indignidade para nós e nossas entidades que tentam a cada passagem nos imbuir da força do amor incondicional.

Sacrifício de Animais não é tudo!
No meu livro "Umbanda Omolocô - Liturgia, Rito e Convergência na visão de um adepto", tem um capítulo inteiro dedicado ao rito de sacrifício de animais. Na verdade realizo uma defesa da necessidade de sua utilização, tentando fundamentá-lo e apresentando, ao meu ver, argumentos consistentes para sua existência.

Assunto polêmico nas rodas umbandistas, tema sem consenso para muitos, não desejo entrar aqui, de forma nenhuma, na validade de seu uso e prática.

O meu intuito é chamar a atenção para um fenômeno que começa a me preocupar como estudioso umbandista, o uso indiscriminado do sacrifício de animais na rotina dos trabalhos espirituais das casas que o praticam.

É incrível como em alguns locais não se faz mais nada, sem que não se tenha um sacrifício de animal pelo meio. Para solucionar qualquer tipo de problema realize uma consulta e depois mate um ou mais bichinhos! Parece que esta passou ser a lei em determinados terreiros.    
   
Não estou falando aqui de sacrifício de bicho de quatro pés (boi, cabra, bode) estou falando do que é mais fácil, cômodo, rápido e lucrativo de se sacrificar o cocoricó, o frango ou a galinha, ou seja, bicho de dois pés.

Nestes recantos que apregoam o sacrifício de animais como solução para todos os males, o axé vermelho (sangue) passou a ser o alimento (oferenda) indispensável, principalmente para Exús, Pomba-giras e os Orixás.

Diante desta realidade, alerta, DIETA JÁ!!! Tem exús ficando preguiçosos de tanto serem alimentados, pomba-giras reclamando dos quilinhos a mais e Orixás se perguntando se este cardápio não muda.

Brincadeiras a parte, cadê as milhares de formas existentes de trabalhos, dentro da riqueza dos nosssos ritos? Cadê as comidas de santo? Os pontos riscados e os ponteiros? Os descarregos de pólvora e os pontos de fogo? A utilização dos elementos da natureza (folhas, ervas, águas, sementes etc.)? Onde foram parar as rezas fortes, os benzimentos, as giras com velas, os trabalhos realizados pela incorporação de entidades, que fazem suas mirongas utilizando vários objetos, sem que necessariamente exista como componente básico o axé vermelho?

Minha gente, o rito de sacrifícios de animais é um ritual de EXCEÇÃO, ou seja, deve ser utilizado somente em casos especiais, situações a margem do normal, após o estudo minuncioso de um caso em particular, ou em rituais específicos e em última instância.

E mesmo assim, se houver um outro caminho, que exista a ponderação de deixá-lo de lado. Por ser perigoso ou incorrer em algum risco? Poderia ser formulado esta pergunta e a resposta seria NÃO!
Tradicionalmente, historicamente, e mesmo como manipulação de determinadas leis magísticas, o derramamento do axé vermelho cumpre o seu papel, tem sua validade e sobrevive, por isso, até hoje.

Engraçado é que terreiros que durante boa parte da sua existência nunca fizeram uso do rito de sacrifício de animais e que por mudança de ritual ou por outro motivo qualquer, passaram a incorporar esta tradição, consideram este fato como uma conquista evolutiva. A bem da verdade, não pode existir evolução espiritual nenhuma ao se dispor da vida de um ser vivo, mesmo que este esteja em uma condição inferior na escala evolutiva.

O pior é que se você for bem mais a fundo em determinados casos, da para perceber que o uso indiscriminado do sacrifício de animais em alguns terreiros existe por conta dos seguintes pontos:

a) É um ritual que provoca um impacto para o consulente;

b) É um rito complexo, que muitas vezes, envolve uma certa quantidade de outros materiais, na maioria das vezes comprado no terreiro, onde se está sendo feito o trabalho, a um custo muito superior ao de mercado;

c) É um rito que gera uma salva ou mão como se fala comumente (pagamento em dinheiro) por corte (animal sacrificado);

d) E, por fim, as partes do animal sacrificado que não são usados, ficam geralmente para a casa, em vez de serem distribuídos com os mais carentes.

Tem gente enriquecendo com isto, tem gente que não sabe fazer mais nada que não envolva este rito, tem que gente que somente encontra solução de alguma coisa se praticar este rito.

Com tudo que expus, quero deixar, bem claro, que se o rito de sacrifício de animais é uma exceção, exceção também são os terreiros que trabalham errado, da forma como descrevi acima.

É fato caro leitor, que dentro do universo umbandista, dos cultos afrobrasileiros e do Candomblé milhares de locais trabalham com este ritual de forma responsável e colocando-o no seu devido papel de rito especial. Outra coisa, evidentemente existem milhares de locais, principalmente no movimento umbandista, que não se utilizam deste ritual e nem por isso os trabalhos por eles realizados tem pouco ou mais valor do que o dos outros.

Como adepto do Culto Omolocô tenho a experiência deste ritual no dia-a-dia da minha vida religiosa, escrevi uma defesa ferrenha no livro citado, acredito na sua utilidade, embora, como também deixei bastante destacado no livro, tenho certeza, que em um futuro bem próximo este rito será substituído por formas mais evoluídas de ritual, não envolvendo mais o sacrifício de animais.

Em, outras palavras, se como adepto cumpri o meu papel de validar o uso responsável deste ritual, fundamentando-o e demonstrando uma linha de raciocínio lógico para sua existência, como cidadão planetário e espírito em evolução, como todos os que se encontram neste planeta, não me vejo em contradição ao afirmar que Sacrifício de Animais não é tudo!

Acreditar na faca como objeto útil para ajudar a cortar o alimento que me mata a fome, não significa aceitar que se use ela para tirar a vida de alguém!