sexta-feira, 12 de abril de 2013

A PRÁTICA DO EVANGELHO NO LAR UMBANDISTA
E3

 

1 – Objetivo deste trabalho

Este trabalho tem por finalidade dois pontos principais.

1º - ensinar e esclarecer dúvidas a respeito da prática do evangelho no lar, mostrando a importância deste hábito para alcançarmos equilíbrio e bem estar em nossa casa, junto de nossos familiares.

2º - em segundo lugar, o objetivo é atender ao pedido do plano espiritual que necessita de novas pousadas de sustentação aqui na Terra, para renovar energias quando estão em missão de socorro.

É sabido que o lar, nos momentos do evangelho, torna-se fonte de luz, de onde os mentores espirituais buscarão os recursos para ajuda aos irmãos necessitados.

“A PAZ DO MUNDO COMEÇA ENTRE QUATRO PAREDES. SOB AS TELHAS A QUE NOS ACOLHEMOS”.

Segundo Jesus, o berço doméstico é a primeira escola e o primeiro Templo da alma. Baseado nestas palavras, Jesus certa noite em casa de Simão Pedro, pede a ele que inicie, a partir dali, a prática do evangelho no lar.

São palavras de Jesus: “Onde estiverem duas ou mais criaturas reunidas em meu nome, eu entre elas estarei”,

Os apóstolos de Jesus, continuando sua orientação do culto cristão no lar, se reuniram no subsolo das casas, nas catacumbas, enfim, sempre em lugares escondidos, para que não fossem descobertos praticando os ensinamentos do Mestre, que na época tinham sido proibidos.

Sofrendo tantas perseguições, tiveram que se dividir e sair a pregar a boa nova em cidades diferentes, levando assim o evangelho de Jesus também para outros lugares.

2 – O que é o Evangelho

Segundo André Luíz, o evangelho ou boa nova é o código de princípios morais do universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas; ou seja, são os ensinamentos, as leis e a filosofia de vida que Jesus nos mostrou para que encontrássemos a felicidade de dentro de nós e junto das pessoas que nos cercam. É a lei da evolução no caminho até o Pai Criador.

3 – A prática do Evangelho

A prática do evangelho no lar vem nos dar proteção e, acima de tudo, higienizar o ambiente de nossa casa, envolvendo a todos com fluidos energéticos restauradores e equilibrantes, que darão forças para trabalharmos nossa reforma íntima.

Fato interessante é aquele que André Luíz conta em seu livro, “OS MENSAGEIROS”. Fala de sua experiência quando em visita ao lar aqui na terra no momento em que uma família se prepara para fazer o evangelho.

Diz ele que tinha vindo visitar a terra para estágio de aprendizado, junto com outros colegas desencarnados; que tiveram que passar por ondas densas de vibrações pesadas na crosta. E após horas de excursão cansativa, estavam exaustos. O instrutor então os convida a se reencontrarem em um refúgio ali na crosta terrestre.

Foram até o lar humilde, que se achava lindamente iluminado por clarões de energia espiritual; ao se aproximarem, um senhor lhes abriu a porta.

André Luíz ficou sabendo mais tarde, que esse senhor era o espírito protetor da família que morava ali, pois toda a família que se reúne para a prática do evangelho no lar possui um anjo guardião, que protege e sustenta espiritualmente o ambiente na hora da reunião, e fora dela também.

Muitas vezes é um ente querido que já alcançou evolução suficiente para arcar com essa responsabilidade. No caso mencionado, o anjo guardião era Isidoro, o falecido marido da dona Isabel, dona da casa.

André Luiz, entretanto, ficou surpreso quando reparou que naquele lar os espíritos não transpunham a matéria, mas era preciso esperar que a porta fosse aberta para que pudessem entrar. Curioso, recebeu a seguinte explicação de seu instrutor:

“Toda casa que pratica o evangelho no lar, cria verdadeiras paredes espirituais, que através da vibração positiva, isola o lar da atmosfera pesada e negativa da crosta, permitindo somente entrar nesse ambiente, espíritos autorizados, e mesmo assim, se o anjo guardião da casa lhes abrir a porta”.

André Luiz entendeu então que a criatura que ora, traz consigo imbatível couraça de proteção; e que seu lar, transformasse em fortaleza contra as entidades das sombras, que experimentando choques violentos, batem em retirada.

O lar torna-se então pousada tranqüila e fonte renovadora de energia para àqueles espíritos trabalhadores que estão aqui em missão. Como foi o caso de André Luíz e seu grupo, que encontraram abrigo e forças novas naquele lar humilde.

Além dessa proteção, não devemos esquecer que esses momentos de convívio familiar funcionam como verdadeira terapia de vidas passadas, onde podemos receber auxílio que nos facilitem os problemas de relacionamento diante do ente querido, a quem temos dívidas a resgatar.
Emmanuel nos diz algo sobre isso:

“Nós, espíritos fora do corpo material, com a visão mais ampliada, sentindo o peso da responsabilidade e a necessidade de evolução, concordamos em acertar os erros do passado. Baseado em nossa ficha, e contando com a ajuda dos mentores e amigos que nos orientam os destinos, podemos realizar um programa de trabalho, convidando aqueles que devemos algo do passado, para uma nova programação familiar. Assim, podemos pagar nossas dívidas através dos caminhos da reencarnação; e o ponto de encontro, é o nosso lar.

Muitas vezes, por ignorarmos as dívidas de vidas passadas, criamos um ambiente hostil e negativo em nossa volta, tornando doente o ambiente de nossa casa. Afetamos psicologicamente as crianças, e da formação desse clima pesado, surgem conseqüências infelizes, de onde nem sempre conseguimos sair. Assim o lar que deveria ser um oásis de paz, em abrigo para o repouso do dia a dia, acaba se tornando um lugar tenso, e indesejável de se estar.

Com tantas cargas negativas, ele se invade de doenças sem diagnósticos, ou mesmo problemas que ninguém encontra motivo aparente. Quando surge o desequilíbrio, a família precisa de ajuda. E é nessa hora que através da prática do evangelho no lar, recebemos os medicamentos e o amparo do plano espiritual para a volta da harmonia e do equilíbrio necessários à família”.


Disse Jesus, certa vez: “Ajuda-te, que o Céu te ajudará”.

E essa mensagem deve ser muito bem entendida, pois para recebermos todos estes cuidados espirituais, é preciso merecimento de nossa parte; que a gente se proponha firmemente a se mudar, a fazer uma verdadeira reforma íntima.

Começar esta reforma íntima por nós, acabará por reformar todos aqueles que estão a nossa volta. Eles, por sua vez, acabarão por influenciar mais pessoas e assim, nesse leque de amor e fraternidade aberto por nós, estaremos contribuindo para que o nosso planeta possa escalar outro degrau no seu processo evolutivo, onde o bem seja o único vencedor.

4 – Como fazer o Evangelho

Primeiro, marcamos um dia e uma hora que sejam adequadas para todos os membros da família.

Todos devem concordar e assumir o compromisso de reservar entre as tarefas do dia-a-dia, este momento, uma vez por semana, para o encontro do evangelho.

Na hora, se preferir, desligue o telefone e a campainha para que não haja interrupções por fatores internos durante os quinze a vinte minutos que durar a reunião.

Se houver necessidade de se atender a porta ou telefone, educadamente devemos explicar o motivo da reunião, e convidar as visitas a participarem passivamente, apenas escutando os ensinamentos.

É conveniente já estipular quem irá fazer a prece de abertura, a leitura do texto, o encaminhamento das vibrações e a prece de encerramento.

Feito isso, iniciamos a reunião com uma prece simples e espontânea, feita pela pessoa previamente designada.

Vamos dar aqui um modelo de prece, não para ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser feita com o coração. Mas sim, para que vocês possam ter uma idéia geral, um ponto de partida, caso seja necessário.

Quem desejar poderá colocar um fundo musical suave.

“PAI, AGRADECEMOS A OPORTUNIDADE DE, EM TEU NOME, ESTARMOS AQUI REUNIDOS, PARA BUSCARMOS EM SUA SABEDORIA OS ENSINAMENTOS QUE PRECISAMOS PARA NOSSA REFORMA ÍNTIMA. ABENÇOA NOSSAS MENTES E OS NOSSOS CORAÇÕES, A FIM DE QUE POSSAMOS USAR TUDO QUE ESTAMOS APRENDENDO EM NOSSO DIA-A-DIA, E DESSA MANEIRA, CONTRIBUIR PARA UM MUNDO MELHOR”.

“PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO...................”

Após a prece, fazemos a leitura de um trecho do livro em estudo. Usar um tom de voz normal e um ritmo calmo, para que todos possam compreender bem a mensagem.

Quem quiser, poderá fazer comentários sobre a lição aprendida, ou reforçando a idéia ou contando fatos, etc.

Terminados os comentários, poderemos iniciar as vibrações. Vibrar é doar, e todos nós temos coisas boas para doar em favor do próximo. Um bom pensamento, uma palavra de carinho, um sentimento de amor. Este é o ponto culminante da reunião, onde vamos assumir o papel ativo de doadores; doadores de energia positiva.

A pessoa encarregada de dirigir as vibrações falará numa tonalidade de voz moderada e de forma espaçada, para que todos possam ter um certo tempo para vibrar a cada pedido.

É nesse clima de harmonia que envolveremos com amor, paz, saúde e equilíbrio, as pessoas que estão sendo mencionadas. Ao mesmo tempo que doamos, também recebemos de volta essa mesmo energia.

Aqui, apresentaremos algumas vibrações, que poderão ser seguidas ou não, modificadas, diminuídas ou aumentadas de acordo com a escolha da família:

•    Vibremos pela fraternidade e paz para a humanidade.
•    Para que cada vez mais se faça o evangelho no lar.
•    Pela harmonia e paz em nossa família.
•    Por todos os trabalhadores do bem.
•    Pelos nossos desafetos.
•    Pelas crianças e velhinhos desamparados.
•    Pelos lares em desajuste.
•    Pela reabilitação dos presidiários.
•    Pelo amparo aos pobres.
•    Pelos doentes do corpo e da alma.
•    Pelo desenvolvimento espiritual da juventude.
•    Pela unificação de todas as religiões.
•    Pelos espíritos sofredores carentes de auxílio.
•    Pelos que estiveram aqui presentes, encarnados ou desencarnados.
•    Por nosso familiares e amigos encarnados.
•    Por nosso familiares e amigos já no plano espiritual.
•    Pelo nosso povo e governantes.
•    Pelos sacerdotes e médiuns Umbandistas para que todos tenham paz, luz em seus Espíritos
•    Por este lar.
Após as vibrações, será feita a prece de encerramento, que deverá também ser simples e espontânea.

Por exemplo:

“AGRADECEMOS AO SENHOR DA VIDA, E AO PLANO ESPIRITUAL, PELO SUPORTE QUE
DERAM À REUNIÃO. E APROVEITAMOS PARA PEDIR A DEUS NOSSO PAI E AMIGO, QUE NOS ABENÇOE, ATÉ O PRÓXIMO ENCONTRO”.

5 – Orientações gerais

Poderá ser colocado uma jarra com água no ambiente a ser efetuado o evangelho. Esta água será fluidificada pelo plano espiritual, com energias equilibrantes de amor e saúde para toda a família, de acordo com as necessidades e merecimentos de cada um.

Pergunta-se o por que do evangelho ser feito em voz alta. No ensino dos próprios espíritos, a influência que eles exercem em nossa vida é muito grande. No que diz respeito à casa em que moramos, muitas vezes antes de pensarmos em fazer a mudança, já haviam espíritos residindo nela. Às vezes, já se encontravam no local, antes mesmo da casa ser construída.

Esses irmãos, longe ainda da verdade e da luz, não vêem nada além da terra e, sem idéia de que a vida é eterna, vivem nos lares com as famílias, participando de toda a vida normal e diária da casa.

Outras vezes, são espíritos inconformados, assustados diante da desencarnação, embaraçados, que se apega à família, fazendo morada no lar que ainda consideram como seu. Isso sem contarmos àqueles que atraímos através de nossas atitudes e pensamentos. Assim, as portas de nosso lar estão sempre abertas a estas visitas inesperadas.

Esses espíritos, ainda não tendo a capacidade de penetrar nos nossos pensamentos, prestam atenção nas nossas palavras e atitudes, a fim de nos avaliar.

Ao iniciarmos o evangelho no lar, devemos ter em mente que estamos iluminando também, e principalmente, estes irmãos, que por tantos motivos nos acompanham.

A prece inicial lhes chama a atenção, pois muitos, há tempos, não ouvem falar o nome de Jesus.

A leitura deixa-os curiosos e, se lermos só com a vista, não saberão do que se trata e em nada poderão ser ajudados a se modificarem.

Mesmo estando sozinhos para fazer o evangelho no lar, a leitura deverá ser feita em voz alta, para que os espíritos possam participar e receber também a benção dos ensinamentos.

A casa que faz o evangelho no lar há um mês, já tem uma luz pequenina. A casa que faz o evangelho há 10 anos tem uma luz enorme, pois que cada vez aumentam mais as energias espirituais.

6 – Quanto à participação de crianças no Evangelho

O lar é nossa primeira escola. Nele, influenciamos os outros e somos influenciados. Baseado nisso, nos perguntamos:

“As crianças poderão participar do evangelho?”
Sim, elas não só podem, como também precisam fazer parte da reunião.
Sabe-se que a fase infantil é o período mais importante para assimilação de ensinamentos. E este é o motivo fundamental para que possamos infiltrar em nossas crianças a idéia de disciplina, da fraternidade e do amor.

Daremos, aos nossos filhos, estas poderosas ferramentas, para que possa, com elas, construir a base de um caminho mais feliz nessa encarnação. É preciso, antes de tudo, entendermos que a criança deverá receber uma atenção adequada para que ela não se canse durante a reunião.
O evangelho terá que ser adaptado a ela.

A tarefa é descobrirmos como chegar aos seus coraçõezinhos através de histórias de linguagem fácil, para que, dessa forma, entendam melhor as lições de Jesus e aproveitem melhor os ensinamentos. A participação da criança deverá ser ativa, para que se sinta útil e importante nessa hora de reunião familiar.

Dar a ela a oportunidade de fazer pelo menos um item do roteiro. Ensinar a criança a orar é indispensável, porque irá aprender a conversar com Jesus e especialmente no evangelho no lar. Saberá que ele virá em sua casa, mesmo que ela não o veja, mas sinta através do bem estar que surgirá.

A criança precisa entender que tudo que ela vai aprender, nesses encontros, deverá ser aplicado no seu dia-a-dia, junto dos coleguinhas, no ambiente da escola, com os irmãos, etc.

É importante ressaltar aqui o bom exemplo de comportamento dos pais, para reforçar esse ensinamento.

Alguns livros de literatura espírita infantil, de acordo com o entendimento e a faixa etária da criança, auxiliam bem os pais nessa tarefa.

O evangelho para as crianças não deve ser arbitrário e envolto em clima de obrigatoriedade e desagrado.

Cabe aos pais, o uso do bom senso para análise de cada caso, e criatividade para que a reunião alcance seus verdadeiros objetivos.

O amor e a compreensão devem ser a base de qualquer acordo.

“OBRIGADO AOS MENTORES ESPIRITUAIS QUE NOS TROUXERAM NAS MÃOS E NO MOMENTO OPORTUNO, AS INFORMAÇÕES QUE PRECISÁVAMOS PARA COMPLETAR ESTE NOSSO TRABALHO”.

É nosso sincero desejo, que o objetivo desse trabalho seja alcançado.

Que cada vez mais lares possam ser beneficiados com harmonia divina e, que cada vez, mais pousadas sejam oferecidas aos mensageiros de Deus, em suas missões aqui no planeta.

“OBRIGADO PAI, PELO SERVIÇO QUE NOS CONFIOU, E OBRIGADO TAMBÉM, PELA CHANCE DE MAIS UMA MISSÃO CUMPRIDA”.

Que Deus e Jesus abençoem a todos.

EVANG5
Os Pretos-Velhos são a presença viva do Evangelho Redentor na Umbanda
 MEDITAÇÃO DIÁRIA DO EVANGELHO

 

Fora o dia em especial da realização do “Culto do Evangelho no Lar”, deveríamos fazer um estudo diário da “Boa Nova” a fim de adquirirmos a cada dia às orientações preciosas de Jesus em nosso dia-a-dia, para que possamos saber, em nossas decisões, o que Jesus faria em nosso lugar. Se assim agirmos, com certeza nunca mais erraremos e teremos condições de nos tornarmos pessoas melhores.

O QUE JESUS FARIA?

Essa é uma pergunta muito comum na mente de alguns. Embora a grande maioria da população sequer pense em Jesus ou no Pai, a não ser nos momentos difíceis; uma parte das pessoas se pergunta o que Jesus faria em determinadas situações.

Quem assim procede, na maioria das vezes, toma a decisão correta. Pensa com propriedade e com clareza, numa solução que de outra forma passaria por nós sem que sequer percebêssemos. E os que não pensam assim, estarão encrencados?

Não. Pois Jesus e nosso Pai são figuras que desejam apenas a nossa felicidade. Sabem que o ser humano é fraco e passível de influências malignas e emoções ruins; como a inveja, o ódio, o ciúme, etc. Por isso mesmo, eles sempre nos dão a oportunidade de, um dia, pararmos e pensarmos no que Jesus faria.

Muito mais do que imaginar, Jesus nos dá o exemplo vivo do que ele fez. Basta ler o Evangelho para ser apresentado a alguém que não profetizava o “fogo do inferno” a torto e a direito. Mas sim, alguém de propagava o amor e o entendimento. Por isso mesmo, ao pensar no que Jesus faria, pense sempre que ele faria algo com amor; com respeito e sempre pensando no melhor para o próximo.

Afinal, não foi ele que disse: “Vim para o pecador, não para o justo”.

Essa frase resume sua doutrina como nenhuma outra. Amor, respeito, fé. Essas são as bases da doutrina cristã e de ser um bom cristão. Sem isso, você é apenas como a terra seca e improdutiva. Procure fazer uma reflexão sobre sua vida e sobre as coisas que faz. Lembre-se que nós não somos perfeitos e que Jesus quer apenas que tentemos dominar o mal que teima em nos influenciar. O inimigo é poderoso e insidioso. E nós podemos, com a ajuda de Deus e de Cristo, derrotá-lo.

Sempre que um mau pensamento passar por sua mente, ou uma sensação ruim tentar se apossar de você pense sempre: O que Jesus faria?

(Irmão Dias)

Decisões morais e éticas

Jesus chamou as pessoas para segui-lo. Os verdadeiros discípulos andam nos passos do Senhor (Marcos 8:34). Ele nos deixou um exemplo perfeito para ser imitado (1 Pedro 2:21b-22). Ele enfrentou as mesmas tentações que nós encaramos hoje, mas nunca caiu no pecado (Hebreus 4:15).

O exemplo de Jesus se torna imprescindível na nossa luta diária com as tentações e provações. Para vencer os desafios morais e éticos, precisamos buscar a resposta certa à pergunta: O que Jesus faria na minha situação?

Como podemos saber o que Jesus faria?

Não adianta fazer o que eu imagino que Jesus teria feito, e muito menos fazer o que eu quero e depois tentar convencer a mim mesmo que ele faria o mesmo! Eu preciso saber como ele agiria se enfrentasse as mesmas opções que estão diante de mim. De três maneiras, aprendemos nas Escrituras o que Jesus faria:

•    O que Jesus fez – pelo exemplo que ele deixou. Quando Jesus ensinou uma lição sobre humildade e serviço, ele disse aos apóstolos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15). Jesus deixou um exemplo de obediência perfeita ao seu Pai, submetendo sua própria vontade à vontade do Pai (Mateus 26:39,42). Mostrando-nos seu exemplo de obediência, ele quer a nossa submissão à vontade divina (Hebreus 5:8-9).
•    O que Jesus falou – pelas suas palavras. Quando se trata de homens, sabemos que as palavras e os atos podem se contradizer. Alguém pode ensinar uma coisa e praticar outra. Jesus condenou tal hipocrisia dos líderes religiosos de sua época (Mateus 23:27-31). Infelizmente, o mesmo problema persiste até hoje. Mas quando Jesus fala, podemos confiar totalmente na integridade de seu caráter. As palavras dele concordam plenamente com os seus atos (Hebreus 1:12; 13:8; Tiago 1:17). Quando Jesus ensina como agir, podemos ter certeza que ele faria da mesma maneira que ensina aos outros.

•    O que ele mandou outros falarem – pelas palavras que ele transmitiu. Antes de voltar para os páramos da luz, Jesus deixou homens encarregados da responsabilidade de continuar seu ensinamento. Hebreus 2:3-4 mostra que as palavras transmitidas por estas testemunhas fazem parte do Evangelho revelado pelo Senhor. Jesus foi claro em mandar que eles revelassem suas instruções aos homens (Mateus 28:20; Atos 26:16,19). Todos os livros do Evangelho fazem parte da bússola que nos orienta nas nossas decisões.

Como escolher o caminho certo – três perguntas fundamentais:

As três maneiras de saber o que Jesus faria sugerem três perguntas fundamentais para acharmos o caminho certo:

•    O que Jesus fez em circunstâncias semelhantes? Jesus já passou por experiências semelhantes às nossas, e o procedimento dele serve para nos guiar. Se você for maltratado, olhe para o exemplo de Jesus (1 Pedro 2:23).

•    O que Jesus falou sobre o assunto? Jesus nunca se casou, mas falou da permanência do casamento (Lucas 16:18). Ele nunca pecou, mas mostrou a importância de pedir perdão (Mateus 6:12).

•    O que Jesus mandou outros falarem sobre a questão? Os apóstolos entenderam bem a importância de se limitarem à vontade de Deus em tudo que falaram (1 Pedro 4:11). Eles escreveram para orientar os fiéis em seu proceder (1 Timóteo 3:14-15). Eles esperavam que os discípulos se lembrassem do ensinamento, mesmo depois da morte daquela geração (2 Pedro 1:12-15).
O que Jesus faria – algumas aplicações práticas

Uma vez que entendemos estes princípios, devemos aplicá-los nas nossas decisões cotidianas. O que Jesus faria num mundo de confusão religiosa. É uma aplicação importante. Mesmo entre pessoas que se preocupam em voltar ao padrão evangélico nas práticas e ensinamentos religiosos, é necessário fazer outras aplicações – especialmente na conduta pessoal – destes mesmos princípios. O que Jesus faria diante das escolhas que enfrentamos no dia-a-dia? Como ele resolveria decisões de prioridades? Qual seria a resposta dele aos desafios morais e éticos? Vamos sugerir algumas aplicações para ilustrar o valor desta abordagem. Você, certamente, pensará em muitas outras.

O que Jesus faria...

•    Se alguém pedisse para colocar seu emprego acima do seu serviço espiritual? Muitos cristãos usam o trabalho como justificativa automática para não cumprir suas responsabilidades espirituais. Será que Jesus teria as mesmas prioridades? Ele nos adverte sobre o perigo de buscar só riquezas (Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:9-10). E quando se trata de necessidades do dia-a-dia, e não de riquezas, ele ainda prioriza o serviço espiritual (Mateus 6:25,33)...

•    Se alguém pedisse para colocar um passeio acima do seu serviço espiritual? Não é errado sair da rotina para descansar em algum outro lugar, talvez um lugar mais deserto. Jesus mesmo levou os apóstolos num “passeio” deste tipo (Marcos 6:31-32). Mas, durante a viagem, surgiram trabalhos espirituais que eram mais urgentes, e Jesus atendeu as pessoas que o buscavam (Marcos 6:34). Afinal, o “descanso” dele foi uma caminhada subindo a um monte, onde passou várias horas em oração (Marcos 6:46-48). Não há dúvida sobre as prioridades de Jesus. E as nossas?

•    Se alguém pedisse para colocar a família acima das coisas de Deus? Famílias nem sempre ajudam em nosso serviço ao Senhor. Numa ocasião, a família de Jesus tentou impedir o trabalho dele (Marcos 3:20-21). Quando chegaram, Jesus não deu atenção à família, preferindo continuar seu trabalho com sua família espiritual (Marcos 3:31-35). Este exemplo não justifica a negligência de responsabilidades familiares. Os homens devem ser maridos e pais responsáveis, e as mulheres devem cumprir bem seus papéis como esposas e mães. Mas quando as atitudes carnais de uma pessoa da família força uma escolha entre Deus e a família, devemos ficar com o Senhor (Jesus disse: “Amai a Deus sobre todas as coisas”).

•    Se tivesse namorada? Mesmo não achando no Evangelho nenhum exemplo de namoro ou casamento na vida de Jesus, não temos dúvida que o comportamento dele num namoro teria sido exemplar. Se ele tivesse uma namorada que quisesse passar dos limites no contato físico, o que Jesus faria? Se ela quisesse usar uma roupa sensual, o que Jesus lhe orientaria? Se ela incentivasse a participação em atividades impuras, como Jesus reagiria? Não há dúvida de que Jesus manteria sua pureza, mesmo se tivesse que terminar o namoro. Considere o que ele nos instrui em 1 Pedro 1:14-16; Gálatas 5:19; 2 Coríntios 7:1 e Mateus 5:28-30.

•    Se Jesus enfrenta-se um adultério? Assim diz Mateus 5:32: “Eu porém vos digo, que todo o que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz ser adúltera; e qualquer que se casar com a repudiada, comete adultério”. Esse é um texto, que se mal interpretado, irá acarretar sérias complicações. Mas o que Jesus faria? Vamos a um texto explicativo do livro: “A Sabedoria do Evangelho”, de Carlos Torres Pastorino:

“... a questão do repúdio da esposa (jamais o inverso se podia dar!) permitido por lei (Deut. 24:1), mesmo que o motivo fosse unicamente "não achar graça em seus olhos ou encontrar nela alguma coisa que fosse feia”...

Jesus continua a autorizar o repúdio da mulher (ou divórcio) e o repete em Mat. 19:9-10, mas restringe essa atitude ao único caso em que a esposa tenha tido relações sexuais com outro homem (infidelidade).

Nesse caso, o libelo de repúdio a deixaria livre, podendo unir-se ao outro.

Entretanto, se o repúdio não for por causa de infidelidade da esposa, então o marido, pondo-a para fora de casa, a empurraria para o adultério; e quem a acolhesse também cometeria adultério porque, de fato, ela não estaria divorciada, isto é, os vínculos matrimoniais não estariam dissolvidos. Assim também o entende a igreja grega ortodoxa, que afirma: a infidelidade conjugal, por parte da esposa, dissolve os vínculos matrimoniais.

Lucas não cita a exceção: reproduz apenas a regra geral, que proíbe o repúdio.

Nada se fala, entretanto, do caso de uma separação espontânea e voluntária dos dois cônjuges, quando agissem de comum acordo. A prescrição é clara e taxativa: que o homem não cometa a injustiça de repudiar a esposa, depois que viveu com ela; dando quase a entender tratar-se do caso em que ela não quer, e ele a põe pela porta afora. A própria exceção apontada como lícita (quando ela mesma, a esposa, prefere sair de casa para unir-se a outro homem) parece confirmar que, quando o afastamento é voluntário de ambos os lados, nada existe que os impeça de reconquistar a liberdade.

•    Se os amigos incentivassem a participação das coisas erradas do mundo? Jesus tinha bastante contato com pessoas do mundo, mas sempre como a luz que convidava as outras pessoas a saírem das trevas. O cristão pode manter amizades com pessoas do mundo, desde que ele exerça a influência positiva, e não deixe os outros os levarem para o pecado (Mateus 5:14-16). Os discípulos do Senhor não saem do mundo, mas ficam livres do pecado do mundo (João 17:14-17). Os amigos podem estranhar, mas precisamos recusar participar das coisas erradas que fazem (1 Pedro 4:3-4).

•    Se vivesse no meio de pessoas perdidas no pecado? Jesus, como todos nós, viveu numa sociedade cheia de pessoas perdidas. Ele se compadecia delas e ensinava-lhes a palavra de Deus, que é o meio que Deus oferece para a salvação (Marcos 6:34; cf. Romanos 1:16). Ele olhou para as pessoas que o rejeitaram e queria resgatar e proteger todas (Mateus 23:37). E nós? Se já aprendemos alguma coisa da palavra salvadora do Evangelho, não temos a obrigação de compartilhar esta mensagem com as pessoas perdidas ao nosso redor? Nós devemos imitar o exemplo de Jesus com a mesma urgência que Paulo sentiu quando disse: “Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o Evangelho também a vós outros” (Romanos 1:14-15).
O que Jesus faria? A resposta certa bem aplicada pode mudar o rumo de sua vida – para seguir os passos do Senhor até a vida eterna!

(Dennis Allan, acrescido e adaptado pelo autor)

Ai está. Para sabermos o que Jesus faria em nosso lugar, temos que, diariamente, ler um trecho do Evangelho, meditar sobre o que leu, fazer um compromisso de vida com você mesmo e seguir o orientado. Jamais poderemos saber o que Jesus faria se não estudarmos o seu legado. Isso é ser cristão. Muitos acharão difícil pelo fato de terem que modificar radicalmente seus atos, seus trejeitos, ou seja, sua vida. Por isso, invariavelmente ouvimos: “É muito difícil ser cristão. Isso é coisa de fanático. Eu creio em Deus do meu jeito e isso basta”. Meus irmãos. Cuidado com os desculpismos. Bom, ai está. A decisão é sua. Jesus lhe espera.

ROTEIRO DE MEDITAÇÃO DIÁRIA DO EVANGELHO

1°) Primeiro, marcamos uma hora diária que nos seja adequada. Deve-se assumir o compromisso de reservar entre as tarefas do dia-a-dia, este momento, todos os dias, para o encontro com o Evangelho.

Na hora, se preferir, desligue o telefone e a campainha para que não haja interrupções por fatores internos durante o tempo que durar a meditação (geralmente, fazemo-la em 15 minutos). Feito isso, iniciamos com uma prece simples e espontânea. Vamos dar aqui um modelo de prece, não para ser copiada, pois já sabemos que ela deve ser feita com o coração. Mas sim, para que possam ter uma idéia geral, um ponto de partida, caso seja necessário. Quem desejar poderá colocar um fundo musical suave.

Iniciar louvando a Deus, orando, e invocando as Santas Almas Benditas (os Espíritos Santos de Deus)

“PAI, AGRADEÇO A OPORTUNIDADE DE, EM TEU NOME, ESTAR AQUI, PARA BUSCAR EM SUA SABEDORIA OS ENSINAMENTOS QUE PRECISO PARA MINHA REFORMA ÍNTIMA. ABENÇOA A MINHA MENTE E O MEU CORAÇÃO, A FIM DE QUE EU POSSA USAR TUDO QUE ESTOU APRENDENDO EM MEU DIA-A-DIA, E DESSA MANEIRA, CONTRIBUIR PARA UM MUNDO MELHOR”.

“PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO...................”
E4
2°) Proceder a leitura de viva voz lenta e atenta de um texto escolhido
E5

3°) Ampliar a visão, ligando o texto que leu, com, outros do Evangelho
E6
4°) Ver bem o sentido de cada frase, entendendo-a
E7

5°) Digerir cada palavra que leu, ligando-a à sua vida
E8

6°) Momento de silencio interior, meditando sobre o que leu
E9

7°) Formular um compromisso de vida, colocando-o em prática
E10


8°) Orar agradecendo a Deus e as Santas Almas Benditas, pedindo forças para realizar o compromisso assumido

Após todo o roteiro, será feita a oração de encerramento, que deverá também ser simples e espontânea. Não nos esqueçamos nunca, de agradecer a Deus por tudo em nossas vidas. Por exemplo:

“AGRADEÇO AO SENHOR DA VIDA, E AO PLANO ESPIRITUAL, PELO SUPORTE QUE
DERAM À MINHA MEDITAÇÃO. APROVEITO PARA PEDIR A DEUS MEU PAI E AMIGO, QUE ME ABENÇOE; ATÉ AMANHÔ

Viu como é fácil? Vamos então criar o hábito da meditação diária do Evangelho.

PARA INTERPRETAR COM SEGURANÇA UM TRECHO DO EVANGELHO, É MISTER:

1.    Isenção de preconceitos.

2.    Mente livre, não subordinada a dogmas.

3.    Inteligência humilde, para entender o que realmente está escrito, e não querer impor ao escrito o que se tem em mente.

4.    Raciocínio perquiridor e sagaz.

5.    Cultura ampla e polimorfa, mas, sobretudo:

6.    Coração desprendido (puro) e unido a Deus
(Carlos Torres Pastorino)

Para facilitar na meditação do Evangelho, poderão usar os livros disponíveis no nosso ícone: “A Importância da Evangelização na Umbanda”.

Vale a pena também meditar sobre os textos evangélicos escritos pelo nosso irmão Chico Xavier. Todos os livros psicografados pelo Chico são altamente recomendados, pois seguem fielmente a doutrina cristã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário