terça-feira, 23 de abril de 2013



Umbanda

A Umbanda é uma religião formada dentro da cultura religiosa brasileira, que sincretiza vários elementos, inclusive de outras religiões como o catolicismo e o espiritismo. A palavra umbanda deriva de m'banda, que significa "sacerdote" ou "curandeiro".
Os fundamentos da Umbanda variam conforme a vertente que a pratique. Porém existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles:
* A existência de uma fonte criadora universal, um Deus supremo, chamado Oxalá,   
* A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes,
* A manifestação dos Guias para exercer o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns,
* O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifesta de diferentes formas,
* Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, mas que existe para nortear os trabalhos de cada terreiro,
* A crença na imortalidade da alma,
* A crença na reencarnação e nas leis cármicas.
A Umbanda é uma junção de elementos indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), catolicismo (santos que foram sincretizados pelos negros africanos),e espiritismo (fundamentos espíritas, reencarnação, lei do carma, progresso espiritual).
A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus, respeitando todas as manifestações de fé, independentes da religião. Em decorrência de suas raízes, a Umbanda compreende a diversidade, e valoriza as diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotadas entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto.
A Umbanda tem como lugar de culto o templo ou terreiro, que é o local onde são realizados cultos aos Orixás e aos seus guias. O chefe do culto no terreiro é o pai ou mãe de santo. São os médiuns mais experientes e com maior conhecimento, normalmente fundadores do mesmo. As entidades que são incorporadas pelos médiuns podem ser pretos-velhos, caboclos, crianças, ciganos, exus e pombas-giras.
O culto nos terreiros é dividido em sessões de desenvolvimento e de consulta, e essas, são subdivididas em giras.
Nas sessões de consulta, onde comumente podemos encontrar as entidades, as pessoas tomam passe e se consultam a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, descarregos, e para resolver problemas espirituais diversos. No passe, a entidade reorganiza o campo energético astral da pessoa, energizando-a e retirando toda a parte fluídica negativa que nela possa estar. Também a entidade faz com que a energia negativa seja deslocada para o astral. Nos dias de consulta há o atendimento da assistência, e nos dias de desenvolvimento há as giras mediúnicas, que são fechadas à assistência, onde os sacerdotes educam e ensinam os mecanismos próprios da mediunidade. A Umbanda crê que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento de guias ou entidades espirituais superiores. Para tanto, deve se preparar através do estudo, desenvolvendo a sua mediunidade, sempre prezando a elevação moral e espiritual, a aprendizagem conceitual e prática da umbanda, respeitar os guias, ter assiduidade e compromisso com sua casa, ter caridade em seu coração, amor e fé em sua mente e espírito, e saber que a umbanda é uma prática que deve ser vivenciada no dia-a-dia, e não apenas no terreiro.
Uma das regras básicas da Umbanda é que a mediunidade não deve ser vista ou vivenciada vaidosamente como um dom ou poder maior concedido ao médium, mas sim como um compromisso e uma oportunidade que lhe foi dada para fazer a caridade a quem precisa, e para seu próprio crescimento espiritual. Por isso não deve ser encarada como um fardo ou como uma forma de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade valiosa para praticar o bem e a caridade.
 Zélio Fernandino de Moraes
A primeira manifestação de Umbanda é a do Caboclo das Sete Encruzilhadas em seu médium Zélio Fernandino de Moraes em 15 de Novembro de 1908. Assim como a Tenda Nossa Senhora da Piedade,  fundada por Zélio é o primeiro templo de Umbanda registrado no Brasil.
 Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de Abril de 1892, no Rio de Janeiro. Filho de Joaquim Fernandino Costa e Leonor de Moraes.
Em 1908, aos 17 anos, Zélio havia concluído o curso propedêutico (ensino médio) e preparava-se para ingressar na escola Naval, a exemplo de seu pai, quando fatos estranhos começaram a acontecer na vida dele. Em alguns momentos Zélio era visto falando manso, com a postura de um velho, com sotaque diferente de sua região, dizendo coisas aparentemente desconexas; em outros momentos parecia um felino lépido e desembaraçado, mostrando conhecer todos os mistérios da natureza. Isso logo chamou a atenção da família, preocupada com a situação mental do menino que se preparava para seguir carreira militar, pois os "ataques" se tornaram cada vez mais freqüentes. Assim, Zélio foi examinado por seu Tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após vários dias de observação, não encontrando seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu a família que o encaminhasse a um padre, para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estava endemoniado.  
Foi chamado então um outro parente, tio de Zélio, padre católico que realizou o dito exorcismo para livrá-lo da possível presença do demônio e saná-lo dos ataques. No entanto este e outros dois exorcismos, acompanhados de outros sacerdotes católicos, não resolveram a situação e as manifestações prosseguiram. Algum tempo depois, Zélio foi tomado por uma paralisia parcial, a qual os médicos não conseguiam entender. Um belo dia Zélio levanta-se de seu leito e diz que amanhã estaria curado, e no dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Um amigo sugeriu encaminhá-lo a recém fundada Federação Kardecista de Niterói, que era presidida pelo Sr.José de Sousa. Zélio então foi conduzido a esta federação no dia 15 de Novembro de 1908, e na presença do Sr.José de Sousa, ele teve ataques reconhecidos como manifestações mediúnicas. Convidado a sentar-se à mesa, logo em seguida levantou-se, contrariando as normas do culto estabelecido pela instituição, e afirmou que ali faltava uma flor. Foi até o jardim, apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde se realizava o trabalho.
Sr.José de Sousa, que possuía também a clarividência, verificou a presença de um espírito manifestado através de Zélio, e conversou com o mesmo:
Sr.José: Quem é você que ocupa o corpo deste jovem?
O espírito: Eu? Eu sou apenas um caboclo brasileiro. 
Sr.José: Você se identifica como caboclo, mas vejo em você restos de vestes clericais.
O espírito: O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre, meu nome era Gabriel Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas em minha última existência física Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um caboclo brasileiro.
Sr.José: E qual é seu nome?
O espírito: Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existirão caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda, uma religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o final dos séculos.
Sr.José pergunta então se já não existem religiões suficientes, fazendo inclusive menção ao espiritismo.

Sr. Zélio
O espírito: Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre poderoso ou humilde, todos tornam-se iguais na morte, mas vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar estas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Por que não podem nos visitar estes humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além? Porque o não aos caboclos e pretos-velhos? Acaso não foram eles também filhos do mesmo Deus? Amanhã, na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo que haja sido em vida, todos serão ouvidos, nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas a nenhum diremos não, pois esta é a vontade do Pai.     
Sr.José: E que nome darão a esta Igreja?
O espírito: Tenda Nossa Senhora da Piedade, pois da mesma forma que Maria ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se socorrerem da Umbanda.
No dia seguinte, na rua Floriano Peixoto, 30, Neves - São Gonçalo/ RJ, próximo das 20:00 horas, estavam presentes membros da federação espírita, parentes, amigos, vizinhos e uma multidão de desconhecidos e curiosos. Pontualmente as 20:00 horas, o Caboclo das Sete Encruzilhadas incorporou e com as palavras abaixo iniciou seu culto:
“Vim para fundar a Umbanda no Brasil. Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos e os índios nativos de nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor , raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto”
Após trabalhar fazendo previsões, passe e doutrina informou que devia se retirar, pois outra entidade precisava se manifestar. Após a subida do caboclo, incorporou uma entidade reconhecida como preto-velho, saindo da mesa e se dirigindo a um canto da sala onde permaneceu agachado. Sendo questionado o porquê de não ficar na mesa respondeu: “Nego num senta não, meu sinhô, nego fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco, e nego deve arespeitá”. Após insistência ainda completou “Num carece preocupa não. Nego fica no toco, que é lugar de nego”. E assim continuou dizendo outras coisas mostrando a simplicidade, humildade e mansidão daquele que trazendo o estereótipo do preto-velho se fez identificar como Pai Antônio. Logo cativou a todos com seu jeito, ainda lhe perguntaram se ele não aceitava nenhum agrado, ao que respondeu: “Minha cachimba, nego qué o pito que deixou no toco. Manda moleque busca”. Todos ficaram perplexos, estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento material de trabalho dentro da Umbanda. Na semana seguinte todos trouxeram cachimbos que sobraram diante da necessidade de apenas um para Pai Antônio. Assim o cachimbo foi instituído na linha de pretos-velhos, sendo também ele a primeira entidade a pedir uma guia (colar) de trabalho.

Tenda Nossa Senhora da Piedade

O pai de Zélio freqüentemente era abordado por pessoas que queriam saber como ele aceitava tudo isso que vinha acontecendo em sua residência, e sua resposta era sempre a mesma; em tom de brincadeira respondia que preferia um filho médium ao lugar de um filho louco. Foi um trabalho árduo e incessante para o esclarecimento, difusão e sedimentação da religião de Umbanda. Enquanto Zélio esteve encarnado foram fundadas mais de 10.000 tendas. Após 55 anos de atividade entregou, a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia. Mais tarde junto com sua esposa Maria Izabel de Moraes, médium ativa da tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundou a cabana de Pai Antônio.
Zélio Fernandino de Moraes desencarnou no dia 03 de Outubro de 1975, aos 83 anos. Suas filhas deram continuidade ao trabalho, e a Tenda Nossa Senhora da Piedade existe até hoje sob a direção de Zilméia de Moraes, sua filha que aos 88 anos de idade se mostra ainda muito lúcida e ativa na frente dos trabalhos.

Palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas:
A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade e honestidade, e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta é a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxósse, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxósse, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. As maiores partes dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que nasceram desta Casa.

Caboclo das Sete Encruzilhadas
Tenho uma coisa a vos pedir: Se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou a Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar.
Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou a Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria.
Com um voto de paz, saúde e felicidade; com humildade, amor e caridade, eu sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas.

3 dicas para cuidar dos orixás (anjos da guarda) e entidades que nos acompanham

Acender velas, tomar banhos de descarrego, defumar a casa e fazer oferendas regulares para os orixás e entidades que nos protegem proporciona mais sorte na vida,  no amor, no trabalho, mais saúde, etc.
Normalmente,  a maioria das pessoas só lembra das entidades e orixás quando estão precisando de algo ou quando alguma catástrofe acontece na vida, mas é muito bom planejar rituais regulares para nos auxiliar a crescer espiritualmente e nos cercar do axé (energia divina) dos nossos orixás.
 
Através do Jogo de Búzios descobrimos os orixás que nos acompanham

Mesmo aqueles que não são iniciados na umbanda ou candomblé, podem e devem cuidar de seu lado espiritual com métodos simples para atrair as boas energias e bençãos dos orixás e entidades de luz em geral.
Mesmo que você ainda não saiba qual é o seu orixá, (que descobrimos fazendo uma consulta ao Jogo de Búzios) ainda assim, pode perfeitamente fazer pequenos rituais para limpeza e abertura de caminhos  na vida em geral.

3 dicas importantes para cuidar de seus orixás

  1. Rituais de limpeza espiritual
  2. aliviam o estresse causado pela exposição as energias negativas a que todos estamos sujeitos no dia a dia. Afastar essas energias e espíritos negativos nos aproxima de nosso orixá trazendo mais estabilidade emocional.
  3. Rituais de energização espiritual são rituais que podemos fazer para reforçar o poder de nossos protetores (orixás e entidades) sobre nós. Faz com que crie um escudo de proteção espiritual contra forças negativas lançada contra nós e propicia crescimento em todos os setores da vida.
  4. Oferendas as entidades e orixás devem ser feitas regularmente para atrair as bençãos de nossas entidades e orixás e fazer trabalhos e pedidos específicos.

1 – Rituais de limpeza espiritual

Arruda é poderoso elemento para combater o mau olhado, olho gordo e a inveja
  • Banho de descarrego: a proximidade de nosso orixá de nosso campo espiritual é uma construção que fazemos através de rituais regulares ao longo de nossa vida. Tomar banhos de descarrego regularmente pode ajudar a limpar o campo espiritual de influências negativas e trazer ótimas energias para seu dia a dia. Na dúvida do seu orixá consulte o Jogo de Búzios e utilize as ervas de Oxalá , que é pai de todos nós e suas ervas são aceitas por qualquer outro orixá.
  • Ebós e sacudimentos: Estes trabalhos mais elaborados devem ser feitos somente por pais e mães-de-santo pois dependem de conhecimentos que estão acima da capacidade de pessoas leigas para realizá-los.
  • Defumações: defumar regularmente o lugar onde você mora ou trabalha limpa as larvas espirituais que podem atrapalhar sua vida. Quando fazemos defumações regulares, os espíritos do bem ficam muito mais próximos de nós, para nos auxiliar nos momentos de necessidade e aflição.

Principais ervas dos orixás:
  • Ogum – folhas de mangueira
  • Oxossi – Folhas de cajueiro
  • Omulu – Gameleira preta, ou pau-da-Angola
  • Xangô – Manjericão Roxo ou  para-raio
  • Iansã -    Manjerona, ou  timbaúba
  • Oxum -    Alfavaca
  • Nanã -    Alfavaca
  • Iemanjá – Alfavaca ou a folha do algodoeiro
  • Oxalá – Manjericão branco (folha miúda) ou gameleira branca

Artigos sobre banhos de limpezabanho de descarrego e ervas sagradas dos orixás

  1. Banhos de atração e amor para o dia das bruxas – pode ajudar você a trazer aqueleamor de volta ou seduzir aquela pessoa que nem sabe que você existe. Infalível! ;)
  2. 7 ervas sagradas e seus orixás – cada orixá tem as folhas sagradas que lhe correspondem. As ervas sagradasdesempenham funções de propiciadoras e purificadoras dos elementos sagrados. Une o orixá ao seu filho. Não existe orixá sem asfolhas sagradas.
  3. Alecrim de Oxalá Alecrim é uma planta muito utilizada em diversos rituais mágicosem diferentes religiões.
  4. Banho de descarrego, banho de limpeza e banho de rosas para criançascriança assim como um pára-raio, pode ser afetada por larvas astraismau olhado; ou mesmo porfeitiços ou magia enviados a sua casa ou trabalho.

2 – Rituais de Energização Espiritual

Guias de proteção que criam um escudo espiritual protetor para quem usa
Guias ou fio de conta servem como escudo de proteção espiritual para aqueles que estão usando
  • Acender velas: é o ritual mais importante e o mais simples a ser incorporado a sua rotina de oferendas espirituais.  Se você não sabe seu orixá,  a vela branca serve a todos e não há desculpa para não eleger um dia da semana como a sexta-feira, dia do orixá maior Oxalá,  para dedicar uma vela ao seu orixá protetor, para que nunca falte luz e clareza em sua vida pessoal e espiritual.
  • Defumar regularmente sua casa: defumar não serve só para a limpeza energética da casa, mas também para atrair as energias contidas em determinado elemento que está sendo queimado e revertê-las para o ambiente carente daquelas energias. Quando você queima açúcar em brasa por exemplo; está chamando energias de prosperidade e dinheiro, de boa absorção astral, que atrai espíritos puros para ajudar você a sair das dificuldades. Por isso, as defumações regulares com  açúcar cristal trazem boa sorte e fortuna a casa.
  • Banhos energizantes com as ervas do seu orixá: tomar banhos com as ervas de seus orixás pode ajudar a criar um escudo espiritual mais forte contra inveja, olho gordo e feitiços enviados contra você. Auxilia também na proximidade das entidades para os médiuns em desenvolvimento, etc.
  • Amuletos, talismãs e patuás para proteção dos orixás: atraem o axé do seu orixá que estará sempre com você e dão grande proteção espiritual se forem seguidos os rituais corretos para abençoar o patuá, amuleto, ou talismã e periodicamente realizar certas cerimônias para revalidar o seu poder.
  • Guais de santo, fios de conta: o uso de guias de santo, chamados de diversos nomes como fio de conta, etc, auxiliam na proteção espiritual através de determinada entidade, relacionada as cores utilizadas na confecção do fio. Devem ser abençoadas por um pai ou mãe-de-santo.

3 – Oferendas aos orixás e entidades

Exú e Pombagira são entidades protetoras na umbanda
Exú e Pombagira são entidades protetoras na umbanda
  • Oferendas aos Exús e Pombagiras: não se faz nada sem Exú, é um ditado sabido por todos aqueles que participam da umbanda e candomblé. Nestes mensageiros depositamos nossa fé para que a comunicação de nossas preces sejam entendidas e aceitas pelos orixás, pois Exú é quem leva nossas preces para que os orixás nos concedam as graças que estamos pedindo com aquelas oferendas. Servem champanhe, cachaça, cigarros e charutos, velas, rosas  e flores em geral.
  • Oferendas aos Pretos-Velhos: muitas correntes de umbanda fazem oferendas regulares a Pretos e Pretas-Velhas, especialmente quando os médiuns incorporam este tipo de entidade. Servem fumo de rolo, cachimbos, café, vinho doce, etc.
  • Oferendas aos caboclos: certas correntes umbandistas também trabalham regularmente com a linha de caboclos falangeiros de Oxóssi, que podem incluir também boiadeiros, índios, marinheiros, etc. Caboclos aceitam as mais diversas oferendas de acordo com a linha trabalhada como: cigarros de palha, vinhos e cachaças com mel ou melaço, ervas específicas relacionadas ao orixá que servem, etc.
  • Oferendas aos orixás: depois de colocadas as devidas oferendas aos Exús e Pombagiras, os orixás são reverenciados. Cada orixá tem seu próprio ritual e é necessário a orientação de uma mãe-de-santo para realizar o ritual correto para seu orixá.

Consulte o Jogo de Búzios

Descobrir seu orixá através do jogo de búzios
Jogo de Búzios orienta sobre os caminhos a serem seguidos espiritualmente
O primeiro passo para estar em dia com seus orixás é conhecê-los e tratar corretamente de suas obrigações com eles. Para criar um escudo espiritual que nos proteja contra forças negativas é necessário elevar nosso pensamento a Deus e praticar os rituais corretamente. Marque sua consulta com Jogo de Búzios para descobrir seus orixás e conduzir melhor sua vida espiritual. Entre em contato através do e-mail makena@raizesespirituais.com.br estou aguardando seu e-mail para ajudar no que for preciso!

CURIOSIDADES



OS ORIXÁS

A concepção da origem dos orixás não é a mesma em todos os cultos de UMBANDA. Assim, por exemplo, para os Yorubás ou Nagôs, o culto dos orixás bacuros não é exatamente o das Forças da Natureza. Pensam eles que a maioria dos orixás era, em sua origem, Seres Humanos privilegiados que possuiam poderes sobre as forças da natureza e que ao invés de morrer, se transformaram em pedras, rios, árvores ou lagoas.

Daí a grande quantidade de lendas Nagôs sobre a vida humana dos orixás, à semelhança das figuras da mitologia grega e romana. Os orixás deixaram descendentes diretos, os quais, continuam o culto dos seus antepassados divinizados.

Nota-se, entretanto, que a tese Nagô de Seres Privilegiados, porém, Humanos, que controlavam as forças da natureza, concorda singularmente com a teoria filosófica da existência anterior de homens que dispunham de domínios sobre os elementos naturais. É a hipótese da descendência da humanidade atual, que sucedeu a outra incomparavelmente mais forte sob o ponto de vista espiritual.

Nós, todavia, acreditamos firmemente que os orixás são imateriais, são espíritos de Luz que nunca se encarnaram em seres humanos, que nunca tiveram existência terrena e que manifestam mediante "APARELHOS" de sua escolha, isto é "filhos de santo".

Tratado da Semana de Culto

Segunda-feira ..............................OMOLÚ
Terça-feira...................................OGUN
Quarta-feira..................................IANSAN e XANGÔ
Quinta-feira..................................OXÓSSI
Sexta-feira...................................OXALÁ
Sábado........................................YEMANJÁ e OXUN
domingo.......................................NANÃ

Há muitas lendas sobre os orixás, emprestando-lhes paixões humanas. Mas os orixás são espíritos angélicos, que nunca encarnaram.

OXALÁ - Oxalá é o OBATALÁ, da trindade primitiva. Chamam-no OLISSASSA, em GÊGE. OXALÁ é denominação nagô. Em alguns o invocam ora como ORIXA-BABÁ (Santo Pai), ora como BABÁ-ÓKÉ (Grande Pai). Em Angola: CASSUMBECÁ. Alguns dizem: CASSUTE (chefe, cabeça menor).

OLORÚN - O Senhor Supremo, DEUS, em nagô. Em Angola: ZÂMBI; em CONGO: ZÂMBI-AMPONGO.

BESSÉN - Denominação gêge de OXÚN-MARÊ.

OSSÃE - Divindade da folha. Corresponde ao caipora (Tupi) - que só tem uma perna. OSSÃE nunca se manifesta.

IRÔCO - Divindade da árvore. Diz-se que Irôco aparece à noite, num bambuzeiro, aumentando e diminuindo de tamanho. Dá consultas, prevê o futuro e diz o que deve ser feito. Faz-se cerimônia no pé de Loco, que é a gameleira branca.

XANGÔ - Quando o ORIXÁ baixa no terreiro todos os presentes se curvam, estendem as mãos para o chão e exclamam: "CAÔ, CABECILHE" cuja tradução é a seguinte: "Olhamos e curvamos a cabeça".

IFÁ - É da Trindade Divina de Umbanda. Corresponde ao Espírito Santo. É representado por dois vasos contendo cada um 16 frutos de DENDÊ que apresentem somente 4 olhos ou sinais dos orifícios.
O Babalaô sacode os frutos nas mãos, de um lado para outro. Os frutos vão caindo, um a um. À medida que caem, o Babalaô vai traduzindo o que significam e no fim, resume a profecia do IFÁ. As mulheres não podem trabalhar com os IFÁS, mas somente com o jogo de búzios.

EXU - Denominação nagô do agente mágico Universal. Chama-se ALUVAIÁ em Angola. Em Kêtu: EMBARABÔ. Em Congo: BAMBONJIRA. Em Gêge: LEGBÁ. O sincretismo Gêge-Angola deu os seguinte pontos de EXU


1
EXU MARABO

Embarabo ê môjubá
Embarabo e môjubá
Já mandei levar ebó

2
EXU TIRIRI

Inâ Inã Môjubá
Exu Môjubá

IANSAN- Iansan é orixá de força espiritual para as tempestades e os caos sentimentais. É muito procurada. Uma pedra de IANSÃ que cura - a IAGONGO. Basta aplicá-la na região afetada do doente.



ORIXÁS DE NAGÔ, DO GÊGE E DO CONGO.
"Orixás": na concepção nagô: os Orixás são imateriais, são forças que só podem se manifestar e expressar através de certos seres de sua escolha, os IAÔS, os "Filhos de Santo".

EXU
Chamado familiarmente "O Compadre". Mensageiro dos outros orixás, malévalo e fácilmente irritável. É simbolizado por um montículo de terra no qual estão fincados ferros, lanças e tridentes. Devido ao seu caráter e suas condições de mensageiro dos outros Orixás, para assegurar suas boas graças, recebe os sacrifícios antes que ninguém.

É erradamente sincretizado com o diabo, pois EXU, convenientemente tratado, trabalha para o bem. Suas contas são pretas e vermelhas. Seu dia, segunda-feira. Gosta de receber sacrifícios de bode e galos preferentemente pretos. Devido ao seu sincretismo com o diabo, raramente se manifesta abertamente numa filha de santo.

OGUN
Divindade de Ferro, dos ferreiros, dos guerreiros, dos agricultores e de todos os que trabalham ou utilizam o ferro. Manifesta-se geralmente como guerreiro. Simbolizado por ferramentas de 7, 14, 16 ou 21 peças. Sincretizado com Santo Antônio. Suas contas são azul-escuras. Seu dia é Terça-Feira. Gosta de Feijoada e Inhame assado com azeite. É irmão de EXU e OXOSSI. Dança com espada, fazendo mímicas guerreiras e de embate. Saúda-se gritando ogum-yê!

OXÓSSI
Divindade dos caçadores . É simbolizado por arco e flexa. Sincretizado com São Jorge. Suas contas são verdes. Seu dia é quinta-feira. Gosta de axexê, milho cozido com fatia de côco. Dança com arco e flecha numa mão e na outra ERUKE (espécie de espanador feito de rabo de boi). Sua dança é a mímica de uma caçada. Saúda-se gritando: OKE!

INLÊ
Há outra espécie de Oxossi, chamado de IBUALAMA ou INLÊ, casado com Oxun. Dança com um amparo de três pernas em cada mão e com eles se castiga.

LOGUNÊDÊ
Filho de INLÊ e de Oxun. Simbolizado por seixas do rio. Sincretizado com Santo Expedito. Suas contas são verde-amareladas, seu dia é quinta-feira.

Este orixá tem a particularidade de ser durante seis meses homem, comer cajue e ser caçador e, durante seis meses mulher, viver nas águas e comer peixe. Saúda-se gritando: LOGUN!

AGUÊ
Forma de Oxóssi de uma nação vizinha aos Nagôs e que se encontra nos candomblés Gêges. Este Oxóssi vive perpétuamente nas matas e por isso é o intermediário de OSSAIN, a divindade Nagô das folhas, que nunca se manifesta em iaôs. É filha de MANU e LISSA (OXALÁ).

OMOLU OU ABALUAIÊ
Divindade da bexiga e das doenças. Sincretizado com São Lázaro ou São Roque. Suas contas são vermelhas e pretas ou pretas e brancas. Seu dia é segunda-feira. Gosta de pipocas e de aberém, massa de milho branco assado em folhas de bananeiras. Dança no ritmo denominado OPONGÉ, o rosto e o corpo coberto de palhas e o XAXARA, lança e gancho na mão. Sua dança é a mímica dos sofrimentos, das doenças, convulsões, coceiras, tremores de febre e do andar de corcundas deformados. Saúda-se gritando: ATÔTÔ.

NÃNÃ
Mãe de Omolú. A mais velha das divindades das águas. Sincretizada Santa Ana. Suas contas são brancas, vermelhas e azuis. Seu dia, a terça-feira. Gosta de caruru sem azeite, porém bem temperado. Dança com dignidade, levando EBIRI na mão. Saúda-se gritando: SALUBA!

OXUMARÉ
É o arco íris. Simbolizado por cobras de ferro. Sincretizado com São Bartolomeu. Suas contas são verdes e amarelas. Seu dia, a terça-feira. Gosta de Suguru e de feijão com milho, cebola, azeite e camarão. Dança mostrando o céu e a terra, levando nas mãos as cobras de ferro. Saúda-se gritando: AO BOI-BOI!

XANGÔ
Divindade do trovão e do raio. Simbolizado pela "Pedra do Raio", machados de pedra e o OCHÊ (Machado duplo). Sincretizado com São Jerônimo. Suas contas são brancas e vermelhas. Seu dia, a quarta-feira. Gosta de analá (caruru). Sacrificam-se em sua homenagem carneiros, galos e gados. Dança com dignidade viril e guerreira, pois era Rei dos YORUBÁS. Saúda-se gritando KAVO KABIESILE.

Há outras qualidades de Xangô: AIRA, que veste de branco e não come azeite, por ter um pacto com OXALÁ, e OGODÔ, que dança com um oche em cada mão.

DADÁ
Irmão mais velho de XangÔ. Cultua-se com o ADÉ DE BANHANI ou CORÃO DE DADÁ.

YANSÃ OU OYÁ
Esposa de Xangô, divindade dos ventos, das tempestades e do rio NIGER. De temperamento forte, sensual e autoritário. É o único orixá capaz de enfrentar EGUNS ou espíritos de mortos. Sincretizada com Santa Bárbara. Suas contas são roxas. Seu dia, a quarta-feira. Gosta de acarajé e não suporta abóbora. Sacrificam-se, em sua homenagem, cobras. Dança agitando os braços como que enxotando almas com alfange e um ERUXIN de rabo de cavalo. Saúda-se gritando: EPA HEI!

OXUN
Segunda mulher de Xangô, Divindade do rio OXUN, faceira e vaidosa. Simbolizada por seixas do rio, pulseiras de metal e ABEBÉ. Sincretizada com Nossa Senhora das Candeias e Nossa Senhora Aparecida. Suas contas são amarelo ouro. Seu dia, o sábado. Gosta de mulucu, feito de cebola, feijão fradinho, sal e camarão e de adum, feito de fubá de milho com mel de abelhas e azeite de cheiro e peté, inhame com camarão e cebola. Dança com abebé na mão, fazendo mímicas de quem se banha no rio, penteia os cabelos, alisa as faces, põe colares e pulseiras, olha-se no espelho e sacode os braceletes que lhe enchem os braços. Saúda-se gritando: ORA YE YEÔ!

OBÁ
Terceira mulher de Xangô. Divindade do Rio OBÁ. Desce raramente e nesse caso briga com OXUN, porque, conforme a lenda, foi induzida malignamente por ela a cortar uma das suas próprias orelhas e a cozinhá-la com os alimentos de XANGÔ a fim de aumentar o seu amor, tendo, ao invés, grangeado o seu repúdio.

YEMANJÁ
Divindade do mar e da água doce. É mãe das outras orixás. Simbolizada por pedras marinhas e conchas. Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição. Seu dia é o sábado. Suas contas são transparentes como o cristal. Gosta de ebó de milho branco com azeite, cebola e sal. Dança com abebé na mão com movimentos interpretativos das águas. Saúda-se gritando: ODOIÁ!

OXALÁ
Divindade da procriação. O Grande Orixá é simbolizado por pedacinhos de marfim dentro de um anel de chumbo. Sincretizado com Nosso Senhor do Bonfim. Seu dia é sexta-feira. Suas contas são brancas. Gosta de comida branca, acossá, ebó de milho sem azeite nem sal, que lhe são proibidos, ori (limo da costa) com água. Sacrificam-se-lhe animais brancos, catassol e conquém.

Em forma de OXALUFÁN dança curvado como um velho alquebrado, corcunda, apoiando-se num cajado de metal branco, cuja extremidade superior termina em forma de pássaro.

Em sua forma de OXAGUIAN é um guerreiro vestido de branco que leva espada e escudo e uma mão de pilão amarrada à cintura. Saúda-se gritando: EPA BABAEI! e EKÉ HÉ!
Falanges dos Exus



Linha das Almas
São os que vivem onde tem almas, ou seja, na calunga, e existem várias Calungas. Calunga grande (Mar), Calunga (Cemitério), Calunga das Matas (Matas). Em cada área específica existem Exus responsáveis e cada Exu com seu exército ou falange.
Exu Pimenta pertence a linha das almas e vive na calunga das matas, onde socorre as almas que vagam levando-as à luz, se merecedora ou fica com ele, ou outros exus, onde a alma é reeducada sempre visando levá-la à luz.
Existe a Pomba-Gira Rainha dos 7 Cruzeiros da Calunga Grande, que vive mar, fazendo o mesmo papel do Exu Pimenta. Assim como o Exu 7 Cruzes, 7 Covas, 7 Catacumbas, que vivem no Cemitério e fazem o mesmo papel. Todos os Exus dessa linha trabalham com velas brancas, pretas e brancas, amarelas e pretas e guias da mesma cor.
Linha das Encruzilhadas
Destina-se a linha da rua, ou seja, o povo a rua responsável por todos os caminhos, o responsável por todas as encruzilhadas seria o Rei das Sete Encruzilhadas. Existem vários exus dessa linha Capa Preta da Encruzilhada, 7 Encruzilhadas, 7 Estradas, & Caminhos, Tranca Ruas, entre outros. Trabalham muito com velas vermelhas e pretas, ou pretas e usam guias da mesma cor.
Recebem suas oferendas em encruzilhadas ou matas.
“As encruzilhadas de cimento não são boas para fazer oferendas para exus, pois lá vivem muitos kiumbas, eguns, espíritos atrasados que usam os nomes dos exus para atrapalhar as pessoas”.

Linha das Matas
Onde vivem os exus que trabalham nas cachoeiras, pedreiras, em matas, rios, etc. Onde a muitos são caboclos quimbandeiros, trabalham muito com ervas, gostam de ensinar banhos, defumações, tudo que envolva ervas. Existem vários tipos de matas, matas serradas, matas fechadas, matas em beira de estrada, de mar, onde existem os determinados exus responsáveis. Os mais conhecidos são: Arranca-Toco, 7 Cachoeiras, Pimenta, das Matas, dos Rios, entre outros.
Trabalham muito com velas verdes, verdes e pretas ou pretas, usam guias da mesma cor e muitas ervas.

Outras Linhas
Existe a linha dos mirins, onde cada exu tem um mirim representante, trabalham com velas cor de rosa e preta, azul e preta, doces, balas, guaranás, mel, etc. o exu chefe seria Tiriri.

Existe também a linha dos exus do mar, são piratas, marinheiros e exus das almas, afinal o mar é a calunga grande. Trabalham com velas pretas ou azuis, com areia. Suas guias são da mesma cor e com conchas e búzios.

Outra linha é a dos ciganos que em sua maioria são da linha das almas. Trabalham com anéis, jóias, correntes, tudo que envolva dinheiro, usam velas de várias cores. As guias variam bastante entre correntes ou amarelo ou preto.

Pomba-Giras
Pertencem a todas as linhas entre elas temos: Pomba-Gira Cigana, 7 Saia das Matas, Pomba-Gira Menina, Dama da Noite, Rosa Caveira.

Companheiras (os)
Cada exu (ou pomba-gira) tem sua companhia preferida, atuando como seu braço direito, a qual, sempre acompanha seu companheiro. E esse comportamento é uma coisa singular e pessoal variando de exu para exu. Por exemplo: o Tranca Rua das Almas tem como companheira Pomba-Gira das Almas, mas talvez o Tranca Ruas que incorpora no José é da mesma falange (família) daquele que incorpora no João, porém não é o mesmo e com isso prefere uma companheira diferente.

Médium e Exu
Todo médium possui um ou mais de um exu, que pode ser bem evoluído, em luz, força e sabedoria, mas para que esta entidade possa desenvolver bem seus trabalhos também depende dos conhecimentos do médium e do tratamento que o médium dispensa a entidade. Por isso sempre se aconselha ao médium que estude, procure manter suas obrigações em dia, cuide dos seus assentamentos, todo médium tem a responsabilidade de saber tratar com seus Exus.

“Calunga seria onde os corpos das pessoas são enterrados e as almas ficam vagando, como por exemplo o cemitério. O mar é a morada final de muitas pessoas que morrem afogadas, assim como as matas também guardam aqueles que lá se perderam e jamais voltaram...”.

APRENDENDO MAIS SOBRE OGUM



Orixá Ogun é um dos mais amados na cultura ioruba. Em primeiro lugar porque ele foi o primeiro ferreiro. Como foi ele, também, quem descobriu a fundição e inventou todas as ferramentas que existem. Portanto é o patrono da tecnologia e da própria cultura, pois sem as ferramentas nada mais poderia ser inventado até mesmo plantar em grandes extensões seria extremamente difícil. Tendo inventado as ferramentas, com a foice ele abriu os primeiros caminhos para o resto do mundo, o que dá a ele o poder de abri-los ou fecha-los.


 
Com a faca ele fez o primeiro sacrifício ritual, por isso sempre se louva Ogum durante estes sacrifícios e sua invenção da faca. Com o ancinho ele arou terras e plantou, com a tesoura cortou peles e inventou os abrigos. Com o machado cortou árvores para construir abrigos, com o martelo pode unir com pregos que inventou, os troncos. Com a cunha pode levantar grandes pesos e assim aconteceu de Ogum, com a espada que forjou, guerrear e conquistar territórios para seu povo. Ele, no entanto, não quis ser rei, pois preferia os desafios ao poder. Continuou lutando e inventando para sempre. Hoje em dia diz-se que os computadores sao de Ogun e de Ogun sao também todos os analistas de sistemas.


Ogun só cometeu um erro nos mitos, quando seu pai mandou que fizesse uma tarefa e ele pelo caminho embebedou-se com vinho de palmeira e acabou não realizando o que devia. A partir daí nunca bebeu, mas diz-se que os filhos de Ogun adoram vinho branco e devem tomar muito cuidado com bebidas. A guerra é de Ogun, cujo nome significa exatamente guerra. Como Ogun nunca se cansa de lutar, costuma-se chamar por sua ajuda em situações em que é extremamente difícil continuar lutando ou quando o inimigo é extremamente forte. Não se deve invocar Ogun a toa, pois seu gênio é extremamente violento e diz um oriki que ele mata o injusto e o justo, o ladrão e o dono da casa roubada (porque permitiu que acontecesse) portanto não se deve brincar com este orixá, que não perdoa. 


Ogun vive sozinho; é um solteirão convicto. Teve muitas mulheres mas não vive com nenhuma, e criou um filho adotivo abandonado nas mãos dele por Iansã, a deusa dos ventos e raios que por sua vez o havia adotado de Oxum, a deusa do amor e da riqueza Um dos mitos sobre ele diz que Ogum, é filho de Iemanjá com Odudua. Desde criança já era destemido, impetuoso, arrojado e viril, tendo se tornado sempre mais e mais um brilhante guerreiro e conquistado, para seu pai, muitos reinos, não havendo, por esta razão, um só caminho que Ogum não tenha percorrido. Nos intervalos entre as guerras e as conquistas, Ogum criou os metais, a forja e as ferramentas que facilitaram a vida dos homens no mundo. Ele forjou a primeira faca, a primeira ponta de lança, a primeira espada, a primeira tesoura. 

Um irmão dedicado, diz o mito que Ogum tinha por Oxóssi uma afeição muito especial, defendendo-o várias vezes de seus inimigos e passando mesmo a morar fora de casa com Oxóssi, quando este foi expulso de casa por Iemanjá.




Diz ainda o mito que foi Ogum quem ensinou Oxóssi a defender-se, a caçar e a abrir seus próprios caminhos nas matas onde reina. Ogum teve muitas mulheres, a principal delas Iansã, guerreira como ele. Tendo sido roubada por Xangô, que é seu irmão por parte de mãe, Ogum passou a viver sozinho, para a guerra e a metalurgia.

ERVAS DE OMULU

Com alegria aqui estamos mais uma vez, dando continuidade ao nosso estudo sobre ERVAS SAGRADAS DOS ORIXÁS. Como não podia deixar de ser, hoje nos voltamos ao ORIXÁ OMULU, rei da terra e Senhor das doenças.

Desta forma, esperamos de coração que gostem de mais este aprendizado dando continuidade de nosso estudo.



Agapanto: É um vegetal pertencente a Oxalá, Nanã e a Obaluayê. O branco é de Oxalá e o lilás é da deusa das chuvas e do orixá das endemias e das epidemias. É também aplicado como ornamento em pejis, e banhos dos filhos destes orixás. Não possui uso na medicina popular.


Agoniada: Faz parte de todas as obrigações do deus das endemias e epidemias. Utilizada no ebori, nas lavagens de contas e na iniciação. Esta erva purifica os filhos-de-santo, deixando-os livres de fluidos negativos. Na medicina popular, a mesma é usada para corrigir o fluxo menstrual e combate asma.


Alamanda: Não é utilizada em obrigações, sendo empregada somente em banhos de descarrego. Na medicina caseira ela é usada para tratar doenças da pele: sarna (coceiras), eczema e furúnculos. Para usar é necessário que se cozinhe as folhas, e coloque chá de folhas sobre a doença.


Alfavaca-roxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá. Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento, para emagrecer.


Alfazema: Empregada em todas as obrigações de cabeça. É aplicada nas defumações de limpeza, usada também na magia amorosa em forma de perfume. A medicina popular dita grandes elogios a esta erva, pois ela é excelente excitante e anti-espasmódico. É usada, também, como reguladora da menstruação. Somente é aplicada como chá.


Babosa: Muito usada em rituais de Umbanda, mais especificamente em defumações pessoais. Para que se faça a defumação, é necessário queimar suas folhas depois de secas. Isso leva um certo tempo, devido a gosma abundante que há na babosa. A defumação é feita após o banho de descarrego. Para a medicina caseira sua gosma é de grande eficácia nos abcessos ou tumores, além de muitas outras aplicações.


Araticum-de-areia – Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego, em mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do reumatismo.


Arrebenta cavalo: No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.


Assa-peixe: Usada em banhos de limpeza e nos ebori. Na medicina popular ela é aplicada nas afecções do aparelho respiratório em forma de xarope.


Beldroega: Usada nas purificações das pedras de orixá e, principalmente as de Exu. O povo usa suas folhas socadas para apressar a cicatrização das feridas, colocando-as por cima.


Canena Coirana: Vegetal de excelente aplicação litúrgica, pois entra em todas as obrigações. O povo a tem como excelente estimulante do fígado.


Capixingui: Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô, nos banhos de purificação e limpeza e, também nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo e nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo (reumatismo articular) utilizado em banhos, mais ou menos quentes, colocando-se nas juntas doloridas.


Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.


Carobinha do Campo: Em alguns terreiros essa planta faz parte do ariaxé. A medicina caseira indica o chá de suas folhas para combate coceiras no corpo e, principalmente coceira nas partes genitais.


Cordão de Frade: É aplicada somente em banhos de limpeza e descarrego dos filhos deste orixá. O povo a indica para a cura da asma, histerismo e pacificador dos nervos. Também combate a insonia.


Cebola do mato: Sem uso ritualístico. A medicina caseira afirma que o cozimento de suas folhas apressa a cicatrização de feridas rebeldes.


Celidônia maior: Não possui uso ritualístico. É indicada pela medicina caseira como excelente medicamento nas doenças dos olhos, usando a água do cozimento da planta para banhá-los. Seu chá também é de grande eficácia para banhar o rosto e dar fim às manchas e panos branco.


Coentro: Muito aplicada como adubo ou condimento nas comidas do orixá, principalmente na carne e no peixe. Não é empregada nas obrigações ritualísticas. A medicina caseira indica esta erva como reguladora das funções digestivas e eliminadora de gases intestinais.


Cotieira: Não sabemos ao certo se esta erva tem aplicação ritualística. Na medicina caseira ela é estritamente de uso veterinário. Muito aplicada em cães para purgar e purificar feridas.


Erva-Moura: Esta erva faz parte dos banhos de limpeza e purificação dos filhos do orixá. Seu uso popular é como calmante, em doses de uma xícara das de café, duas a três vezes ao dia. Essa dose não deve ser aumentada, de modo algum, pois em grande quantidade prejudica. As folhas tiradas do pé, depois de socadas, curam úlceras e feridas.


Estoraque Brasileiro: Sua resina é colhida e reduzida a pó. Este pó, misturado com benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões.


Figo Benjamim: Erva muito usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. Empregada, também, em banhos fortes para pôr fim a padecimentos de pessoa que esteja sofrendo obsidiação ou obsessão. O povo aplica o cozimento das folhas para tratar feridas rebeldes, e banhos para curar o reumatismo.


Hortelã Brava: Empregada em obrigações de ori, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos deste orixá. No uso caseiro é utilizada para combater o veneno de cobras, lacraus e escorpiões. É eficaz contra gases intestinais, dores de cabeça e como diurético. É perfeita curadora de coceiras rebeldes e tiro acertado nos catarros pulmonares, asma e tosse nervosa, rebelde.


Guararema: Em terreiros de Umbanda e Candomblé ela é aplicada em banhos fortes e nos descarregos. Os galhos da erva são usados em sacudimentos domiciliares. Os banhos fortes a que nos referimos são aplicados em encruzilhadas – na encruzilhada em que se tomar o banho arria-se um mi-ami-ami, oferecido a Exu. E deve ser feito em uma encruzilhada tranquila. É um banho de efeitos surpreendentes. Na medicina caseira esta erva é utilizada para exterminar abcessos, tumores, socando-se bem as folhas e colocando-as sobre a tumorização. O cozimento das folhas é eficaz no tratamento do reumatismo. Em banhos quentes e demorados, de igual sorte também cura hemorróidas.


Jenipapo: As folhas servem para banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira aplica o cozimento das cascas no tratamento das úlceras, o caldo dos frutos é combatente de hidropisia.


Jurubeba: Somente usada em obrigações com objectivo de descarrego e limpeza. Suas folhas e frutos permitem o bom funcionamento do fígado e baço, garante a sabedoria popular. Debela e previne hepatite com ou sem edemas.


Mangue Cebola: É usado apenas em sacudimentos domiciliares, utilizando o fruto, a cebola. Procede-se assim: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, cantando-se para Exu, espalha-se pela casa, nos recantos, e sob os móveis. O povo usa a cebola, fruto do mangue, esmagada sobre feridas rebeldes.


Mangue vermelho: Usa-se apenas as folhas, em banhos de descarrego. O povo a indica como excelente adstringente que possui alto teor de tanino. Muito eficaz no tratamento das úlceras e feridas rebeldes, aplicando o cozimento das folhas em compressas ou banhando a parte lesada.


Manjericão-roxo: Empregado nas obrigações de ori dos filhos pertencentes ao orixá das endemias. Colhido e seco, sua folha previne contra raios e coriscos em dias de tempestades, usando o defumador. Também é usada como purificador de ambiente. Não possui uso na medicina popular.


Musgo: Aplicada em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. A medicina caseira aconselha a aplicação do suco no combate às hemorróidas (uso tópico).


Panacéia: Entra nas obrigações de ori e banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, darros, eczemas e ainda debela o reumatismo, quando usada em banhos.


Picão da praia: Apenas na Bahia ouvimos falar que esta planta pertence a Obaluaiê. Não conhecemos seu uso ritualístico. A medicina popular dá-lhe muito prestígio como diurético e eficaz nos males da bexiga. Usada como chá.


Piteira imperial: Seu uso se limita às defumações pessoais, que são feitas após o banho. A medicina popular utiliza as folhas verdes, em cozimento, para lavar feridas rebeldes, aproximando a cura ou cicatrização.


Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva resolve males do estômago, tumores e abcessos. Internamente é usado o chá, nos tumores aplica-se as folhas socadas. Muito utilizada nas doenças de senhoras.


Sabugueiro: Não possui uso ritualístico. É decisiva no tratamento das doenças eruptivas: sarampo, catapora e escarlatina. O cozimento das flores é excelente para a brotação do sarampo.


Sumaré: Não tem aplicação ritualística ou obrigações litúrgicas. Porém possui grande prestígio popular, devido ao seu valor curativo, promovendo com espantosa rapidez a abertura de tumores de qualquer natureza, pondo fim às inflamações. É empregado contra furúnculos, panarícios e erisipelas, regenerando o tecido atacado por inflamações de qualquer origem.


Trombeteira branca: Não possui nenhuma aplicação nas obrigações de cabeça. Apenas é usada nos banhos de limpeza dos filhos do orixá da varíola. Seu uso na medicina popular é pouco frequente. Aplica-se apenas nos casos de asma e bronquite.


Urtiga-mamão: Aplicada em banhos fortes, somente em casos de invasão de eguns. O banho emprega-se do pescoço para baixo. Esse banho destrói larvas astrais e afasta influências perniciosas. O povo indica esta erva na cura de erisipela, usando um algodão embebido do leite da planta. O chá de suas folhas debela males dos rins.


Velame do campo: Vegetal utilizado em todas as obrigações principais: ebori, simples ou completo. Indispensável na feitura de santo e nos abô dos filhos do orixá. Na medicina caseira o velame é utilizado como anti-sifilítico e anti-reumático.


Velame verdadeiro: Possui plena aplicação em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada também nos sacudimentos. A medicina do povo afirma ser superior a todos os depurativos existentes, além de energético curador das doenças da pele.