sexta-feira, 3 de maio de 2013

CIGANA CARMELITA

CIGANA CARMELITA


Dizem que por volta de 1200 na Espanha quem não pertencia ao Catolicismo, eram perseguidos pela igreja e tratados como hereges.

...Foi nesse cenário que um acampamento de ciganos foi dizimado, só restando uma mulher com seu filho.

Na fuga acabaram na orla de uma praia e são recolhidos por piratas.

Ao embarcarem a mulher morre e o menino e criado pelos piratas. O menino virou homem e adaptou-se na vida de pirataria.
Certa vez, retornaram a praia onde o menino tinha sido encontrado,como a igreja trocava favores com os piratas o jovem rapaz pode circular pela cidade livremente.

Ali perto existia um acampamento cigano e o rapaz foi ate la e contou sua historia e foi muito bem recebido pelo clã de ciganos. Sempre que podia ele ia ate lá só pra ver uma bela cigana que se chamava Carmelita.

Quando chegou a hora de partir ,ele implorou que Carmelita fosse com ele. Carmelita sofria por estar apaixonada, mas pensava muito na sua família e que estava comprometida .

Carmelita pediu um sinal ao céu...

No dia programado para fuga, Carmelita se dirigiu a praia levando um bolo de mel, as nuvens esconderam a lua e ficou difícil transitar pelo caminho tão acidentado.

Ela prendeu seu pé em uma fenda de pedras e chorando viu o navio dos piratas partir.
O rapaz também chorava, quando a lua voltou e viu a bela cigana presa nas pedras sem pensar se jogou ao mar para salvá-la.

Os pais de Carmelita preocupados com sua ausência saíram procura-la e a encontraram desfalecida a socorreram e levaram ela para o acampamento.

Ao chegar ao local o jovem rapaz só encontrou o lenço e chorando muito acreditou que a bela cigana havia morrido.

Por esse motivo o rapaz nunca mais retornou aquela praia, mas guardou o lenço ate o dia de sua viagem final.

Carmelita nunca se esqueceu o que vivera naquela praia ,todos os anos Carmelita ofertava um bolo de mel ao mar para pedir proteção ao grande amor de sua vida .

E para celebrar a eternidade do amor que permaneceu em seu coração....

CABOCLO DA LUA


CABOCLO DA LUA

A madrugada, é o momento lírico do encontro da alma. Do eu interior, com o mundo silencioso, ornamentado pelo firmamento.

No brilho das estrelas, no imaginável que é o infinito, o ser se encontra mais perto de um ente superior. Deus..

Tão necessário, tão questionável, mas tão indispensável.

O Espaço nos parece mais leve, mais sutil, e o coração pode expandir em realidade, todo o seu sentimento.

E a sensibilidade vem mostrar, a pureza de sentimentos, muitas vezes guardada pelo excesso de afazeres, de um mundo Material.

A Aurora de um novo dia, é o reinício de mais uma jornada, de mais uma etapa a ser cumprida.

Feliz é aquele que entende, o quão bela é a vida, e a existência de um ser perfeitamente harmonizado.

No dia a dia, as atribulações muitas vezes, nos tiram a harmonia para com as nossas entidades. Mas um momento de silêncio, de reflexão, encontramos a presença magestoza de alguém que nos orienta, nos assiste, nos intui.

A presença se faz verdade. E na madrugada, vos encontrei, meu querido Caboclo da Lua. Meu pai, meu amigo.

Recebo vossas orientações, ensinando-me a percorrer um caminho difícil, porém amplamente recompensado em minha caminhada nesta passagem terrena. Onde a compreensão, o perdão, a ajuda para com o semelhante, devem estar presentes.

De um espaço infinito, de uma grandeza espiritual, a vossa presença é um marco, na vida de quem por vós renuncia, ajuda, busca através da caridade, merecer a vossa proteção.

Menino que fui, Homem que sou. Porém continuo um menino, perante o meu Pai.

Quão feliz seria, se pudesse transmitir a todos a Fé, a certeza, a verdade, a vitória que vós transmitísteis a todos que vos buscam e compreendem.

Quão seria belo o amanhecer, para aqueles que tem na vossa presença, o seu equilíbrio. No seu equilíbrio mental, espiritual, físico. E que após uma madrugada, pudessem dizer....

"Bom Dia! Meu Amigo, Meu Pai, Caboclo da Lua"

Babalorixá Paulo Newton de Almeida

CABOCLO VENTANIA DE ARUANDA


CABOCLO VENTANIA DE ARUANDA

Esse grande espírito que assume a vestimenta fluídica de índio, como trabalhador incansável da Umbanda Sagrada, com o nome simbólico de Caboclo Ventania de Aruanda, é uma Entidade Espiritual de grande luz e enver...gadura espiritual.

Assumindo o papel de mensageiro de Jesus, comanda um grupo de espíritos que trabalham na recuperação de seus irmãos desencarnados, formando uma Colônia de Trabalho, no Plano Astral, com o nome de Divina Misericórdia.

No Plano Físico sempre atuou em um trabalho dinâmico, como Guia Chefe de Templo Umbandista, no Rio de Janeiro, distribuindo a Caridade e formando médiuns sadios sob o seu lema de Disciplina, Estudo e Trabalho.

Hoje, congrega, forma e dirige o Templo Espírita do Cruzeiro da Luz. Este Templo deve ser como um espelho da Divina Misericórdia existente no Astral, onde o congraçamento de trabalhadores espirituais sob as vestimentas fluídicas de Caboclos, Pretos Velhos, Crianças e Exus e seus médiuns encarnados, bem formados, possam levar o lenitivo, o aconselhamento, o equilíbrio e o tratamento espiritual adequado aos irmãos que busquem o Templo, dos dois lados da vida, tendo sempre a Colônia Divina Misericórdia como ponto de apoio.

O Caboclo Ventania é o pai e amigo. Rígido e forte nas horas necessárias, como bom e grande educador que é, também carinhoso e paternal, acolhedor e orientador, sempre buscando cumprir a sua missão que, como afirma, “é a de trabalhar, na Umbanda, sob a égide dos Orixás Sagrados e suas Vibrações Irradiadas, em nome da misericórdia de Jesus e para a Sua glória, no cumprimento do mandamento maior do Seu Santo Evangelho, que é o Amor, vivenciado na Caridade!”

Este grande Mentor Espiritual vem na Umbanda, sob as vestes fluídicas de Caboclo, na Linha de Oxossi, na Falange de Ventania e na Vibração Irradiada de Pai Xangô.

O Caboclo Ventania de Aruanda é o Pai da grande família de encarnados e desencarnados que atuam valorosamente, pela fé e pelo amor, no Templo Espírita do Cruzeiro da Luz
OKÊ CABOCLO.
SARAVÁ O PAI VENTANIA DE ARUANDA!

CABOCLA IARA


CABOCLA IARA

Iara é a deusa encantada das águas doces, diferente do deus Rudá que é o deus do mar, cultuado pelo povo indigêna, é a deusa mais ligada a Mamãe Oxum, a Cabocla Iara é uma cabocla muito conhecida na Umbanda, alguns afirmam ser ...irmã da Cabocla Jurema, mas de certo o que se sabe é que esta entidade é uma das falanjeiras da linha de Oxum, cabocla de genio bem forte e de linha de cura,seu grito é como se fosse um passaro.

É certo que está entidade vibra na corrente de Oxum, abaixo segue o mito e a história desta Deusa tupi-guarani.

Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara senhora das águas) ou Mãe-d'água, segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio, de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao entardecer.


O Mito
Moça bonita, de cabelos demasiadamente longos, que sempre mora nas águas perto das matas. Pode morar no mar, nos rios, nos lagos, nas cachoeiras e nas lagoas.
Vez por outra, nas horas mortas da noite, especialmente em noite de luar, canta.
Diz que duma voz tão boa, bonita e tocante que o homem que a ouve morre de paixão por ela.

Quando o Homem se apaixona por ela, ele é levado ao fundo das águas (mar,rio,cachoeira,lago ou lagoa)e é devorado pela Iara.

Não se entende nada de suas cantigas porque canta em língua indígena. Se a mãe-d'água por acaso um dia morrer, sua fonte seca.

Lendas

A Lenda da Iara, a deusa das águas, traduz a relação do caboclo com o mundo aquático da Amazônia, cuja paisagem ganhou do poeta baré Thiago de Mello o nome de “Pátria das Águas”. Essa interação permanente do amazônida com as águas gerou a chamada civilização ribeirinha, na qual os rios, lagos, igarapés e igapós são fontes da vida, da morte e do imaginário regional. São caminhos, referências e habitat naturais dos que vivem ou viveram, durante séculos, às margens do grande rio Amazonas e de seus inumeráveis tributários, herança cultural que recebemos de nossos ancestrais indígenas e portugueses. Mas a relação do caboclo com os rios não é apenas uma conjunção física e conjuntural, vai muito além do campo material, é sensível e presente. Nunca suas histórias são contadas no tempo passado, são presentes como se estivessem acontecendo naquele momento, ali mesmo.

Os colonizadores também foram vencidos pelas águas da região, assimilando a cultura ribeirinha milenar, mas incorporando à descendência cabocla lembranças do além-mar, formadas no novo ambiente cultural. Assim nasceu a Iara, o Boto e tantas outras lendas que hoje compõem a legião dos encantados da cultura amazônica. Os encantados, aliás, estão em todos os lugares, como afirma o poeta e escritor paraense João de Jesus Paes Loureiro – estão entre os índios e caboclos, entre o céu e a terra, nas selvas, nos campos, no fundo das águas...

Segundo Paes Loureiro, “a Iara – Mãe d’Água – vive nas encantarias do fundo dos rios. Ela atrai os moços e os fascina, mostrando-lhes seu rosto belíssimo à flor das águas e deixando submersa a cauda de peixe. Para seduzi-los, faz promessas de todos os gêneros. Para aumentar o estado de encantamento canta belas melodias com voz maviosa. Convida-os a irem com ela para o fundo das águas do rio – onde se localiza a encantaria – sob a promessa de uma eterna bem-aventurança em seu palácio, onde a vida é uma felicidade sem fim. Quem tiver visto seu rosto uma única vez jamais poderá esquecê-lo. Pode até, no primeiro momento, resistir-lhe aos encantos por medo ou precaução. No entanto, mais cedo ou mais tarde acabará por se atirar no rio em sua busca, levado pelo desejo ardoroso de juntar seu corpo ao dela”.

O historiador Vicente Salles conceitua Iara como a mais perfeita convergência cultural na mítica amazônica, reunindo figuras antológicas de vários continentes: Sereia, Ondina, Loreley, Mãe-d’Água, Iemanjá. É uma simbiose encantada de mulher tentadora, sensual, apresentada com rosto europeu e longos cabelos e que recorre à magia do canto para exercer a sua irresistível atração fatal sobre navegantes e moradores da beira-do-rio, preferencialmente jovens.

Os indígenas também possuem inúmeras entidades aquáticas, mas nenhuma delas com as qualidades malignas e fatais de Iara. Sempre encontram remédio para as maldades, sublimando inclusive a morte. Para eles, o rio representa a fonte de sobrevivência e não da morte no “espelho do amor”. Por outro lado, o índio não reprime a sexualidade pelos arreios da sua cultura ou da civilização cristã do branco, razão pela qual não se vale de entes sensuais na sua mitologia. Sempre cita a beleza das cunhãs como referência estética e não como objeto da libido. A sua Mãe-d’água é a guardiã dos rios, bondosa e se materializa nas plantas e flores aquáticas que alimentam os peixes, segundo lendas da algumas tribos.

Raimundo Moraes credita às leituras da Odisséia de Homero, feitas pelos colonizadores lusitanos, a lenda da Iara, configurada como uma linda mulher, metade gente e metade peixe, belos cabelos compridos, busto cheio e cauda de escamas multicoloridas, que vive nas margens dos rios e igarapés, seduzindo o caboclo para arrastá-lo ao fundo das águas. O pesquisador diz que a entidade também pode materializar-se em forma de lontra, no perfil de garça ou sob as penas da cigana para encantar o ribeirinho.

As observações do historiador repousam em pesquisas feitas na região amazônica e na leitura dos clássicos da literatura universal que apontam convergência entre a mitológica Sereia e a Iara amazônica. Navegador por excelência, o colonizador português assimilou as lendas do mar e trouxe para cá suas tradições seculares. Os Lusíadas, de Luís de Camões, menciona várias vezes a presença de Sereias na rota dos navegadores lusitanos, lembrança de outros autores clássicos como Virgílio (Eneida), Heródoto (Epítetos) e Homero (Ilíada e Odisséia). Todos se referindo à figura sedutora e fatal da entidade similar, ora na forma de mulher, ora feita ave ou animal anfíbio.

O Barão de Santana Neri, falando sobre o folclore brasileiro, descreve Iara como uma mulher branca, de olhos verdes e cabeleira loura, conceitos pesquisados nos Estados do Pará e Amazonas. Diz ainda que sua beleza física, seus métodos de sedução e sua residência submersa revelam origem alienígena. A oferta de tesouros e palácios, por exemplo, também confessa uma cultura importada, vez que os aborígenes desconheciam esses valores. Já o folclorista Câmara Cascudo, cobra possível contribuição do negro na lenda da Iara, lembrando a sereia africana Kianda e até a figura poderosa de Osum, orixá dos lagos, lagoas e rios, da teogonia negra. Iemanjá, deusa das águas, também é lembrada como inspiradora do mito amazônico. Contudo, s Mães-d’água africanas, com suas liturgias e rituais em nada lembram a nossa deusa das águas, a não ser a morada.

O mito da Iara, aliás, como já foi dito, pode ser reconhecido em várias culturas. Na Espanha chama-se Sirena; na Grécia, a mitológicas Nereidas; na Alemanha, a nórdica Loreley; a Kianda africana e a portuguesa Sereia, criaturas das águas que enamoram os homens e os levam à morte. Mas o seu estereótipo físico e malévolo garante a origem portuguesa do mito amazônico, inspirado nos cantos de Homero e nas esculturas de Praxíteles e Escopo. O colonizador, que chegou com a fé cristã e os costumes europeus, também trouxeram na bagagem suas lendas, mitos e superstições, muitas delas modificadas ao longo do tempo na convivência cabocla, que lhes emprestou e recebeu valores, coroando a fronte da Iara com flores lilás do mururé, por exemplo.

A suprema sabedoria do amazônico, que soube usar a lenda do Boto para aplacar a ira de maridos traídos e pais enganados, quando suas mulheres ou filhas engravidam fora do domínio doméstico, também justifica na sedução da Iara a fuga ou o desaparecimento de seus entes queridos.

CABOCLO ROXO



CABOCLO ROXO


O Caboclo Roxo atua da falange de Omulú pra Oxossi. Exu Curador. Tem a supervisão do Arcanjo Gabriel,É preciso compreender que não existem regras específicas para o Mundo Espiritual, porque para este mundo sem fronteiras absolu...tamente tudo é possível! Alguns lugares trabalham dentro de uma organização hierárquica sem misturas, outros como " Caboclo Roxo", realizam trabalhos fundamentados no amor e na realização independente das falanges que são utilizadas.
Por este motivo é preciso que principalmente os filhos da minha casa entendam que independente da ordem hierárquica, o resultado será atingido. A organização dos homens jamais compreenderá a organização dos Espíritos. Caboclo Roxo é Chefe de falange de terceiro grau.

A minha missão como Chefe de falange é muito diferente da de outros Caboclos também Chefes de falange, por este motivo poucas pessoas sabem definir minha linha de trabalho. Ele comanda e trabalha com Exús que vem caminhando dentro da minha linha, assim como tenho também vários Caboclo e vários Caboclos que trabalham também sempre virado em um Exú, sempre virado para as Almas, sempre virado na Linha Omulú.

CABOCLO AGUIA BRANCA


CABOCLO AGUIA BRANCA

De acordo com suas palavras ele é o chefe da falange dos índios Peles-vermelhas. Costuma dizer que é do tamanho de uma montanha e é grande para que os seres possam aproveitar suas sombras, e ali descansarem de suas busc...as e refletirem para a continuidade.

Gosta de fazer trabalhos na linha de cura, receita muitas ervas, frutas e trabalha com um ponteiro feito de osso o qual passa nas pessoas como se fosse uma espécie de bisturi.

Trabalha também nos sete corpos dos consulentes e afirma que ás vezes alguns destes corpos apresentam buracos por onde energias densas canalizam e penetram, deixando-os energeticamente fracos.

Pertence ou pertenceu à fraternidade branca, e suas atitudes sempre são solenes, digna, pura e serena. Só fala com o propósito definido de favorecer, aconselhar e remediar. Tem fina presença e perfeita obediência às leis da saúde e jamais se aborrece por algo. Habita um certo vale ou desfiladeiro, mais propriamente como se fosse uma desembocadura no astral, onde existem pequenas ocas para se fazer oferendas de flores e frutos, queimar cânfora e cantar mântras.

Ocupa o mental dos médiuns (cavalos) para ajudar pessoas ou emitir uma onda especial de bênçãos. Atua no mundo todo por meio de enorme corrente de energia com o qual influem nos corpos causais de milhões de seres. Esta sempre a serviço dos planos de Deus (Manitú) .

Explica que para chegar a Manitú existem três entradas;

1 – Saber

2 – Trabalhar

3 – Orar

E que aqueles que esperam no lado externo podem entrar por qualquer delas.

Diz que há montanhas muito altas para se alcançar. Pensamentos e sentimentos indesejáveis devem ser eliminados. Afirma que quando chamados, os seres humanos devem se movimentar rapidamente.

Fala pausadamente, ás vezes de forma errada. É um caboclo de Oxossi e, com pausa, diz que palavras ociosas formam uma atmosfera que repele boas influências. Fala que o humano com as palavras constrói o seu ambiente, e neste ambiente é que vive. Vontade e pensamento acompanham as palavras. Também diz que todos devemos carregar um colar, pois o mesmo fortemente magnetizado e com um determinado propósito (lei) será de inestimável ajuda, e a tarefa do caminho é árdua e qualquer ajuda agradaria. O objetivo dos espíritos é favorecer a evolução, gosta da cura do corpo e pede às pessoas para que não esqueçam da vigilância da conduta.

Gosta de mântras, e diz que equivale à nossa palavra magia, e que são resultados do ocultismo prático. Diz que som é ondulação no ar, e isto põe tudo em movimento.

Seu ponto riscado contem uma estrela de cinco pontas, que de acordo com suas explicações sintetiza em si muitos mistérios sagrados, e irradia também o inconsciente coletivo, e foi absorvida pela umbanda a serviço dos Orixás tronando-se um símbolo universal.

As flechas indicando direcionamento e sentido, o circulo que diz simbolizar terra , água, fogo e ar em um só, significando o alto, o embaixo, a direita e a esquerda.

Diz que qualquer magia tem que possuir sintonia em três níveis;

1 – Orixá.

2 – Guia.

3 – Médium.

Só assim, com elos da corrente, a segurança é total, e chama isto de pára-raios cósmico. Fala que é um executor dos pensamentos do senhor Manitú. Se utiliza da palavra, e pela palavra plasma o pensamento na matéria, e diz que é a força da palavra dentro da lei.

Cito algumas ervas e frutas indicadas bem como para que servem, mas com um pitoresco caso a contar:

Quando o senhor Águia Branca se utilizou deste cavalo a primeira erva que o mesmo indicou a um consulente, foi chá de arruda. Ao final das consultas, bastante preocupado, pois se o cheiro de arruda é terrível imaginem o gosto. Fui conversar com meu pai de santo, e simplesmente ouvi o seguinte:

Se fosse você Fulano que indicasse o chá, eu mandaria não tomar, mas como foi um espírito nada temos ha temer.

Dito e feito, a posterior soube que o medicamento evita sangramentos tendo o consulente confirmado que tudo estava bem.

Ervas e Frutas

1. Arvore Casta : desordens menstruais, cisto, dores no seio, tensão menstrual.

2. Chapéu de Couro: ácido úrico, gota.

3. Cava Cava: insônia.

4. Garra do Diabo: reumatismo.

5. Castanha da Índia: pernas cansadas, varizes.

6. Unha de Gato : sinusite, amídalas.

7. Copaíba: bronquite

8. Alho: colesterol.

9. Morango: tifo, acido úrico, infecções no fígado.

10. Banana: prisão de ventre.

11. Maça: para o cérebro.

12. Mamão: asma, diabete.

13. Semente de melancia torrada: aplicada em feridas acalma a dor.

14. Pêra: tiróide.

15. Alcachofra: anemia.

16. Lentilha; dores de cabeça.

17. Losna: catarros, cólicas, bafo na boca.

18. Cebola : fígado, intestino, vias respiratórias.

19. Espinafre: fadiga, pressão alta.

20. Tomate: ossos, dentes, intestino.

Afora algumas simpatias para diabetes, parar de beber, gripe, inveja, bronquite, ervas dentro do travesseiro para tirar dor, em fim citar mais seria muito longo.

Como curiosidade, o significado do nome Águia Branca:

Águia – pessoa dotada de grande talento.

Branca – clã, grilheta.

Clã – chefe supremo.

Grilheta- anel de ferro na extremidade de uma corrente.

Diz também que trabalha na umbanda por que é um ritual de liberdade, protesto e reação à opressão.

Eis Senhor Águia Branca, pai e amigo. Muita luz.

OKÊ CABOCLO

CABOCLA JANDIRA


CABOCLA JANDIRA

Durante a invasão e conquista dos europeus sobre a América, ela trabalhava como curandeira em sua tribo: atendia os doentes, aconselhava os demais, preparava os curumins, fazia unguentos e poções com ervas medicinais, instru...ía e apaziguava a tribo. Todos eram encaminhados a ela, para tratamento e solução de seus problemas. Como estava muito velha, segundo ela, com mais de cem anos... decidiu passar o cargo a uma aprendiz. Essa aprendiz ignorou sua missão, cortando seus cabelos e enterrando-os na mata, junto a uma árvore, como forma de renegar sua ancestralidade. Sem tempo de preparar outra pessoa e prevendo uma invasão, a cabocla tentou salvar sua tribo migrando para o norte, mas foram surpeendidos pelos conquistadores e dizimados... A aprendiz sobreviveu, mas não cumpriu sua missão de curandeira, indo trabalhar junto aos brancos.

A cabocla sentiu-se responsável por todos os filhos dessa tribo e resolveu dedicar-se ao resgate deles no meio espiritual. Como "Cabocla Jandira" e socorrista espiritual, a índia-pajé Takumi, conseguiu localizar todos os antigos filhos e arrabanhá-los novamente no amor. Alguns também atuam como Caboclos na Linha de Jurema e outros estão encarnados, cumprindo missão como médiuns ou apenas vivendo uma vida normal.

A Cabocla Jandira atua na Linha das Águas, promovendo a cura e a limpeza da aura daqueles a quem atende, sempre com bons conselhos e boas lições. E esse aprendiz, que hoje vos escreve, trabalha na seara umbandista pretendendo resgatar sua dívida acumulada junto aos antepassados indígenas desta história que vos relatei.

CABOCLO DO SOL



CABOCLO DO SOL


Geralmente os caboclos que possuem nomes de astros, são caboclos atuam também sob os auspícios da vibração de Xangô, não quer dizer que o mesmo não trabalhe sob outras irradiações, mas como vibração Nativa, é a Vibração de Xa...ngô. Mais alguns exemplos:

Caboclo da Lua, Sete Luas, Sete Estrelas, Sol Nascente, Estrela Dalva, entre outros.

Voltando ao aspecto Caboclo do Sol, ele possui a vibração Nativa de Xangô, mas também atua sob a vibração de Oxalá, porque Sol é o Astro Regente da Vibração de Oxalá. Vamos desmembrar mais um pouco.

Sol = Composto por Fogo (Elementar de Xangô), é o Astro responsável por irradiar nossa galáxia, astro correspondente a Oxalá. Por ser um índio, também pode trazer sob sua vibração Oxóssi.

CABOCLO 7 LANÇAS


CABOCLO 7 LANÇAS

Pouquissimo material de pesquisa foi encontrado, mas esse caboclo é de Oxossi q trabalha na vibração de ogum.

CABOCLO COBRA CORAL


CABOCLO COBRA CORAL

Falaremos um pouco do Caboclo Cobra Coral, esta entidade pode se dizer que faz parte das entidades mais conhecidas na Umbanda, díficilmente encontra-se um umbandista que não conhece ou ao menos já ouviu falar deste caboc...lo, a estudos que dizem que o Seu Cobra-Coral chefe da falange é a encarnação de Galileu Galilei.

Uma discordância acontece quando fala-se do Orixá comandante deste Caboclo, primariamente sua vibração é de Oxossí, com cruzamento com a linha de Xangô, junto com outro caboclo que é seu irmão de falange o Caboclo Ventania. Este caboclo é um dos caboclos que alguns dizem de encantados, são aqueles que tem grande trabalho junto com os Exus.

Seus médiuns sofrem um pouco pois sua vibração é pesada perto da vibração de outros caboclos de Oxossí, normalmente usa cocar, variando suas cores entre, verde,vermelho,branco,preto e amarelo.

Um fato curioso é que hoje existe a Fundação Cacique Cobra Coral, que é uma fundação com fundo espítual que auxilia nas previsões climáticas, este nome vêem pois foi esse Cacique que pela primeira vez previu uma catástrofe climática, essa fundação hoje é reconhecida mundialmente.

Mas o importante para nós é que o Seu Cobra-Coral sempre será homenageado por seu trabalho nas hostes espirituais e a sua prática da caridade.

Salve Seu Cobra-Coral

Que Oxalá nos abençoe sempre

CABOCLO PENA ROXA


CABOCLO PENA ROXA

Nascido em solo brasileiro no começo do século XIX,esse caboclo jovem, filho de cacique Tupinambá,viveu sua vida como um jovem índio dotado de inúmeros conceitos, virtudes e conhecimentos.

Profundo conhecedor dos segredo ...das ervas,caboclo pena roxa, se destaca por seu jeito sério,mais ao mesmo tempo simpático de ser, com característica totalmente indígenas,incorpora em poucos médiuns,com seu linguajar tupi Guarany,misturado com o português,aprendido com a evolução dos trabalhos em seus médiuns.

Em sua passagem terrena teve 3 filhos,foi casado com índia Jacira,caboclo pena roxa, assim como todos caboclos de pena,conhecidos como pena preta,pena branca,pena azul,pena preta, pena dourada,pena verde,e pena dourada,são todos irmãos e trabalham quase sempre da mesma forma e arquétipo.

Desencarnou com 37 anos, vítima de uma infecção parasitária que tomou conta de seu intestino vitimando em pouco tempo. Caboclo Pena Roxa, é um caboclo chefe de falange,trabalha com curas,quebra demandas e é ótimo para trabalhos de descarrego, um grande trabalhador da Aruanda na qual me honra ser seu médium(cavalo).

Texto de: Babálorixá Paulo D' Xango, de Santos, SP

CABOCLA JUREMA


CABOCLA JUREMA

Esta Cabocla é a Rainha das Matas, filha mais velha do Caboclo Tupinambá.Ela teve mais duas irmãs chamadas Jupira e Jandira.Presta sua caridade em qualquer Casa de Cultos de Umbanda somente por caridade, não admitindo cobranç...as pela consulta.

Sua legião é constituída de grandes entidades espirituais,espíritos puros que amparam os sofredores,utilizando o processo de passes-curas atravéz das ervas.

Normalmente a entidade cabocla jurema,quando está trabalhando,atrai a presença,vibração de todas as caboclas jurema ou seja,jurema da Cachoeira,Jurema da Praia,Jurema das Matas etc,pois na realidade todas são uma única vibração que trabalham com ambientes da natureza,ex::lua,sol,mata,chuva,vento etc.

Jurema trabalha dentro da necessidade de cada pessoa,transmitindo coragem e energia.

Tem sempre uma palavra de alento e conforto para aqueles que sofrem de enfermidades.

Ela nos ensina a suportar as dificuldades e nos dá coragem para suportá-los.

Em qualquer lugar onde você esteja,quando o desespero tomar conta e a coragem lhe faltar,chame pela Jurema e sentirá sua força amparando você.

Cabocla, sendo igualmente uma entidade espiritual que trabalha na linha de Oxossi, é uma "cabocla", ou divindade evocada no Catimbó, cultos afro-brasileiros e mais recentemente na muito prestigiada e respeitada na Umbanda. Entidade Guia - Chefe da Linha de Oxossi.

Ela trabalha na legião constituída de grandes entidades espirituais, espíritos puros que amparam os sofredores e mais necessitados, utilizando o processo de passes-cura através das ervas e pontos riscados.

Quando trabalha, atrai a presença de vibrações de todos as Caboclas Jurema, ou seja, Jurema da Cachoeira, Jurema da Praia, Jurema da Mata etc, pois na realidade todas são uma única vibração que trabalham com os ambientes da natureza. ex: Sol, Lua, Chuva, Vento, Mata etc…

Jurema trabalha dentro da necessidade de cada pessoa, transmitindo coragem e energia e sempre orientando o devoto com palavras sábias e conforto para os devotos que sofrem de enfermidades.

Chame pela Jurema nas horas de dificuldade, pois essa cabocla sempre estará ali para ajudar seus filhos de Fé.

CABOCLO PENA VERDE

Caboclo Pena Verde

Certo dia, a sua tribo foi invadida e começou uma guerra sangrenta, Pena Verde, sentiu uma profunda dor nas costas, havia sido alvejado por uma flecha...

É de uma Tribo Asteca, oriunda dos Estados Unidos que veio migrando...até chegar na Amazônia, onde se instalou.

Sua aparência: usava calça de couro, tinha cabelos longos e grisalhos e seu penacho, longo, tinha as cores (verde, vermelha e branca) cada cor representada um irmão.

Relatou que para um índio se tornar pagé, tinha que participar de um ritual: caçar e trazer um javali para a tribo;

Quando Pene Verde foi participar deste ritual, tinha mais um adversário, o vencedor seria quem trouxesse a presa primeiro;
Os dois saíram para a missão no mesmo dia. O seu adversário voltou no dia seguinte com um javali abatido.

Pena Verde só retornou após 30 dias, o impressionante é que ele não precisou abater o javali, durante este período ficou observando o comportamento e foi se aproximando até domá-lo. Só então retornou para a tribo. Entrou triunfante, montado no animal!

Tinha dois guerreiros que considerava seus braços, o filho e o sobrinho.

Certo dia, a sua tribo foi invadida e começou uma guerra sangrenta, Pena Verde, sentiu uma profunda dor nas costas, havia sido alvejado por uma flecha, antes de morrer, pediu a Tupã para ver quem era o autor de tamanha atrocidade. Poucos minutos se passaram e ele pode ver seus guerreiros sendo massacrados, mulheres e crianças sofrendo as maiores barbaridades, então virou-se para trás e pode ver que o seu querido sobrinho a quem tinha tanta estima e confiança era o mentor do ataque.

Para que morresse em paz, Pena Verde perdoou seu sobrinho, tirou a flecha das costas e partiu!

CABOCLO 7 FLECHAS



CABOCLO 7 FLEXAS


A vibração original do Caboclo 7 Flechas é a vibração de Oxossi, porém temos que ter em mente que o Caboclo foi agraciado com 7 flechas em que cada uma representa uma vibração de cada Orixá, tendo assim a incumbência de env...iar seus Falangeiros a todas as outras vibrações. Por este fato é que encontramos Caboclos que usam o nome do seu chefe de legião (Caboclo 7 Flechas), espalhados por todas as 7 Linhas e sub-Linhas da Umbanda, ou seja, em todas vibrações existentes dentro da Umbanda. O Caboclo das 7 Encruzilhadas e a Falange que ele comanda vibra junto a todos Orixás.

O Caboclo 7 Flechas, recebeu essas flechas de 7 Orixás, a mando de Oxalá e essas flechas podemos tentar definir cada uma, lógico que esta definição não é algo que repasso de forma pretensiosa.

- Oxossi colocou uma flecha no seu braço direito, flecha da saúde para que derrame sobre nós os bálsamos curadores.

- Ogum colocou uma flecha no seu braço esquerdo, flecha da defesa para que sejamos defendidos de todas as maldades materiais e espirituais.

- Xângo cruzou uma flecha em seu peito, para nos defender das injustiças da humanidade.

- Iansã cruzou uma flecha em suas costas, para nos defender de todas as traições de nossos inimigos.

- Iemanjá colocou uma flecha sobre sua perna direita, para abrir nossos caminhos materiais e na senda da espiritualidade.

- Oxum colocou uma flecha sobre sua perna esquerda, para lavar os nossos caminhos, iluminar os nossos espíritos e nos defender de todas as forças contrárias à vontade de Deus.

- Omulu/Obaluaiê entregou em suas sagradas mãos a flecha da força astral superior, para distribuir à humanidade a Divina força da fé e da verdade.

O Caboclo 7 Flechas tem um conhecimento profundo das ervas e das folhas de nossa flora e da flora de outros países, trabalha na cura, exímio vencedor de grandes demandas espirituais e como alguns costumam dizer ele é um Caboclo Mandingueiro, ou seja, quebrador de mandingas destinadas a seus filhos e a seus protegidos, manipulador das energias do Astral e não fica “preso” a nenhuma vibração, ele trabalha dentro de todas as vibrações com os Falangeiros que ele comanda. Infelizmente alguns de nossos irmãos O confundem com o Caboclo Pena Branca justamente por ele trabalhar em todas as Linhas e em todas as vibrações junto a seus Falangeiros, assim também acontece com o Caboclo Pena Branca e seus Falangeiros, mas são Caboclos diferentes, vibrações diferentes e principalmente “ordenanças” diferentes, um tem sua vibração original junto a Oxossi e o outro junto a Oxalá.

Após estas poucas linhas que tento repassar o que penso conhecer sobre este Caboclo, que eu sempre respeitei e de imediato rogo ao mesmo Agô por algum erro, por algum equivoco ao tentar repassar aos meus amados irmãos de Umbanda algo em sua homenagem e na tentativa de ser entendido por todos, que de nada adianta histórias e sim o que estes espíritos do Astral superior vem fazer em nossos Terreiros em nome Deus, dentro da humildade, dentro da caridade, do amor e da Fé e aqui termino deixando abaixo algumas linhas de um livro escrito pelo nosso irmão Wilson T. Rivas que ele deu como titulo Umbanda é Luz, que segundo o autor é uma mensagem do Caboclo 7 Flechas.

Não vá contra a sua consciência, só ela mostra a verdade , ela é a visão clara das coisas que a idolatria pode cegar!

Às vezes, em fase já avançada, se perde a noção e a diferenciação entre idolatria e idolatrado, confundem-se em uma só coisa, pois esse ( O idolatrado) já é ídolo para si mesmo e fica numa dependência tamanha da idolatria, irmã gêmea da vaidade, orgulho, e pompa que a visão que os outros têm, passa a ser necessariamente a sua, por isso é que daí vem a cegueira fatal, sem cura e eterna.

O maior antídoto contra a idolatria e de quem impõe ser idolatrado, é a consciência tranqüila das coisas que o cerca, sua vontade, honestidade, e acima de tudo, a razão, irmã gêmea da compreensão e da verdade, essa mostra o que realmente é importante: que é servindo que se é servido, que é ensinando que se aprende que é dignificante ser digno e que é mostrando o caminho real que se encontra Deus.

Caboclos da Umbanda


Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.

Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porém em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.

Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.

Embora existam diferenças entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:
Caboclos de Ogum:
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço

Caboclos de Xangô:
Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.

Caboclos de Oxóssi:
Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.
Caboclos de Omulú
Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d'água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.

Caboclas de Iansã:
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira
Caboclas de Iemanjá:
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d'Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente

Caboclas de Oxum:
Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê

Caboclas de Nanã:
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu

Caboclinhos da Ibeijada:
Nesta querida falange, encontramos os Caboclinhos e Caboclinhas do Mato que se manifestam em sua forma indígena.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Sincretismo Religioso

O dia 27 de setembro , dia de comemoração dos santos católicos "Cosme e Damião" é o dia dos Meninos d'angola, Ibeijada, Dois-Dois, Crianças, ou Erêsno candomblé que deve ser comemorado com muita festa, muitos doces, guaraná, cocada, balas, pirulitos, bolos, suspiros, bolas, brinquedos, etc.

O nome Cosme significa "o enfeitado" e Damião, "o popular".

Lenda sobre Cosme e Damião: Existiam num reino dois pequenos príncipes gêmeos que traziam sorte a todos. Os problemas mais difíceis eram resolvidos por eles; em troca, pediam doces balas e brinquedos.

Esses meninos faziam muitas traquinagens e, um dia, brincando próximos a uma cachoeira, um deles caiu no rio e morreu afogado. Todos do reino ficaram muito tristes pela morte do príncipe. O gêmeo que sobreviveu não tinha mais vontade de comer e vivia chorando de saudades do seu irmão, pedia sempre a orumilá que o levasse para perto do irmão.

Sensibilizado pelo pedido, Orumilá resolveu levá-lo para se encontrar com o irmão no céu, deixando na terra duas imagens de barro. Desde então, todos que precisam de ajuda deixam oferendas aos pés dessas imagens para ter seus pedidos atendidos.
 TRONQUEIRA
Muitos são, os que chegam em um templo de Umbanda, se assustam com as firmezas existentes na porta.

Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos exús e Pombagira.

A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.

Este recurso, é no templo, um ponto de força, onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões a nossa esquerda.

O ponto de força funciona como um pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.

No astral, os exús e Pombagira, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.

Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc..

Dentro de uma tronqueira, são dispostos vários elementos magísticos que são utilizados por guardiões de Lei.

Citaremos alguns mais simples, as firmezas deste ponto de força são velados e eles pedem que não se abram mistérios, mais que se faça os devidos esclarecimentos sobre o assunto, dando ênfase a importância ao aprendizado elevado.

3548658371_7ab81b8844*Os tridentes dentro da tronqueira representam os poderes tripolares, onde através das energias emanadas por eles, os guardiões, diluem forças trevosas, envolvem seres para o resgate ou para aprisioná-los, forma um campo energo-magnético capaz de repelir ou atrair determinadas forças ou seres.

*Pedras negras ou vermelhas, formam portais dimensionais, ligados ao embaixo e as dimensões a esquerda, dando condições aos guardiões transitarem nestas esferas de forma resguardada e eficaz.

Através das pedras se da também tratamentos para várias finalidades, onde o elemento da sustentação para que o guardião possa atuar nas vibrações mais densas do ser.

As pedras criam áreas especificas de energia, capazes de envolver tudo o que fora mentalizado pelo sacerdote que possui a guarda do templo.

*Sementes ou ervas, da mesma forma que os outros elementos, eles entram em campos específicos, onde as energias das pedras, do tridente, do marafo, da vela, da ferradura, dos punhais, não entram.

*Os punhais, emitem energias perfurantes, cortantes, dilacerantes, onde se utiliza para freiar forças negativas provenientes do embaixo.

*Marafo, é o elemento dual, onde trás a união de dois elementos contrários, a água e o fogo, é um dos elementos mais utilizados, onde podemos com ele abrir portais e fechar aberturas de buracos negros.

Todos os trabalhos onde oferendamos os guardiões, este elemento é utilizado para fazer o fechamento com um círculo, ou a abertura.

Um copo deste elemento na tronqueira, funciona entre outras coisas como catalisador, filtro, condutor, amalgamado, etc..

Existem vários tipos de elementos, que são velados, isso se faz necessário, para manter o devido resguardo dos trabalhos dos templo, evitando até que pessoas dêem mal uso a forças tão importantes a todos os templos de Umbanda.

Que os senhores guardiões, através da Lei maior e da Justiça Divina, possam limpar nossa religião dos falsos Umbandista, dando um ar de limpeza a está que é a Maior religião do Mundo. Pena que os encarnados ainda não descobriram.

É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei maior.

Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo.

Este tipo de procedimento não é da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome da nossa religião.

Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos.

Qualquer um pode se servir do poder desses guardiões, acenda uma vela e peça proteção e auxilio e receberá.

Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.

Minha Tronqueira

Minha
Tronqueira tem axé, tem vontade e tem vida, tem Exú e Pombagira para guardar e proteger. Também tem Exú Mirim para aprontar e desenrolar.
Minha Tronqueira tem axé, tem vela tem marafo, tem dendê e aguardente.
Minha tronqueira tem axé, sem porta e sem janela, dizem que alguém ta procurando, morador pra morar nela.
Minha tronqueira tem Guardião, que guarda de noite e protege de dia e quem guarda e protege também eu chamo de vigia.
Minha tronqueira tem axé, não tem nome e não tem foto, tem o nome que ela guarda e o meu corpo que ela cobre.
Minha tronqueira tem axé, tem caldeirão e alçapão, tem escada, tem ponteira é morada de Porteira.
Minha tronqueira tem axé, tem abismo e escuridão é passagem pra quem desce e alivio pra quem sobe.
Minha tronqueira tem axé, tem relógio tem sino, quando da a meia noite é sinal que ta abrindo.
Minha tronqueira tem axé, tem chicote tem espada, tem punhal e bracelete, tem capuz e tem mortalha, tem arma pra combater, uns dizem pra bater outros para aprender.
Minha tronqueira tem axé, tem chave e cadeado, tem ferradura tem bigorna, onde o aço forja, corta e trinca.
Minha tronqueira tem axé, tem Caveira tem Porteira, tem Capa e Tranca Ruas, tem Padilha e Rosa Negra.
Minha tronqueira tem axé, tem suor e tem lágrima, suor de quem trabalha e lágrima de quem não escapa.
Minha tronqueira tem axé, tem hora de apanhar e tem hora de bater, batendo ou apanhando tem Exú a me valer.
Minha tronqueira tem axé, tem Curador pra me curar e Exu do Ouro para prosperar.
Minha tronqueira tem axé, tem pimenta malagueta, tem fogo tem fogueira, tem brasa tem braseiro.
Minha tronqueira tem axé, não tem corte, mas tem morte, mata de mansinho bem devagarzinho, mata o vicio e as trevas que habitam o caminho.
Minha tronqueira tem axé, tem entrada tem saída, tem salve e saravá e por aqui eu vou ficar.
Salve todas as Tronqueiras deste Brasil!
 Laro-yê Exú!
Autor : Jorge Scritori

Lendas de Exu

Exu vinga-se e exige o privilégio das primeiras homenagens
Exu era o irmão mais novo de Ogum, Odé e outros orixás.Era tão turbulento criava tanta confusão que um dia o rei já não suportando sua malfazeja índole, resolveu castigá-lo com severidade. Para impedir que fosse aprisionado, os irmãos o aconselharam a deixar o país. Mas enquanto Exu estava no exílio, seus irmãos continuavam a receber festa e louvações. Exu não era mais lembrado, ninguém tinha notícias de seu paradeiro. Então, usando mil disfarces, Exu visitava seu país, rondando, nos dias de festa, as portas dos velhos santuários.
Mas ninguém o reconhecia assim disfarçado e nenhum alimento lhe era ofertado. Vingou-se ele, semeando sobre o reino toda a sorte de desassossego, desgraça e confusão.Assim o rei decidiu proibir todas as atividades religiosas, até que descobrissem as causas desses males. Então os babalorixás reuniram-se em comitiva e foram consultar um babalaô que residia nas portas da cidade. O babalaô jogou os búzios e Exu foi quem falou no jogo. Disse nos odus que tinha sido esquecido por todos. Que exigia receber sacrifícios antes do demais e que fossem para ele os primeiros cânticos cerimoniais. O babalaô jogou os búzios e disse que oferecessem um bode e sete galos a Exu.
Os babalorixás caçoaram do babalaô, não deram a menor importância às suas recomendações e ficaram por ali sentados, cantando e rindo dele. Quando quiseram levantar-se para ir embora, estavam grudados nas cadeiras. Sim era mais uma das ofensas de Exu!
O babalaô então pôs a mão no ombro de cada um e todos puderam levantar-se livremente. Disse a eles que fizessem como fazia ele próprio: que o primeiro sacrifício fosse para acalmar Exu. Assim convencidos, foi o que fizeram os pais e mães-de-santo, naquele dia e sempre desde então.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

Exu atrapalha-se com as palavras
No começo dos tempos estava tudo em formação, lentamente os modos de vida na Terra forma sendo organizados, mas havia muito a ser feito.
Toda vez que Orunmilá vinha do Orum para ver as coisas do Aiê, era interrogado pelos orixás, humanos e animais, ainda não fora determinado qual o lugar para cada criatura e Orunmilá ocupou-se dessa tarefa.
Exu propôs que todos os problemas fossem resolvidos ordenadamente, ele sugeriu a Orunmilá que a todo orixá, humano e criatura da floresta fosse apresentada uma questão simples para a qual eles deveriam dar resposta direta, anatureza da resposta individual de cada um determinaria seu destino e seu modo de viver, Orunmilá aceitou a sugestão de Exu.
E assim, de acordo com as respostas que as criaturas davam, elas recebiam um modo de vida de Orunmilá, uma missão, enquanto isso acontecia, Exu, travesso que era, pensava em como poderia confundir Orunmilá.
Orunmilá perguntou a um homem: "Escolhes viver dentro ou fora?". "Dentro", o homem respondeu, e Orunmilá decretou que doravante todos os humanos viveriam em casas.
De repente, Orunmilá se dirigiu a Exu: "E tu, Exu? Dentro ou fora?". Exu levou um susto ao ser chamado repentinamente, ocupado que estava em pensar sobre como passar a perna em Orunmilá, e rápido respondeu: "Ora! Fora, é claro", mas logo se corrigiu: "Não, pelo contrário, dentro", Orunmilá entendeu que Exu estava querendo criar confusão, falou pois que agiria conforme a primeira resposta de Exu, disse: "Doravante vais viver fora e não dentro de casa".
E assim tem sido desde então, Exu vive a céu aberto, na passagem, ou na trilha, ou nos campos, diferentemente das imagens dos outros orixás, que são mantidas dentro das casas e dos templos, toda vez que os humanos fazem uma imagem de Exu ela é mantida fora.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

Exu leva aos homens o oráculo de Ifá
Em épocas remotas os deuses passaram fome. Às vezes, por longos períodos, eles não recebiam bastante comida de seus filhos que viviam na Terra.Os deuses cada vez mais se indispunham uns com os outros e lutavam entre si guerras assombrosas. Os descendentes dos deuses não pensavam mais neles e os deuses se perguntavam o que poderiam fazer. Como ser novamente alimentados pelos homens ? Os homens não faziam mais oferendas e os deuses tinham fome. Sem a proteção dos deuses, a desgraça tinha se abatido sobre a Terra e os homens viviam doentes, pobres, infelizes.
Um dia Exu pegou a estrada e foi em busca de solução. Exu foi até Iemanjá em busca de algo que pudesse recuperar a boa vontade dos homens. Iemanjá lhe disse: "Nada conseguirás. Xapanã já tentou afligir os homens com doenças, mas eles não vieram lhe oferecer sacrifícios".Iemanjá disse: "Exu matará todos os homens, mas eles não lhe darão o que comer. Xangô já lançou muitos raios e já matou muitos homens, mas eles nem se preocupam com ele. Então é melhor que procures solução em outra direção. Os homens não tem medo de morrer. Em vez de ameaçá-los com a morte, mostra a eles alguma coisa que seja tão boa que eles sintam vontade de tê-la. E que, para tanto, desejem continuar vivos".
Exu retornou o seu caminho e foi procurar Orungã. Orungã lhe disse: "Eu sei por que vieste. Os dezesseis deuses tem fome. É preciso dar aos homens alguma coisa de que eles gostem, alguma coisa que os satisfaça.. Eu conheço algo que pode fazer isso. É uma grande coisa que é feita com dezesseis caroços de dendê. Arranja os cocos da palmeira e entenda seu significado. Assim poderás conquistar os homens".
Exu foi ao local onde havia palmeiras e conseguiu ganhar dos macacos dezesseis cocos. Exu pensou e pensou, mas não atinava no que fazer com eles. Os macacos então lhe disseram: "Exu, não sabes o que fazer com os dezesseis cocos de palmeira? Vai andando pelo mundo e em cada lugar pergunta o que significam esses cocos de palmeira. Deves ir a dezesseis lugares para saber o que significam esses cocos de palmeira. Em cada um desses lugares recolheras dezesseis odus. Recolherás dezesseis histórias, dezesseis oráculos. Cada história tem a sua sabedorias, conselhos que podem ajudar os homens. Vai juntando os odus e ao final de um ano terás aprendido o suficiente. Aprenderás dezesseis vezes dezesseis odus. Então volta para onde moram os deuses. Ensina aos homens o que terás aprendido e os homens irão cuidar de Exu de novo".
Exu fez o que lhe foi dito e retornou ao Orun, o Céu dos Orixás. Exu mostrou aos deuses os odus que havia aprendido e os deuses disseram: "Isso é muito bom".Os deuses, então, ensinaram o novo saber aos seus descendentes, os homens. Os homens então puderam saber todos os dias os desígnios dos deuses e os acontecimentos do porvir. Quando jogavam os dezesseis cocos de dendê e interpretavam o odu que eles indicavam, sabiam da grande quantidade de mal que havia no futuro. Eles aprenderam a fazer sacrifícios aos Orixás para afastar os males que os ameaçavam. Eles recomeçavam a sacrificar animais e a cozinhar suas carnes para os deuses. Os Orixás estavam satisfeitos e felizes. Foi assim que Exu trouxe aos homens o Ifá.
Lenda tiradas do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001


Lenda de Exu Caveira
Exu Caveira é um exu, ou seja, uma entidade que trabalha na Umbanda, através da incorporação de médiuns.
Antes de ser uma entidade, Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio. Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época. Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras.
Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro. Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça.
O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes.
De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido. Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado. A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas.
Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo. Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas. Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados. Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo.
No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado. Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram.
Entre os exus da linha de Caveira, existem: Tatá Caveira, João Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Tatá enquanto vivo.
Como entidade, o Chefe-de-falange Tatá Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange.
Tatá é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco.
No entanto, Tatá Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Tatá não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo. Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Tatá Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.
No entanto, uma vez amigo de Tatá Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções