terça-feira, 4 de junho de 2013

Ponto Cantado

É o conjunto de músicas próprias utilizadas em rituais umbandistas. Servem para os mais diversos fins, como por exemplo, receber uma visita, homenagear uma entidade etc.
Os pontos cantados na Umbanda são as prece e as invocação das falanges, chamando-as ao convívio das suas reuniões que, no momento, se iniciam.
Todas as religiões têm os seus cânticos. Assim, a Umbanda usa os seus pontos cantados, dos quais, entretanto não se deve abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para os trabalhos, sejam de magia, de descarrego ou de desenvolvimento de médiuns. Mas prestem  bem atenção. Não deturpem os pontos com excesso de cantos, muitas vezes impróprios para o momento, pois um ponto mal tirado (cantado), fora do seu âmbito, não produzirá o efeito desejado, prejudicando a aproximação das falanges e até mesmo perturbando o ambiente, pois essas falanges não estão sendo chamadas como deveriam ser. Cantem os seus pontos em harmonia, sem exageros, com cadência própria, porque a harmonia dos sons, é uma das mais importantes partes da magia e dela depende, dentro da Umbanda, a vinda dos guias e protetores espirituais, para darem a luz necessária, na verdadeira construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces em forma de canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda. Em resumo, nós umbandistas, utilizamos os pontos cantados para entrar-mos em sintonia com as forças do astral. Em outras palavras, através dos pontos cantados, conseguimos buscar as forças espirituais das entidades, para atuarem diretamente sobre os trabalhos que estão sendo realizados..
Para entoar as melodias dos pontos cantados, são formadas as curimbas nos terreiros de Umbanda. A curimba geralmente é composta de: Ogãs Curimbeiros (somente canto), Ogãs Atabaqueiros (somente percussão) e Ogãs Curimbeiros e Atabaqueiros (canta e toca percussão).
A curimba de um terreiro, exerce uma função de suma importância e, em razão disso, deve desenvolver um trabalho altamente sério e bem intencionado, pois todo o andamento dos trabalhos (gira), é ligado diretamente a curimba.
Vale também lembrar, que a palavra “Ogã”, é de origem Yorubá, que significa em nossa língua “Senhor da minha casa”. Portanto, a curimba deve ser encarada como uma função de grande honra e importância, para quem dela participa diretamente.
É obrigação de todo Ogã, conhecer os diversos ritmos dos pontos e o momento certo de cantá-los. Devem também,  saber o nome de todas as entidades espirituais que trabalham em seu terreiro, saber distinguir rapidamente uma entidade de outra, e  saber sempre, na ponta da língua, todas as saudações destinadas aos guias, protetores e orixás, da nossa querida Umbanda.
Émuito importante, que o ponto seja cantado de forma correta. Devemos analisar a letra e a melodia , e cantar com muito respeito e emoção, sem gritaria e sem brincadeiras. Afinal, o ponto é uma prece, portanto, vamos cantar com muito amor e devoção.
A curimba é responsável pela preparação do ambiente, tornando-o propício e harmonizado com o plano espiritual.
É costume dizer que a curimba é responsável pela segurança do terreiro, pois é através da firmeza dos responsáveis pela curimba que a gira transcorre normalmente ou pode virar.
Quando falamos em virar a gira, estamos dizendo que, é através do chamado dos ogãs, que as entidades positivas ou negativas atuam diretamente sobre os rituais que estão sendo realizados.
Devemos tocar os instrumentos ritualisticos e não bater de forma desordenas. Deve existir uma harmonia, uma simetria, uma afinação entre os instrumentos de couro, os instrumentos de metal e a voz humana, dentro da curimba.
Os instrumentos devem ser afinados conforme as condições de tempo (temperatura) e espaço físico. Por exemplo: no verão devemos deixar o couro dos atabaques um pouco mais folgados, pois o calor agrupa as moléculas do couro, fazendo com que os mesmo fiquem mais apertados, a medida em que são tocados, coisa que não acontece no inverno, onde o frio faz com que o couro se torne úmido e mole.
Os instrumentos mais comuns dentro do ritual umbandista são os atabaques, em conjunto de três, agogô, afoxé, pandeiro, maracas, triângulo, ganzá, adjá  e o berimbau.
O conjunto dos atabaques são constituídos por três tamanhos diferentes, sendo o menor chamado de rum, o médio chamado de rumpí e o maior chamado de lê.
Nem todos os instrumentos são utilizados nos terreiros e centros, o mais comum é a utilização somente dos atabaques.
As palmas, também estão incorporadas nos rituais umbandistas, pois também é uma forma de comunicação com o plano astral, pois através delas, podemos expressar nossas emoções e a satisfação em ver uma entidade espiritual em terra.
Os pontos cantados são divididos conforme suas caraterísticas, pois cada tipo de ponto serve para um determinado fim.

HINOS

São entoados em cerimônias especiais, tais como a comemoração de fundação de um terreiro, formaturas de sacerdotes, apresentações públicas, e em reuniões onde encontram-se várias personalidades civis da Umbanda.

ABERTURA

São entoados para dar início aos trabalhos espirituais, sejam eles de qualquer natureza.

ENCERRAMENTO

São utilizados par encerrar os trabalhos espirituais, sejam eles de qualquer natureza.

BATER CABEÇA

Utilizados pelo corpo mediúnico em geral, para fazerem suas saudações aos guias, protetores e orixás, diante do congá.

DEFUMAÇÃO

Cantados quando é efetuada a queima das ervas aromáticas, durante o ritual de defumação.

CHAMADA

Pontos utilizados para chamar as entidades espirituais, no local onde estão sendo realizados os trabalhos.

SUBIDA

São entoados no momento em que, as entidades que estão em terra, estão se preparando para fazerem o retorno ao plano espiritual. 

DESCARREGO

São cantados para firmar as linhas que irão trabalhar no descarrego, e também, para firmar as falanges que vão atuar na cobertura.

VISITA

São apropriados para receber, saudar e despedir-se de um visitante, ou para entrar e sair de um terreiro visitado.

SAUDAÇÕES

São melodias usadas para homenagear autoridades, presentes no terreiro, ou em apresentações publicas.

POVOS

São utilizados para exaltar os povos (Baianos, Ciganos, Marinheiros, Boiadeiros, Povo da Rua e etc.). São pontos secundários (cruzados) e exclusivos a estas entidades, onde através dos mesmos, fazemos nossas saudações e  agradecimentos. Não existe pontos primitivos para os povos, pois todas essas entidades espirituais, obedecem ao comando de um determinado orixá.

PRIMITIVOS

São pontos que citam especificamente um orixá. Nesses pontos entram somente, o nome do orixá, armas, adereços costumes e etc. Não entram nomes de caboclos ou entidades espirituais que trabalham nas respectivas linhas dos orixás, nem o nome de um outro orixá.
Quando os pontos primitivos são utilizados?
  • Homenagem ao orixá.
  • Obrigações.
  • Quando não se sabe o nome de uma entidade que trabalha na vibração de um determinado orixá.

CRUZADOS

São os pontos que citam mais de um orixá, ou entidades espirituais que trabalham na vibração desse orixá. Nestes pontos é comum o cruzamento do orixá e tudo que diz respeito a ele e aos guias de sua falange.
Quando os pontos cruzados são utilizados?
  • Para especificar o nome de uma ou mais entidades.
  • Para especificar o nome do orixá e seus guias.
  • Para chamada especifica de uma entidade.
  • Na necessidade de se cruzarem duas ou mais vibrações.

SACRAMENTOS

São cantados em ocasiões especiais, onde são realizadas cerimônias de casamentos, batizados etc.

Elementos da Umbanda


água

Água

Pela sua natureza e procedência (mar, rio, chuva e poços), a água contém energia própria. Essa energia é fruto do contato com a natureza (areia, pedra e solo), que resulta na capacidade de absorver, acumular ou descarregar energias.
Nas mãos das entidades, é utilizada como remédio, como alimetno repositor de energias, para descarregar, para purificar imantar ou ser imantada.


Atabaques

Atabaques

Instrumento de percussão de origem árabe, com armação de madeira, no formato de barril, oco por dentro, com couro amarrado na parte superior. Em árabe atabaque (at-tabaq) quer dizer "prato", eles servem para manter o ambiente sob uma vibração homogênea e contribuem para que os médiuns permaneçam em sitonia. Nos terreiros de candomblé, o atabaque maior é denominado de Rum (som grave), o médio Rumpi (som médio) e o pequeno Runlê ou Lê (som agudo).

bebidas

Bebidas (Curiador)

As entidades e guias da Umbanda utilizam-se dos elementos que compões a bebida para realizarem seus trabalhos de limpeza e purificação, tanto do consulente, como de ambientes. O álcool, em sua essência, é liquido extremamente volátil, que facilmente transcende do plano material para o etéreo, sendo sendo excelente auxiliar para a limpeza de energias negativas impregnadas no perispírito.
Cada linha de trabalho possui seu próprio "curiador", ou seja, a bebida correta paara cada uma delas.


Fumo

Coité

É um recipiente, feito a partir da casca de côco, que as entidades utilizam para comer e beber.



Comida de Santo

Comida - Amalá

Muita gente pensa que a finalidade de um amalá é dar de comer aos espíritos. Erro grosseiro porque o espírito de luz não tem nenhuma necessidade de comidas humanas, por não terem mais o corpo físico. O amalá é um ritual que se faz com elementos que vibram na sintonia dos espíritos, que eles usam para criar um campo de força. O amalá reúne a força do médium, do Orixá e dos espíritos que vêm aceitar e se comprometer a executar o trabalho.


Congá

Congal (congá)

Ao chegarmos em um Templo de Umbanda, via de regra observamos na posição frontal posterior ao salão de trabalhos mediúnico-espirituais um conjunto de objetos (cruz, imagens, símbolos, velas, flores, etc). A este espaço especificamente destinado a recepcionar um conjunto de peças litúrgico-magistas, denominamos de Congal, Congá ou Altar.
Serve como elo tangível de ligação para concentração, afloramento e direcionamento do teor mental. No que concerne a sugestibilidade , o Congal, por sua arrumação, beleza, liminosidade, vibração, etc., estimula médiuns e assistentes a elevarem seus padrões vibratórios e a serem envolvidos por feixes cristalinos de paz, amor, caridade e fraternidade, emanados pela entidade atuante.
O Congal é um núcleo de forças, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador, e alimentador dos mais diferentes tipos de níveis de energia e magnetismo.
O Congal dentro dos templos umbandistas tem fundamento, tem uma razão de ser, pois é sustentado pelo plano astral superior e é pautado em bases sólidas e racionais.



Defumação

Defumação

Ato de purificar o ser, o objeto e o ambiente, através da fumaça, expulsa o negativo, através de aromas e ervas, de acordo com a necessidade da utilização.
O aroma, desperta alguns centros nervosos das pessoas, fazendo-os vibrar de acordo com as irradiações fluídicas das entidades.
As ervas utilizadas na defumação são poderosos agentes de limpeza vibratória, que tornam o ambiente mais agradável e leve. Ao queimarmos as ervas liberamos todo o poder energético aglutinado nas mesmas, projetando uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos.
De acordo com o objetivo da defumação, existem diversos tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao serem queimadas, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível.


Fogo

Fogo

Utilizado para acender defumadores, charuto, cachimbo, cigarro e pólvora, bem como para cozinhar as comidas oferecidas às Entidades. Associado nos ritos de magia da religião como afastador de espíritos ruins.
O fogo da pólvora (tuia) produz o estouro e a fumaça para que expulse a negatividade, rompendo o campo magnético de pessoas e ambientes.


Fumo

Fumo

É a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada em nossa religião, é utilizado como componente para defumação, onde conjuga o fogo e a fumaça para a destruição dos campos magnéticos negativos. Assim, o que as entidades da Umbanda fazem é utilizarem ervas, juntamente com os elementos água, fogo e ar para realizarem suas magias e defumações, desestruturando larvas astrais, miasmas e desagregando energias negativas e danosas à aura do consulente e ou do ambiente.

Guias

Guias

É um colar ritual de miçangas, contas de cristal, de louça, de frutos pequenos, construídos de acordo com a Entidade, que designa também a cor de sua preferência. É um elo de ligação entre o médium e a entidade espiritual, de uso pessoal, individual e intransferível.


Pólvora

Passe

É um veículo utilizado pelas entidades para atender aos necessitados, é uma transfusão de energia psicofísicas e de amor, onde o companheiro do bem cede de si mesmo, em benefício de outrem (Emmanuel).



PembaPemba
É a força esotérica da escrita astral, na Umbanda é feita pela Pemba (giz oval - forma cônica), que tem o poder de abrir e fechar trabalhos de magia, e de purificar, quando em forma de pó é lançada ao ar no ambiente em que se utiliza.


Pólvora

Pólvora (tuia, fundanga)

Utilizada para o deslocamento do éter (ar) para desintegração de campos de forças muito densos de pessoas e ambientes.




Pólvora

Sal Grosso

O sal grosso é assim chamado por não ter passado pelo processo de refino industrial, é um composto químico nominado de cloreto de sódio (cloro e sódio).
O cloro e formado por moléculas de grande poder germicida e bactericida e o sódio é um metal invisível a olho nu, tem função de agir como condutor térmico e eliminador de corpos nocivos à saúde. Assim sendo, os etéreos do sal grosso é que fazem a limpeza fluídica.

velas

Velas

Vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.
São ponto de convergência para que o umbandista fixe sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou. Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito

Defumação

Defumação
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda.
É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.

Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior.

Existem dois tipos de defumação;
a defumação de descarrego e defumação lustral.

Defumação de Descarrego

Serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.

Defumação Lustral

Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos.
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois da defumação de descarrego.

AS 7 Forças do Medium


Amor

O amor

É O Supremo Incriador, o Poder Absoluto que gerou a natureza e todas as outras coisas É a força eterna, fonte do tudo e do nada. O amor é a base de tudo, envolve a estrutura de todos os fatos no desenvolvimento.


bebidas

A piedade

É o sentimento de devoção e de dar auxílio, ajudar, compadecer do sentimento alheio. Bondade para com o próximo, que causa para o médium um bem-estar no ato. É a força doada pelo Criador do Céu e da Terra, exemplificada na criação do Universo astral, como segunda via de evolução para voltar ás origens.

Humildade

Humildade

É o sentimento de simplicidade nas expressões a si mesmo; submissão á força superior; conhecimento de sua razão e respeito á do outro. Pedir com devoção conhecendo o seu valor e o da fonte superior. Conhecer o seu lugar, o seu eu, a sua missão, para seguir o seu caminho com resignação.
 
A fé

A Fé

É o sentimento da crença, do credito, do valor recebido, a confiança, a graça alcançada vinda de "cima", das forças superiores. É também, complemento da força da humildade.


Firmeza

Firmeza

Esta é a força adquirida pela sabedoria. O equilíbrio de forças adquirido através da pesquisa, do interesse, na busca dos conhecimentos das Leis Sagradas. Conhecendo estas Leis, terá forças para saber como agir e porque agir. É saber pagar o que deve, para receber o que merece.

Fogo

Segurança

Forca adquirida pelo conhecimento da origem das coisas. Só se sente seguro em determinado lugar quem conhece profundamente este lugar. Quando estamos numa ponte, só nos sentimos seguros quando vemos as suas estrutura, suas bases, o material de que é feita, quem a fez e com que finalidade. Conhecendo a origem da ponte, então nos sentimos seguros. E nós, o que somos?, Como nos sentimos seguros de nós mesmos sem conhecer a nossa origem!

Pemba

A Força

É o conhecimento dos rituais e da magia. A força do médium depende de seus conhecimentos da mística espiritual. Estes conhecimentos são adquiridos á medida que são merecidos e dados ou autorizados pelo Pai de Coroa (guia de frente), seja ele de uma banda ou de outra. Se o médium conhece as Leis Sagradas, ele sabe a que caminho leva uma banda ou outra, se está na banda de Luz (quem conhece a Luz, também conhece as trevas e por isso prefere a Luz), seu caminho será conduzido pela Luz. Se a força do médium é adquirida pelas trevas (quem vive nas trevas é porque não conhece a Luz), seu caminho será conduzido pelas trevas. O símbolo da forca de um médium é o próprio ponto de força de seu Pai de Coroa.

Dogmas, Crenças e Fundamentos

Dogma é o ponto fundamental de uma doutrina religiosa. A Umbanda também possui seus dogmas, crenças e fundamentos.
  • Acreditamos em Deus eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, onisciente e onipresente;
  • Cremos na existência dos Orixás, Espíritos de Plano Superior, que comandam as 7 linhas ou vibrações da Umbanda;
  • Temos a reencarnação como ponto pacífico, logo, indiscutível;
  • Cremos na existência de seres fora da matéria e na sobrevivência de nossa própria alma após a morte do corpo físico, significando que o espírito não morre, mas sobrevive ao homem, em caminho de evolução;
  • Há possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados, através da faculdade mediúnica;
  • Existe uma Lei de Causa e Efeito, pela qual colhemos tudo o que plantamos. Não há acaso, tudo é consequencia;
  • O progresso individual ou as situações na vida são produtos de seu livre arbítrio ou escolha das provas antes da descida à matéria;
  • Amai-vos uns ao outros é o lema principal da Umbanda, manifestado na prática da caridade , tanto na palavra como na ação;
  • Acreditamos a existência de ouros mundos habitados, não constituindo a Terra exceção do universo. Há mundos mais adiantados e orbes mais atrasados. A terra é um plano de expiação, aprendizado e de correção moral;
  • Não há espíritos voltados eternamente para o mal, mas seres em estágio de aprendizado;
  • Todos temos guias espirituais que nos acompanham nos moldes dos anjos de guarda, porém, com faculdade de se comunicarem conosco, através da mediunidade;
  • Jesus Cristo foi o espírito de categoria mais elevada que já encarnou entre nós;
  • Adotamos a liberdade da prática religiosa, respeitadas, entretanto, as leis dos poderes legalmente constituídos;
  • Todos somos iguais, porque somos filhos do mesmo Deus de justiça, Sabedoria e Amor;
  • A afirmação de que todas as religiões constituem os diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a Deus, significando que todas as religiões têm uma única finalidade: Aperfeiçoar o homem e levá-lo para Deus. Daí o nosso respeito a todas elas, pois cada um se afiniza com uma corrente religiosa que esteja em correspondência ao seu grau de compreensão e evolução.

Filosofia e Mandamentos

A Umbanda Sagrada é uma religião livre de dogmas e leis predeterminada em livros sagrados ou criados por homens. A mesma não reconhece nenhum livro como sagrado e tem na contemplação da natureza o Sagrado. Centenas de livros na biblioteca Umbandista são considerados livros de fé, pesquisa e estudo para melhor compreensão de seu sistema filosófico.
Mas se é que tenha que haver um dogma, que seja ética e bom senso.
A religião segue na crença da evolução do setenário sagrado que todos trazem em si. Setenário este conhecido como sentidos da vida e são: Fé, Amor, Conhecimento, Equilíbrio, Ordem, Evolução e Geração.
Assim podemos vislumbrar como atua a ética neste sentidos da vida.
Desenvlvimento da Fé
Desenvolvimento da Fé é o sentido de crer, mantê-lo lúcido longe das ilusões da matéria promovendo assim a transcendência espiritual do seu Ser;


Prática do Amor
AMOR
Prática do Amor e do perdão constantemente, amar a todos sem distinção de credo, raça, cor, etc, somos todos partes de um único Criador e nos manter em comunhão com sua criação é estar próximo do Mesmo;


ConhecimentoCONHECIMENTO
É o sentido que promove a expansão consciencial do ser, o desenvolvimento racional e intelectual equacionado com o emocional desenvolve no ser sua evolução mental, buscar o conhecimento sobre o todo é obrigação do ser e não usar jamais o conhecimento para ludibriar ou envolver negativamente o próximo menos favorecido, o fato de alcançar conhecimentos elevados em qualquer campo da vida gera no conhecedor maior responsabilidade perante o próximo e a natureza;

EquilíbrioEQUILÍBRIO
Equilíbrio é o senso de justiça que vamos aperfeiçoando conforme aprimoramos o nosso ser, buscar equilíbrio entre nossos instintos e emoções é fundamental para melhor assentarmos nosso ser no contexto divino a qual estamos inseridos e melhor contribuir para o desenvolvimento dos nossos semelhantes e natureza a qual habitamos. Atingir a noção exata entre um ato de seu interesse que pode ferir a harmonia do próximo é a meta para todos;

Ordem
ORDEM
A inexistência do caos, o ser precisa constantemente ordenar seus pensamentos e emoções para que não crie um caos intimo e tampouco ao seu redor e com os seus;




Evolução
EVOLUÇÃO
Evoluir é transmutar o seu ser limitado por pré-conceitos e conceitos errôneos, emoções desequilibradas em tudo o que pode ser de mais harmônico, curando a si próprio e libertando-se da amarras criado por si próprio, promovendo assim a integração consciente com a Criação Divina e auxiliando a evolução dos semelhantes e da própria natureza a qual faz parte.


Geração
GERAÇÃO
É a vida propriamente dita, assim como a criação e a criatividade que proporciona aos seres sua adaptação em qualquer meio. Já a multiplicação é fato presente em toda a criação de Deus, tudo o que Ele gera se multiplica, quer seja entre os humanos ou entre os micros seres vivos do Universo. Logo, o papel do ser racional que somos é conhecer e zelar pela vida planetária, buscando o equilíbrio da natureza a qual promove e mantém a vida.

Estes pontos é o que podemos ter como Ética Filosófica da Umbanda Sagrada, ou até mesmo como os Sete Mandamentos da Umbanda.

Orixás Ancestrais, Frente e Adjunto

Orixá Ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que este foi gerado por Deus e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutável e eterna. Poderemos reencarnar mil vezes e sob as mais diversas irradiações, e nunca mudará nossa natureza íntima.
Significado de Bater Cabeça
Orixá de frente é aquele que rege a atual encarnação do ser e o conduz numa direção no qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno permanente. 
Orixá Adjunto é aquele que forma par com o Orixá de frente, apassivando ou estimulando o ser, sempre visando ao seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente.

A cada encarnação, há troca de regência de encarnação. E nessa troca, os seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os Orixás.
Na ancestralidade, todo ser macho é filho de um Orixá masculino e todo ser fêmea é filha de um Orixá feminino.
Existem sete naturezas masculinas e sete naturezas femininas tão marcantes que é impossível ao bom observador não vê-las nas pessoas.
Podemos identificar a ancestralidade de alguém observando o olhar, as feições, os traços, os gestos, a postura etc., pois estes sinais são oriundos da natureza íntima do ser, apassivada pela regência de encarnação, mas não anulada por ela.
Podemos identificar o Orixá Adjunto nos gestos e nas iniciativas das pessoas, já que é por intermédio do emocional que ele atua.

De Joelhos no Chão

Significado de Bater Cabeça
Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento.
É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais o Ajoelhar , exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelhos fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior.
A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha como instrumento de trabalho dos bons espíritos.

Ato de Bater a Cabeça

Significado de Bater Cabeça
Talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Significado de Bater CabeçaTambém pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento.
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pelos, orixás, guias e entidades, e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, em função de doutrina e fundamentos próprios.

Postura nos templos de Umbanda


O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.
Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade.
Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos.
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.
Alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência. Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.
Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como conseqüência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.
O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um. A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção. A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de Umbanda.


Significado das Penas

Significado de Bater Cabeça
Existia uma Lenda que o índio que praticava uma ação em benefício de alguém ou da aldeia, recebia uma faixa de couro (tiara), que era colocada em sua testa (chacra Frontal), sendo presa nesta tiara uma pena com a cor de acordo com a ação que realizará.


A pena Carijó aos que cuidavam das Armas
A pena Dourada era destinada aos Sábios e Conselheiros.
A pena Roxa simbolizava as caçadas importantes
A pena Verde aos que cuidavam das Plantas, Folhas e Frutos
A pena Branca era símbolo da Fé e do Amor
A pena Azul era dada àqueles que protegiam a Aldeia
A pena Vermelha aos grandes Guerreiros