quarta-feira, 8 de maio de 2013

Falando de Umbanda



Apesar do real significado da Umbanda ter origem na palavra Aumbandan ou Lei Divina, devido a diversas corruptelas ao longo de milhares de anos o termo Aumbandan tomou-se Umbanda.

Entendemos que a Umbanda hoje seja para a grande população brasileira uma religião, um culto. A Umbanda foi trazida e fundada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, quando incorporou em um médium em 15/11/1908, inaugurando a primeira tenda de Umbanda no Brasil.

A Umbanda, nascida e praticada no Brasil, sincretizou várias religiões, apesar de muitas raízes de origem africanista, mas não tem similar nem mesmo na África. Incorpora em seus adeptos entidades desencarnadas do plano físico da Terra, como as crianças, os caboclos, os (pais) pretos-velhos, e os exus guardiões que vêem em auxilio de seus filhos-de-Fé, trazendo palavra de estímulo e renovando forças para estes enfrentarem os problemas do dia-a-dia.

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador, de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixás são emanações da Divindade, como todos os seres criados. O propósito maior dos seres criados ê a Evolução, o progresso rumo a  Luz Divina. Isso se dá através das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.

A Umbanda acredita numa Lei de Justiça universal, que determina a cada um colher o fruto de suas ações, que ê conhecida como Lei do Carma. A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal, ou seja, considera que todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.

A Umbanda não realiza em qualquer hipótese o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos. Também não preconiza a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forças da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.

Hoje, dentro da Umbanda, encontramos diversas interpretações e costumes. Os cultos seguem algumas influências comuns, mas são fortemente influenciados pelos seus componentes, pelos dirigentes locais que, sem uma base única, permitem múltiplas facetas e ritos diversos. Esta ê a sua riqueza. Todos são bem-vindos, acolhidos com carinho e ouvidos em suas dificuldades.

A Umbanda verdadeira está a serviço da Lei Divina, e só visa ao bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda. A Umbanda leva a Luz sem pedir qualquer retribuição, o Amor sem esperar qualquer recompensa e a Caridade sem prêmio, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimentos, consultas ou trabalhos.

Quem cobra por serviço espiritual não pode ser considerado verdadeiramente umbandista. Quem conduz o Amor e a Caridade estará levando os ensinamentos maiores da Umbanda. Todo o serviço da Umbanda é de caridade.

Fonte http://umbandapaijoao.com.br

As Entidades Ciganas na Umbanda


 

São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio da linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material, energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.

 

Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia Cigana’, e outra coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam nesta linha de trabalho. Existe uma pequena semelhança somente no poder da Magia, mas suas atuações são bem diferentes pois as Entidades de Umbanda trabalham sob domínio da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem soluções ou adivinhações.

 

Entre as legiões de Ciganos os nomes mais conhecidos são: Cigano Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Ezekiel, Vitor e tantos outros. Da mesma forma temos as ciganas, como: Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmencita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.

 

Os espíritos que se manifestam como Ciganos na Umbanda não trabalham a serviço do mal ou para resolver nossos problemas a qualquer custo, mas é importante saber que eles dominam a MAGIA e preservam a LIBERDADE e ,tanto quanto em  qualquer outra linha de trabalho da Umbanda, teremos aqueles espíritos que não agem dentro do contexto da Lei, os chamados ‘quiumbas’, que se encontram espalhados pela escuridão e a serviço das Trevas. Portanto, é imprescindível o bom nível espiritual do médium para trabalhar com essa linha para que não atraia esses tipos de espíritos pela Lei da Afinidade.

 

Os Ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada Cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação. Uma das cores, a de vinculação vibracional, raramente se torna conhecida mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.

 

É muito comum os Ciganos usarem em seus trabalhos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes, baralho, espelho, dados, moedas, medalhas e até as próprias saias das ciganas, que são sempre muito coloridas, como grandes instrumentos magísticos de trabalho.


Os Ciganos são dotados de uma sabedoria esplendorosa, trabalham com lindos encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, escolhendo datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.

Gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante música, dança, frutas, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, com jarras de vinho tinto com um pouco de mel e ainda podemos fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal ou mel. Não podemos esquecer: flores silvestres, muitas rosas, velas de todas as cores e, se possível, incenso de lótus.

Adoram fogueiras onde dançam e cantam a noite toda, aproveitando do poder das salamandras para consumir todo o negativismo e acender a chama interna de cada Ser.

Os Ciganos têm em Santa Sara Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais.

Salve o Povo Cigano!

Símbolos Ciganos

TAÇA – simboliza união e receptividade. Qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão eterna.

CHAVE – simboliza as soluções. É usada para atrair boas soluções de problemas. O símbolo da chave, quando em trabalho, costuma atrair sucesso e riquezas.

ÂNCORA – simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano físico, financeiro e para se livrar de perdas materiais.

FERRADURA – simboliza energia e sorte. É usado para atrair energia positiva e boa sorte. A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta a má sorte.

LUA – simboliza a magia e os mistérios. A lua é usada geralmente pelas ciganas para atrair percepção, o poder feminino, a cura e o exorcismo, atentando-se sempre para as fases: nova, crescente, cheia e minguante. A lua cheia é o maior elo de ligação com o sagrado, sendo chamada de madrinha. As grandes festas sempre acontecem nas noites de lua cheia.

MOEDA – simboliza proteção e prosperidade. É usada contra energias negativas e para atrair dinheiro. A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada às riquezas materiais e espirituais, que são representadas pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual.

PUNHAL – simboliza a força, o poder, vitória e superação. É muito usado nos rituais de magia, tem o poder de transmutar energias. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, um dos grandes símbolos de superação e pioneirismo, além da roda. O punhal também é usado nas cerimônias ciganas de noivado e casamento, onde é feito um corte nos pulsos dos noivos e em seguida os pulsos são amarrados em um lenço vermelho, representando a união de duas vidas em uma só.

TREVO – simboliza a boa sorte. É o símbolo mais tradicional de boa sorte, traz felicidade e fortuna. É raro encontrar um trevo de quatro folhas na natureza, mas quando se encontra pode-se esperar sempre prosperidade.

RODA – simboliza o ciclo da vida. A Samsara representa o ir e vir, o circular, o passar por diversos estados, o ciclo da vida, morte e renascimento. É usada para atrair a grande consciência, a evolução, o equilíbrio, é o grande símbolo cigano e é representado pela roda dos vurdón que gira. Samsara (sânscrito) – Literalmente significa “viajando”, o ciclo de existências, uma sucessão de renascimentos que um ser segue através de vários modos de existências até que alcance a liberação. Vurdón (romanês ou romani – dialeto cigano) significa “carroção”.

CORUJA – simboliza “o ver totalmente”. É usado para ampliar a percepção com a sabedoria possibilitando ver a totalidade: o consciente e o inconsciente.

Oração a Santa Sara

Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Senhora, protetora dos Ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo proteja-nos e ilumine nossas caminhadas.
Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos.

Ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais. Ajude os necessitados, dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranquilos.

Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar neste momento. Dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida.  Santa Sara milagrosa, protetora do Povo Cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.

Por Mãe Mônica Caraccio

Mudança que Vem de Dentro


Você brigou com o vizinho ou com algum parente, tem conta atrasada pra pagar, o chefe está exigindo demais, seus relacionamentos não dão certo...
           

     Isso já aconteceu ou pode acontecer um dia. Tudo aparenta estar calmo e de repente, uma sucessão de erros e problemas aparece e praticamente lhe derruba.

         Lá dentro, no fundo de sua alma, parece que há um nó se formando, às vezes de mágoa, às vezes de raiva.

       Você precisa dar um jeito de sair dessa situação o mais rápido possível e chegar à superfície para respirar!

       Daí você lembra que há um terreiro de Umbanda que pode lhe ajudar.

        Com muita esperança você vai até o terreiro pedir ajuda e tomar um passe de um preto-velho.

      Logo na entrada da casa de fé há alguns vasos com plantas que estão ali estrategicamente postados para começar a canalização de energias. Em seguida, a tronqueira, ou casinha de Exu, pronta para receber as cargas mais fortes que são direcionadas ao terreiro ou aos filhos de fé. Uma ou duas imagens de santo na porta estão emanando boas vibrações.

       Começa a gira, os pontos cantados e o som dos atabaques servem para nivelar e neutralizar as más vibrações. Em seguida, entra um cambono ou um médium com um turíbulo para dar início à defumação. Todos os cantos e passagens do terreiro são defumados, os filhos da corrente e a assistência também são. Defumar para queimar os miasmas impregnados no corpo. Defumar para ajudar o corpo a absorver as energias emanadas pelos guias. Defumar para facilitar a entrada de boas e novas energias.

     Os guias incorporam nos “cavalos” trazendo força e boa vibração da Jurema e, como uma onda, essa força e vibração vão atingindo a todos na casa.

     Às vezes os guias fazem o xirê, dança no centro do congá (ou abassá), onde energias nocivas e acumuladas no ambiente e nas pessoas são concentradas e expelidas no redemoinho de forças e energias criado pelos guias.

    Chega a hora de se consultar com o guia e você pede proteção e ajuda para que tudo volte ao normal em sua vida.

     O Preto-Velho te dá um passe, te benze com ervas, defuma com a fumaça do cachimbo e acende uma vela pra você.

      Hora de ir embora. Você sai com a sensação de que aquele nó na alma continua lá.

      Os dias passam e as coisas não melhoram.

      Sua conclusão era de que o “guia era ruim” ou “o terreiro é fraco” ou “o médium estava mistificando”.

       Mas o que aconteceu de errado realmente?

     Ao chegar no terreiro você desejou do fundo do coração retirar todo o mal interno?

    Tentou tirar a raiva, o ódio, o ciúme, a maledicência, a inveja que residem dentro de você?

   Durante a gira você se esforçou um pouco para se concentrar no trabalho e orar por aqueles que te fazem mal?

     Refletiu sobre aquilo que faz diariamente e talvez no mal que possa estar causando a outros?

     Percebeu que o passado ficou pra trás e que não adianta mais ficar recordando de mágoas e derrotas, pois isso envenena o coração?

     Ao consultar-se com o guia, tentou ouvir o que ele dizia para aprender seus ensinamentos ou ficou remoendo seus problemas?

      Ficou em silêncio na assistência ou falando em voz baixa e o necessário?

      Se na maioria das perguntas acima sua resposta foi “não”, acredite: você e somente você pode fazer uma limpeza interna, refletir sobre o que faz ou o que deixa de fazer, mudar atitudes, aprender a ouvir para ser ouvido, perdoar quem tenha te feito mal, ignorar aqueles que não consegue perdoar sem revidar com a mesma moeda, agradecer a Deus pela vida que tem.

     A Umbanda não faz milagres! Os guias não fazem milagres!

    Mas há a bondade divina com toda sua justiça que dá aquilo o que a pessoa realmente precisa e merece!

    Se a sua vida não melhora é porque algo está errado com você.

     Mude internamente para que os guias, a Umbanda e Deus possam te ajudar!



O Progresso da Alma



O progresso da alma é a nossa reforma íntima, onde detectamos nossos defeitos e nossas faltas e trabalhamos em nosso íntimo a modificação, buscando prevalecer em nós às virtudes que às vezes nem nos damos conta que elas estão em nosso íntimo e só querem uma oportunidade para desabrochar em nossas atitudes e ações.

Progredimos quando realmente nos voltamos para nosso íntimo e fazemos uma reflexão diária de nossos sentimentos e pensamentos, e neste momento vemos onde estamos falhando e o que podemos renunciar em nossa vida para podermos ser melhores
e com isso conquistar o progresso de nossa alma.

Não haverá progresso em nossa alma, se não houver dedicação e modificação principalmente em nossos sentimentos que direcionamos aos nossos semelhantes, pois não existe progresso sem a busca pelo conhecimento e a vivencia da vida como ela se apresenta a nós.

Não há atalhos para o progresso de nossa alma, temos que passar por vários estágios onde podemos encontrar a dor e o sofrimento como o termômetro que nos convida a uma mudança de nossos hábitos e atitudes para conosco ou para com os nossos semelhantes.

O progresso de sua alma só vai acontecer quando você procurar o caminho do bem, onde prevalecem sempre as boas intenções e o amor incondicional para com todos que convivem com você, sem as mudanças de nossos sentimentos não há evolução segura.

Procure hoje ver como anda sua vida, se está progredindo como pessoa ou se está atrasando ainda mais a sua evolução.

E tenha sempre em mente que o seu progresso depende única e exclusivamente da sua modificação para o bem.


Fonte: http://www.gotasdepaz.com.br

Umbanda a Verdadeira Ciência



MENSAGEM DE SANAT KUMARA
NOVA COSMOGÊNESE 


Lux a todos os portadores de lux do mundo!

A pax do Cristo seja convosco sempre, irmãos!

Venho hoje com um propósito especial de trazer a vós, filhos de Hórus, os grandes segredos ocultos da humanidade.

Eles serão desvelados para o firme propósito de expandir vossas mentes e corações.

Os fundamentos, como assim conheceis, da grande Cosmogênese, que se anunciam.

Falo a todos da AUM BAN DHAN ! A nova Cosmogênese da verdadeira ciência conhecida por vós como UMBANDA.

Trata-se de uma nova ordem que traz grandes emanações de AMOR INCONDICIONAL para a humanidade, que hoje padece de dores, sofrimentos e provações acerbas.

Lux de Aruanda! Lux de Aruanda! Lux de Aruanda!
Das matas virgens da Jurema, dos grandes segredos de cura do Caboclo das 7 Flechas, das cachoeiras do Caboclo Pena Branca, das montanhas rochosas de Xangô, das águas profundas de Iemanjá, da sabedoria dos grandes anciãos, da inocência e pureza dos Ibejis, desce à Terra que chora e geme, uma nova proposta de mudanças de valores, por muitos deturpados pela ignorância de fundamentos ou atavismos exagerados e preconceituosos de religiões.

Essa nova ordem tem como patrono o grande e amado Cristo Jesus e toda a Grande Fraternidade Branca, inclusive o meu patrocínio, SANAT KUMARA e de todo o meu Conselho Venusiano.
Traz como estandarte uma proposta de mudança e um novo serviço a vós, filhos da lux: “Penetrar nos corações dos homens e mulheres de BOA VONTADE!"

A Sagrada Umbanda traz também para a humanidade uma oportunidade de aceleração da queima do carma negativo e uma nova oportunidade, neste final de ciclo, para a elevação deste planeta que traz em seu bojo os filhos de Hórus, os filhos de Aruanda.

Trata-se de um fim de ciclo e de um recomeço para uma nova realidade na lux.

Uma vivência de pax e de amor. E como todo final de ciclo, requer que batalhas sejam travadas. Tanto internas, quanto externas .

Eis que surge então as grandes caravanas de Aruanda: falanges de índios, pretos-velhos, crianças, hindus, budistas, ciganos, maometanos e muitas outras ordens filosóficas para erguerem o bastão da Vitória neste Armagedon, no qual serão todos comandados pela energia de Miguel Arcanjo e toda a falange de guerreiros azuis, conhecidos por vós como a energia de Ogum, para consagrar a vitória dos filhos de Oxalá!
Pois como sabeis: Filhos de Umbanda não caem!

Alguns perguntam como um irmão de Vênus, conhecidos por vós como um Mestre Ascensionado, pode relatar tais elucidações?

Aos filhos da Terra digo:

"Vós não conheceis os mistérios, eis que estão velados por um véu que vos impede lembranças de outrora !"

Na lux não há dissentismo, nem sectarismo. Todos, formamos uma FRATERNIDADE de lux, de solidariedade e de Pax!

Acaso pensais vós, filhos da Terra, que por trás de um Mestre não existem grandes espíritos que formam nossos exércitos na Terra?

Saibam que existe, e eles estão espalhados pela Terra encarnados ou em espírito a cumprir missões por vós não suportadas. Todos nós estamos à serviço da lux.

Nas lides de Umbanda comandadas por vós, que seguem preceitos sagrados, onde os rituais são cumpridos com respeito, também lá nos encontramos, muitas vezes com roupagens bem conhecidas por vós: caboclos, crianças, pretos-velhos...
Mas chegará o dia em que nos manifestaremos com todo o nosso potencial.

Escrevo a vós essa missiva do alto do meu conhecimento de médium que um dia se manifestou neste orbe.

Assim, bendigo as falanges de Aruanda que chegam e trazem à Terra uma nova forma de amor, que trazem lux aos homens e mulheres humildes e puros de coração.

Aranauam, povo de Aruanda!

Salve o grande Caboclo das 7 Encruzilhadas !

Salve esta Rosa dos Ventos, que tem a grande missão de levar ao mundo a lux da Fraternidade Branca, integrando em seu bojo a Sagrada Umbanda!

Salve filhos amados !

Minha lux a todos ! A pax do Cristo é vossa !

Sanat Kumara,
seu irmão de Vênus !

Canalização de Lilian Pantoja – em 11/07/2010 –  Mesa de meditação do Grupo Rosa dos Ventos, da Associação Universalista Rosa dos Ventos, em Manaus- Amazonas.

Imagens e Altares - Por Pai Benedito



Pergunta: Pai Benedito, as imagens nos altares Umbandistas, realmente agregam algum valor energético?

Pai Benedito: Meu filho, quando respondemos perguntas deste tipo sempre gostamos de colocar que antes de nossa opinião de "morto" vem o nosso respeito em relação a todos os credos religiosos e de forma alguma desejamos aqui nestas palavras expressar a verdade suprema, mas tão somente uma visão do plano energético em que nos encontramos.

O Peji em nagô, ou Côme em jeje é um local sagrado da cultura Afro Brasileira, também chamado de Ilê Orixá (casa do Orixá), Ile axé, ou quarto de santo, onde fica o pepelê. Geralmente o pepelê é construído de madeira com entalhe artesanal ou alvenaria, denominado também de altar, onde são colocados os assentamentos dos Orixás, restrito aos filhos da casa, não é permitida a entrada de estranhos.

Na Umbanda é dado o nome de Peji ou congá para o altar, onde são colocadas as imagens de santos católicos e fica na sala principal onde são realizadas as cerimonias públicas.

Nas inúmeras casas onde tivemos oportunidade de estudar a manifestação da fé na mediunidade, encontramos santos católicos simbolizando os Orixás, ligados ao ritual da Cabula, encontramos também as imagens simbolizando o sincretismo africano e em outras ainda encontramos elementos naturais como ervas, pedras, águas etc.

A fé filho é uma flor que tem inúmeras pétalas, cada uma representando aqui a crença humana se enquadra em um momento, em um período da vida de cada ser onde Deus o Pai Supremo permite por amor a seus filhos que cada um se ligue em sua essência da forma que mais o leva a se conectar com o sagrado.
Lembramos aqui das palavras sábias de Jesus onde diz haver "muitas moradas na casa do Pai".

Nós do plano em que nos encontramos ainda estamos ligados por afinidade vibratória a lei de Umbanda, religião que tem muito ainda a realizar no cenário terrícola e respeitamos as diversas formas que ligam o ser ao Supremo, porém acreditamos que quanto mais elementos naturais comporem o altar mas força vibratória o mesmo agrega e tomando a liberdade de expressar nossa opinião, colocamos abaixo algumas delas:

PEDRAS: As pedras possuem uma força vibratória originada do tempo em que as mesmas se formaram, levam a energia dos quatro elementos e cada tipo agrega esta força ligada a força e ao fator de cada Orixa, podemos encontrar altares somente com pedras que devidamente ativadas atuam com força tanto atratora quanto irradiadora.

ÁGUAS: Temos diversas fontes de águas na natureza como: Cachoeiras, nascentes, corredeiras etc.. Cada uma agrega um tipo de energias associada a força do Orixa, lembrando que Orixas são qualidades divinas e não seres humanizados, não possuem forma, mas somente energia. Colocadas nos Pejís encontramos uma força aceleradora dos fatores de cada Orixa atuando no equilíbrio dos que lá frequentam sejam colaboradores ou assistidos.

ERVAS: KOSI EWÉ, KOSI ORIXÀ (Sem erva não há Orixá) do dialeto Yoruba, esta frase traduz e muito o fator de um altar composto somente com ervas. Na natureza encontramos vasto canteiro de cura, equilíbrio e purificação e podemos selecionar as ervas adequadas a função e fator de cada Orixá para compor o altar. Infelizmente encontramos um despreparo muito grande dos praticantes da Umbanda em relação ao conhecimento das ervas e quando encontramos cursos dispondo este conhecimento infelizmente vemos o mesmo preso somente a defumações e banhos, a utilização das ervas vai além, muito além disso.

Muitas são as formas de compormos um altar e milhares são ainda a forma de sintonia vibratória que cada um pode se ligar ao mesmo. Ainda na condição evolutiva do ser verificaremos em diversos locais não somente ligados ao cultos afros, as muletas psíquicas que auxiliam nossos irmãos terrícolas a se ligarem ao sagrado.
Encontraremos fruto do estágio evolutivo da terra ainda muitas criticas e verdades eleitas referente ao tema abordado, mas vale salientar que o que realmente temos que avaliar não é o altar, mas a eficácia da atividade desenvolvida, ou seja, devemos avaliar o quanto nosso trabalho tem sido eficiente, seja somente rezando o evangelho, aplicando o passe ou "girando no santo" desde que ele religue o ser a Deus e o faça desenvolver sua espiritualização é louvável de receber todo o respeito, respeito este que notamos ainda nos dias de hoje faltar e muito dentro das vertentes religiosas que se preocupam mais com a aparência do culto do que com sua eficiência perante a Deus.

Lembrando as palavras de nosso saudoso amigo e companheiro de jornada Baiano José:

 "Religião sem espiritualização é somente um amontoado de dogmas"

Deus não precisa de mais nomenclaturas religiosas filhos, Deus precisa de almas espiritualizadas...
Com muito amor deste negro velho


Pai Benedito - Canalizado por Géro Maita

Os Cristais e Os Orixás


Sabemos da importância dos elementos da natureza para trazer a energia de um Orixá até nós. Cultuar um Orixá é estar em contato com a própria natureza e reverenciá-la. Um dos elementos que podemos utilizar para atrairmos determinadas energias, ou padrões vibratórios específicos de cada Orixá, são os Cristais.
Sua vibração possui freqüência magnética e também um eixo energético, capaz de atrair, canalizar energias e concentrá-las.

Cada pedra possui uma ligação vibratória com cada um destes campos. Um cristal é capaz de atuar em várias dimensões de existência, a cada um de nossos amados Orixás.

Como se pudéssemos trazer para junto de nós um canal da energia de Ogum, outro da energia de Iansã, e assim por diante, através de uma pedra. Portanto, os Cristais são pequenos presentes que recebemos da Mãe Natureza, que nos ensinam, nos acolhem e nos direcionam. Muito se avançou nos estudos destes elementos, que sempre foram parte integrante de vários sistemas religiosos em todos os tempos. Mas desde as pesquisas dos alquimistas, na Idade Média, foi possível começar a comprovar cientificamente a eficácia energética de sua atuação. E não se parou desde então, as comprovações daquilo que nossos Caboclos e Pretos Velhos já falam há muito. Seu efeito terapêutico navega por várias nuanças dos efeitos físicos do desequilíbrio energético.
Tratamos com Cristais não só o corpo físico, mas também todas as camadas áuricas, e principalmente os Chakras e o fluxo energético do corpo que corre entre eles. São 7 Chakras principais e muitos outros periféricos, que quando em desequilíbrio, podem ser a razão dos mais diversos problemas físicos, mentais, emocionais e espirituais. Mas temos muito mais a descobrir.
Na Umbanda, as entidades que dominam este conhecimento, podem trazer uma infinidade de informações, tanto no aspecto da cura, como a Atuação Mágica destes elementos tão vitais. Um Cristal é capaz de canalizar, conter, expandir a Luz Espiritual. Suas aplicações são infinitas.
Utilizamos para:
Orixá Ogum – Utilizamos os metais ou pedras metálicas para defesa como: Magnetita, Hematita. Já para o outro papel que Ogum exerce que é o direcionamento, podemos utilizar a Sodalita, que contém em si este potencial.
Orixá Oxossi – Utilizamos as pedras verdes, mas em especial a Esmeralda, podemos usar o Quartzo Verde ou Amazonita, a que possui todos os poderes que abrangem a fartura, o equilíbrio mental e de consciência, a constância e o trabalho, mas principalmente a magia.
Já para Odé, energia que precedeu Oxossi no Panteão, podemos utilizar o Lápis Lázuli ou a Safira azul, ambas trabalham a abertura mental e a conexão espiritual.
Orixá Oxum - A energia da riqueza pode ser canalizada através da Pirita e do Citrino, já a energia do Amor pode ser canalizada pelo Quartzo Rosa, Rodocrasita e também a Lepdolita.
Orixá Iansã – Para esta energia utilizamos o Metal Cobre em artefatos, ou podemos nos beneficiar também da energia do Citrino
Orixá Xangô – Utilizamos a energia do Rubi , que é entre outras coisas, canal da Justiça Divina. Podemos usar o Jaspe Marrom ou Mogno.
Orixá Obaluayê – Poderosas energias de cura possuem as Ametistas, inclusive para tratar problemas de pele. O Quartzo Fumê também pode ser usado.
Orixá Iemanjá – Podemos utilizar a sua principal pedra que é a Água Marinha, pois sua atuação é muito intensa, trazendo calma, paz interior, aproximando as entidades protetoras e limpando o emocional, o mental e o físico de energias nocivas. Mas a nobre pedra de Iemanjá é a Safira.
Orixá Oxalá – A Oxalá pertencem as pedras brancas, mas em especial o Cristal Branco que simboliza a Fé, a Harmonia, a Purificação.
Orixá Ossain – Também utilizamos para Ossain a Esmeralda, principalmente lapidada em forma de tartaruga.
Orixá Oiá – Para ela utilizamos o Quartzo Rutilado, Traz estabilidade.
Desenvolve o centro de energia no qual é usado.
Orixá Oxumaré – Para canalizar a sua energia a Fluorita, deve ser empregada.
Para Oba - a Senhora da terra, vamos usar a Madeira Petrificada. A pedra da transformação.
Orixá Egunitá - a forca da energia da Ágata de Fogo para envolver as forcas dessas radiação.
Para Nanã Buruquê - A Ametista por ser uma pedra de sabedoria e compreensão e que oferece confiança e paz . Transporta a energia transmutadora do raio violeta.
Orixá Omulú – Para canalizar sua energia usamos Ônix ou Obsidiana, para favorecer a luz a tudo o que está no meio da escuridão.
Exu – Em geral as pedras pretas, que possuem a capacidade de lidar com energias mais densas e pesadas. A Turmalina Preta é capaz de Transformar a energia negativa e dissolvê-la, nem que para isso ela se desfaça e vire pó. Sinal que cumpriu sua missão.

Fonte: http://pedra-luz.blogspot.com/

Umbandista. Você Conhece os Nossos Direitos?



VOCÊ SABIA?
Você sabia que os templos religiosos - terreiros são isentos de IPTU? 

RESPEITO À PRIVACIDADE
Não podem ser objeto de registro os dados referentes a convicções filosóficas, política e religiosa, a filiação partidária e sindical, nem os que digam respeito à vida privada e à intimidade pessoal, salvo quando se tratar de processamento estatístico, não individualizado (artigo 21 da Constituição Estadual).

LIBERDADE DE CRENÇA
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma de lei, a proteção dos locais de culto suas liturgias e seguidores (artigo 22 da Constituição Estadual).

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Não são admitidas a pregação da intolerância religiosa ou a difusão de preconceitos de qualquer espécie (parágrafo 2º do artigo 22 da Constituição Estadual).

RESPEITO AOS TEMPLOS
São invioláveis as sedes de entidades associativas, ressalvados os casos previstos em lei ( parágrafo 3º do artigo 22 da Constituição Estadual).

PROTEÇÃO DA POLÍCIA
A força policial só intervirá para garantir o exercício do direito de reunião e demais liberdades constitucionais, bem como para a defesa da segurança pessoal e do patrimônio público e privado, cabendo responsabilidade pelos excessos que cometer. (parágrafo único do artigo 23 da Constituição Estadual).

GOVERNO X CULTOS
É vedado ao estado e aos municípios embaraçar o exercício dos cultos religiosos (artigo 71 da Constituição Estadual).

PROTEÇÃO ÀS DIFERENÇAS
São vedadas a propaganda, as divulgações e as manifestações, sob qualquer forma, que atentem contra ás diferenças raciais, étnicas ou religiosas, bem assim a constituição e funcionamento de empresas ou organizações que visem ou exerçam aquelas práticas. (parágrafo 1º do artigo 331 da Constituição Estadual).

ISENÇÃO DE IPTU PARA OS TEMPLOS
Os dirigentes devem dar entrada num requerimento nos plantões fiscais do IPTU pedindo isenção. A lei é extensiva aos imóveis alugados para funcionarem como Terreiros e aos próprios devidamente legalizados nos respectivos cartórios de registro de imóveis.. (Lei 1936 de 30/12/92 – inciso 22 do artigo 61 na Lei 691/84)
http://choupanadocaboclopery.blogspot.com

Com o Espírito Incorporado



Sempre digo que o kardecismo é muito mais tolerante que a Umbanda. Na mesa um espírito incorpora, deixa uma linda mensagem de amor ou de advertência para os perigos mundanos sem a necessidade de dizer seu nome. Na umbanda, ele tem que incorporar no ponto de chamada, com a tipicidade da linha (caboclo, preto-velho ou criança), cumprir todas as ordens da hierarquia do terreiro, riscar o seu ponto individual, beber, fumar e dar seu nome, correndo o risco de, se não cumprir tudo, ser chamada a sua atenção.

Claro que tudo será feito com cautela e tempo de treinamento. Para chegar a isso, o médium passa uma dificuldade de saber o que fazer dentro do terreiro. Ele está incorporado com o Orixá, sentindo toda sua energia, mas ainda falta muito para dar o passo certo como cavalo bem domado, chegando mesmo em alguns momentos achar que o espírito se afastou, fato explicado pelo impulso mental do médium. Nessa parte quero chamar a atenção de um fato de grande importância. Dificilmente um médium é sonâmbulo (ou inconsciente, como alguns dizem), sendo o mais comum o médium consciente, aquele que sabe o que está acontecendo, mas não tem o controle das palavras e dos gestos.

É o que chamamos de terceira energia. Vejam como funciona: existe uma fusão do espírito do médium com o espírito comunicante, criando-se uma terceira energia. Gosto de dar exemplos. O café e o leite, separados, são puros. Misturados criam uma terceira bebida, podendo ser mais preto ou mais branco, conforme a quantidade das bebidas. Mas sempre, a união de ambos, terá uma terceira qualidade. É impossível a comunicação pura do espírito. O importante é a presença do espírito, com maior ou menor intensidade. Voltando ao médium perdido no terreiro, o seu impulso inicial é procurar alguém para lhe dar um passe ou tocar em sua testa. Muitos dirigentes não gostam desse procedimento e inibem o espírito de fazer isso, o que é um erro porque, talvez até mais que o próprio dirigente, é o espírito quem quer o desenvolvimento de seu cavalo escolhido.

Recomendo para minha hierarquia deixar que isso aconteça, sem exageros, é claro. Com o decorrer do tempo esse médium ganha um charuto, cachimbo ou cigarro de palha, conforme a entidade, e é quando ele começa a se acalmar, até procurar um lugar para sentar. Daí para riscar o ponto é bem mais rápido. Quero anotar aqui, para conhecimento dos médiuns em desenvolvimento, alguns erros que atrapalham bastante a evolução da mediunidade: não procurar, sob nenhuma hipótese, tentar adivinhar o nome do espírito; não querer riscar o ponto sem antes estar bem assentado com a entidade; não tentar dar avisos e recomendações a ninguém; não ter ciúmes do espírito e não pensar que ele é seu, porque espírito não tem dono.

# É comum o médium incorporado procurar um amigo seu para lhe dar um passe ou falar com ele, e isso não invalida a incorporação e não quer dizer que foi o médium que procurou e não o espírito, principalmente porque a entidade, sabendo das dificuldades de seu cavalo, tenta de todas as formas facilitar a incorporação. Alguém já me perguntou como o espírito sabe que a pessoa é amiga do médium. Respondi convicto: mais do que o guia, ninguém conhece tanto os amigos de seu protegido.

# É fundamental ao médium confiar nos dirigentes do terreiro. Incorporem que as pessoas responsáveis estão lhe cuidando. Eu, na primeira vez que fui ao terreiro da Umbanda, senti a incorporação e saí dando passes para o ar e quase caí dentro do Congá. Meu pai-de-santo carinhosamente ajudou-me a levantar e disse: "você não está na mesa kardecista, e sim em um Terreiro de Umbanda. Com o tempo você aprende". E eu tinha vinte e cinco anos de experiência, o que me fez responder ao pai-de-santo: "estou nas suas mãos, vou esquecer momentaneamente tudo que sei do espiritismo". E foi o que fiz, sem nenhum arrependimento. Fazia, sem questionar, tudo que o pai-de-santo mandava.

Na Umbanda, os médiuns mais comuns são os de incorporação e os de intuição".

Perguntas e respostas sobre Mediunidade:
Pergunta: Para os espíritos trabalharem dentro da casa na lei de Umbanda tem que se manifestar como Caboclo, como criança ou como Preto-Velho? Ogum é índio ou é um soldado romano?
Resposta: A característica de Ogum que vem com uma armadura é porque nós fizemos estes símbolos. A Umbanda é cheia de folclore, e o folclore é aproveitado pelos espíritos. Um Ogum é qualquer filho de Ogum. O simbolismo pode ser o Romano, mas o espírito incorporado é o Índio.
Comentário da Mãe Lucília de Iemanjá: tem horas que a gente tem que saber segurar a vibração.
Comentário do Pai Fernando: Tem que aprender a se curvar diante do ponto cantado. No ponto de Preto-Velho não pode vir um Caboclo. Quando se canta Iemanjá, tem que vir Iemanjá e não Iansã.

Pergunta: Mas pode acontecer de um Preto incorporar num ponto de Caboclo?
Resposta: Pode, mas está errado.
Comentário da Mãe Jô de Oxum: Se alguém em um trabalho precisa de energia de Iemanjá é legal que as pessoas da corrente se concentrem e tragam esta energia para fortalecer este campo de força que está sendo formado. Incorporar espíritos que não estão sendo chamados pode atrapalhar na formação deste campo.
Comentário do Pai André de Xangô: Quando se chama Iemanjá podem vir ondinas , sereias, caboclos e caboclas.
Comentário do Pai Fernando: A Umbanda é muito mais complicada que o Kardecismo, mas é mais fácil, pois não cai na mentira. O espírito tem que vir no ponto certo, riscar o ponto certo, beber a bebida certa. No Kardecismo é fácil a entrada de espíritos obsessores, mas eles são reconhecidos pois nunca falam em nome de Jesus.
Comentário do Pai Fernando: é muito importante a compreensão da existência de uma terceira energia. É como se fosse um café com leite, o médium e o espírito.
Comentário do Pai André de Xangô: uma incorporação é como se tivesse o espírito do médium e o espírito sozinhos dentro de um quarto (o nosso corpo). A melhor incorporação é aquela em que a pessoa consegue fica sentada e quieta em um canto do quarto, enquanto deixa o espírito fazer tudo que precisa. Eu me lembro de uma das primeiras vezes em que o Pai Fernando estava incorporando o Caboclo Akuan, o pai-de-santo Edmundo Ferro chegou perto dele e disse: "Fernando, sinta-se um Caboclo"
Comentário da Mãe Lucília de Iemanjá: Durante a incorporação não se deve ter vergonha, nem incorporar pensando no que o outro está pensando de você.

Pergunta: Como eu sei que um Caboclo é um Caboclo, que um Cigano é um Cigano?
Resposta Mãe Lucília de Iemanjá: Sob o comando da música.
Os Pretos-Velhos e os Caboclos podem trabalhar juntos, mas cada um vem em seu ponto de chamada.

Pergunta: Na incorporação de Ogum, faz três anos que eu giro, giro, giro e ele vai embora. Por quê?
Resposta: Pode ser que não houve a formação certa da terceira energia.
Comentário do Pai André de Xangô: O sentido do tempo também tem umas considerações. A umbanda não é como um curso que se você fizer direitinho no final do curso você vai receber um diploma. Na Umbanda não existe este tempo, cada um tem um tempo diferente.

Pergunta: Iansã tem necessidade de cumprimentar?
Resposta: Não, ondina não cumprimenta, pois ela é só vibração.
Comentário do Pai André de Xangô: Ondinas são elementares, nunca tiveram um corpo físico. O Caboclo Sete Pedreiras disse uma vez que todos nós somos protegidos pelos nossos próprios guias e pelos membros espirituais desta casa. Falou também que todo escudo é poderoso, mas é projetado para proteger o que vem de fora, se quiser fragilizá-lo é só atacar pelo lado avesso, que não tem blindagem. O que o caboclo quis dizer com isso é que o que enfraquece a gente são os nossos medos, as nossas angústias, coisas que estão dentro da gente.

Fonte: http://www.paimaneco.org.br/